16/11/2025
OS PECADORES FORAM TODOS DESCOBERTOS NO JOGO - E AINDA NÃO É O FIM IMAGINE SE FOSSE
Estive refletindo durante a manhã de sexta-feira. Demorei para escrever este texto, mas como diz a Escritura: todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Quero já agora dizer que o título acima não se entende como se lê 🙈.
Vivemos num tempo em que a internet se tornou um templo. Cada clique é uma reverência, cada “like” uma oferta, cada postagem um sermão não sobre o evangelho, mas sobre nossas reais intenções. Benção ou maldição? Depende do altar. Os algoritmos computacionais são os sacerdotes invisíveis que distribuem bênçãos em forma de engajamento. O altar? O feed. O sacrifício? O tempo, a atenção, a alma.
A mordomia digital virou profissão. Estuda-se o horário sagrado da publicação, o tipo de conteúdo que converte seguidores em fiéis ou em idólatras modernos. As forças do mal não precisam mais de altares de pedra; basta um perfil bem alimentado e uma audiência distraída. O tom da postagem é cuidadosamente escolhido, não para glorificar a Deus, mas para agradar ao mercado da vaidade. E assim, o adorador vira influenciador, e o influenciador vira ídolo.
No mundo cristão, há quem discuta dízimos e ofertas com profundidade bíblica, zelo e temor. Mas há também os que, movidos por mágoas, experiência pessoais e frustrações, transformam o altar da crítica em púlpito. Arrastam inocentes para batalhas que não lhes pertencem, confundem ovelhas e alimentam lobos. E no fim, quem ganha? O dono do post, que em outros mundos recebe dividendos por cada comentário inflamado. Ganha dinheiro, status, relevância. E quem perde? O Reino de Deus, que vê sua missão ser trocada por métricas e vaidades, o Reino acaba perdendo sua atenção.
A fé está sendo atacada, não por ateus, mas por professos. São os que tentam modernizar a adoração ao Deus que é o mesmo ontem, hoje e eternamente. A internet é um templo, sim mas de quem? Depende do adorador. Alguns usam seus perfis como púlpitos para o Altíssimo. Outros, como altares para Baal. Os comentários são incensos, os compartilhamentos são sacrifícios, os stories são orações só que nem sempre ao Deus verdadeiro.
A geração Z é activa, veloz, vibrante, conectada. Mas também é vulnerável. Basta uma dose de conteúdo tóxico, uma pitada de influência digital, e o Espírito Santo começa a ser silenciado. Somos a geração que verá Jesus? Sim. Mas talvez sejamos também a geração que menos estará pronta para ir com Ele. Porque enquanto o céu se aproxima, muitos estão distraídos com o brilho das telas, o jogo psicológico das cores e dos conteúdos fingidos. É como se o inimigo tivesse descoberto que não precisa mais de perseguição, basta distração.
Outro dia, um jogo de futebol serviu de termômetro espiritual. Alguns não foram ao templo porque estavam no estádio, adorando o deus de barro. Outros assistiram pela tela, em comunhão com pixels e gritaria. E os que estavam no templo? Pareciam fiéis. Mas muitos estavam mais preocupados com o pecado alheio do que com a presença do Noivo. Enquanto julgavam o irmão ausente, perdiam de vista o Salvador presente. Que tal, na próxima vez, visitar esse irmão que trocou sua adoração? Levar uma oração, um verso sobre fidelidade, uma palavra de graça? Porque o mesmo rigor que usamos para condenar sem tentar ajudar pode ser usado contra nós. Satanás é inteligente. Ele não precisa que você peque BASTA QUE VOCÊ SE SINTA JUSTO DEMAIS.
Ellen White escreveu: “Satanás está constantemente buscando desviar a mente dos deveres importantes que ligam o homem a Deus. Ele inventa inúmeros planos para ocupar nosso tempo.”
A profecia se cumpre em cada rolagem infinita, em cada distração que nos afasta da eternidade. O inimigo não precisa tirar sua fé basta ocupar seu tempo.
Mas há esperança. O Salvador ainda chama. Ainda há tempo para transformar o perfil em púlpito, o feed em fonte de vida, o tempo online em testemunho. Ainda podemos ser a geração que verá Jesus e que estará com Ele. Basta desligar o ruído, silenciar os ídolos, e voltar os olhos ao céu. Porque o verdadeiro “like” que importa é o do Cordeiro, que escreve nosso nome no Livro da Vida e não neste pequeno livro da Meta.
Que Deus te abençoe. Que tua alma seja mais conectada ao céu do que ao Wi-Fi. E que, quando Jesus voltar, Ele te encontre online com o Espírito, e não off-line com o mundo.
Abraços de Genilson Seraponzo Alfredo.