29/07/2025
Hoje o coração de todos os angolanos e apaixonados por Angola bate forte de preocupação e tristeza. Os acontecimentos recentes, com manifestações e atos de vandalismo, são um grito, um eco das dores e desafios sociais que muitos de nós enfrentamos.
É natural sentir o peso da frustração, da impotência e do medo diante de um cenário tão complexo.
Como psicóloga, sei que o sofrimento social é real e válido. As questões que levam a essa revolta - a desigualdade, a falta de oportunidades, as dificuldades do dia a dia - atingem profundamente o bem-estar de cada família, de cada indivíduo. Não podemos ignorar a angústia que isso gera.
Mas, em meio a essa dor, quero convidar você a mesmo assim, olhar para a esperança. Não como uma fuga da realidade, mas como uma força activa que nos impulsiona. A Psicologia nos mostra que mesmo nas adversidades mais difíceis, podemos encontrar caminhos para fortalecer a nossa resiliência, essa capacidade incrível de nos reerguer.
A resiliência não significa que a dor não existe, mas sim que podemos atravessá-la e emergir mais fortes. Ela floresce quando nos conectamos com a nossa fé - a certeza de que há um propósito maior e uma luz que guia nossos passos, mesmo na escuridão. E se nutre do amor - o amor por si, pela família, pela comunidade e por Angola.
Que possamos, juntos, buscar a qualidade de vida que tanto almejamos, não apenas nas circunstâncias externas, mas na nossa capacidade de cultivar a esperança, exercitar a resiliência, fortalecer a fé e espalhar o amor. É na união dessas forças internas que reside a verdadeira transformação.
Angola, vamos juntas semear a esperança e construir um futuro mais sereno.
📷 observador.pt