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🔴O que é um buraco no coraçāo?Um "buraco no coração" refere-se tipicamente a uma comunicação interatrial (CIA) ou a um f...
05/09/2025

🔴O que é um buraco no coraçāo?

Um "buraco no coração" refere-se tipicamente a uma comunicação interatrial (CIA) ou a um forame oval patente (FOP), que são defeitos congênitos do coração. A CIA é uma abertura no septo (parede) que separa os átrios (câmaras superiores) do coração, permitindo a mistura anormal de sangue rico e pobre em oxigénio. O FOP é uma abertura que normalmente se fecha após o nascimento, mas pode permanecer patente, o que não causa problemas na maioria dos casos, mas pode necessitar de tratamento se for grande ou estiver associado a outras condições, como o AVC.
Forame Oval Patente (FOP)

Um "buraco" na parede que separa os dois átrios do coração, que é normal durante a gestação para permitir o fluxo sanguíneo.
Normalmente:
Fecha-se naturalmente após o nascimento.

Quando permanece:

Em cerca de 20% a 30% da população, o FOP não se fecha completamente, o que é conhecido como Forame Oval Patente (FOP).

Consequências:

Na maioria das pessoas, o FOP não causa problemas ou sintomas. No entanto, em alguns casos, pode estar associado a embolias (como Acidente Vascular Cerebral - AVC), especialmente se não forem encontradas outras causas, e então o fechamento pode ser indicado.
Comunicação Interatrial (CIA)

Uma abertura congênita no septo interatrial que permite o fluxo de sangue entre os átrios direito e esquerdo.

Causas:

Resulta de uma falha no fechamento do septo durante o desenvolvimento embrionário.

Sintomas:

Podem incluir falta de ar (especialmente ao fazer exercício), fadiga, inchaço e arritmias cardíacas.
Complicações:

Um defeito grande e persistente pode causar hipertensão pulmonar (pressão alta nos pulmões), arritmias, embolias cerebrais e insuficiência cardíaca.

Tratamento:

Pequenos defeitos podem fechar-se sozinhos ou não causar problemas, mas defeitos maiores podem necessitar de um procedimento de cateterismo (com implante de prótese em forma de guarda-chuva) para reparar a abertura.

A importância da segurança do paciente no contexto hospitalar 👎👎A importância da segurança do paciente no contexto hospi...
30/08/2025

A importância da segurança do paciente no contexto hospitalar 👎👎

A importância da segurança do paciente no contexto hospitalar

A segurança do paciente é, atualmente, um dos principais pilares da qualidade na assistência à saúde. Muito mais do que um conceito técnico, trata-se de um compromisso ético, legal e institucional que deve nortear todas as ações da equipe de enfermagem, especialmente dentro do ambiente hospitalar, onde os riscos assistenciais são elevados.

Nos hospitais, os pacientes geralmente estão em situações de fragilidade física, emocional e, muitas vezes, dependem integralmente da equipe de saúde para sobreviver, recuperar-se ou manter-se estável. A complexidade do cuidado, associada ao uso de tecnologias, medicamentos de alto risco, intervenções invasivas e múltiplos profissionais atuando simultaneamente, cria um cenário propício para ocorrência de eventos adversos, ou seja, danos não intencionais causados durante a assistência à saúde.

O que é segurança do paciente?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), segurança do paciente é “a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde”. Esse mínimo aceitável leva em consideração os conhecimentos disponíveis, os recursos disponíveis e o contexto clínico específico de cada serviço de saúde.

Não se trata de eliminar completamente todos os riscos (o que é impossível na prática), mas de identificá-los, avaliá-los e implementar medidas de prevenção e mitigação. No âmbito da enfermagem, isso inclui desde a correta higienização das mãos, até a administração segura de medicamentos, o uso correto de equipamentos, o registro adequado das informações no prontuário e a comunicação clara entre os membros da equipe.

Por que a segurança do paciente é tão importante?

Redução de danos evitáveis: Estudos mostram que grande parte dos eventos adversos em hospitais poderia ser evitada com medidas simples de prevenção. Por exemplo, a falha na identificação.

30/08/2025

SEGURANÇA DO PACIENTE
TEMA DA SEMANA DE SEGUNDA Á SÁBADO 🩺🩺

Registros como instrumento de defesa profissionalMuitos profissionais de enfermagem não percebem que, além de garantir a...
30/08/2025

Registros como instrumento de defesa profissional

Muitos profissionais de enfermagem não percebem que, além de garantir a segurança e a continuidade do cuidado, os registros de enfermagem são também sua principal linha de defesa jurídica, ética e técnica. Em contextos de sindicância, auditoria, processo administrativo, judicialização ou investigação ética, é o que está registrado no prontuário que será considerado como evidência — e não o que o profissional afirma ter feito.

Por isso, realizar registros completos, objetivos, claros e em tempo real é mais do que um ato técnico: é uma medida de proteção profissional e institucional. Neste item, você vai entender como a documentação pode respaldar suas ações, proteger sua reputação e evitar penalizações injustas.

1. O registro como prova jurídica

No Brasil, o prontuário do paciente — físico ou eletrônico — é considerado documento oficial e legal, com valor probatório em processos judiciais e administrativos. As anotações de enfermagem contidas nesse prontuário servem como:

Evidência documental da assistência prestada;

Comprovação de execução de procedimentos;

Registro de reações do paciente e condutas clínicas adotadas;

Prova da comunicação entre profissionais (ex: registro de que médico foi notificado de uma intercorrência);

Instrumento de defesa em ações cíveis, penais e éticas.

⚠️ O que não está registrado, legalmente, é considerado como não feito.

2. Situações em que o registro protege o profissional

✅ Em caso de evento adverso

Se o paciente apresenta piora clínica, reação a medicamento, queda, erro de medicação ou qualquer intercorrência, o registro detalhado dos sinais anteriores, das condutas realizadas e da notificação médica é essencial para demonstrar que o profissional atuou com diligência e zelo.

✅ Em denúncias por omissão de cuidado

Acusações como “não trocaram meu curativo”, “esqueceram minha medicação”, “ninguém aferiu minha pressão” podem ser rebatidas com registros que comprovam a realiz

📢📢📢Em procedimento inédito, equipe médica extrai tumor espinhal pela órbita ocular. Conheça a técnica revolucionária que...
29/08/2025

📢📢📢Em procedimento inédito, equipe médica extrai tumor espinhal pela órbita ocular.

Conheça a técnica revolucionária que devolveu a esperança a uma jovem paciente.

O Centro Médico da Universidade de Maryland entrou para a história da medicina ao realizar a primeira cirurgia mundial de remoção de um tumor na coluna vertebral através do acesso pela cavidade ocular.

A jovem Karla Flores, então com 19 anos, era portadora de um tipo raro e de crescimento acelerado de cordoma, que se localizava em torno de sua medula cervical e exercia pressão sobre a espinal medula.

Diante dos elevados riscos de lesão a nervos e artérias essenciais inerentes às técnicas convencionais, uma equipe multidisciplinar chefiada pelo neurocirurgião Dr. Mohamed A.M. Labib optou por uma estratégia audaciosa: o método transorbital. Esta abordagem consistiu na abertura de uma passagem cirúrgica por trás da órbita do olho, permitindo atingir a coluna sem provocar cortes visíveis ou comprometer tecidos vitais.

A manobra cirúrgica de precisão, desenvolvida e aperfeiçoada em estudos com cadáveres – e antes aplicada apenas em tumores cerebrais –, garantiu a excisão total da massa tumoral com a preservação integral das funções neurológicas. O sucesso da operação foi consolidado com sessões de radioterapia com prótons e uma artrodese vertebral. Este marco na neurocirurgia de invasão mínima evidencia como a sinergia entre domínio anatômico, inovação tecnológica e trabalho colaborativo pode superar barreiras. Hoje, com 20 anos, Karla encontra-se em recuperação e sem vestígios da doença, um resultado que coroa a ousadia da equipe em transcender os métodos estabelecidos.

Fonte: University of Maryland Medical Center (06 de maio de 2025). Relações com a Mídia do UMMC.

Atribuição e obrigações dos técnicos de enfermagem 📢📢📢📢A importância do técnico de enfermagem vai além do dia a dia nos ...
25/08/2025

Atribuição e obrigações dos técnicos de enfermagem 📢📢📢📢

A importância do técnico de enfermagem vai além do dia a dia nos serviços, pois ele também desempenha um papel relevante em comissões de certificação de serviços de saúde, como o núcleo de segurança do paciente, serviço de controle de infecção hospitalar, gestão de qualidade dos serviços prestados a população, gestão de riscos e comissões de ética de enfermagem, transplantes e óbitos .

No dia a dia, suas atribuições incluem a realização de curativos, administração de medicamentos e vacinas, nebulizações, banho no leito , cuidado pós morte, mensuração antropométrica e verificação de sinais vitais. Ele também têm a responsabilidade de preparar o paciente para procedimentos de saúde garantindo que estejam devidamente orientados e confortáveis.

As atribuições de um técnico de enfermagem incluem:

* Preparar o paciente para exame e cirurgia,
* Administrar medicamentos e vacinas,
* Realizar curativos e inserção de sonda,
* Auxiliar na reanimação de pacientes,
* Monitoramento dos parâmetros vitais,
* Auxiliar na coleta de materiais para exames,
* Realizar te**es e exames , como eletrocardiograma,
* Organizar o ambiente de trabalho,
* Esterilizar equipamentos,
* Auxiliar no processo e registro de informações sobre os pacientes.

📢O que é um técnico de enfermagem? 👎Técnico em enfermagem ou técnico de enfermagem ou até mesmo chamado de enfermagem té...
25/08/2025

📢O que é um técnico de enfermagem? 👎

Técnico em enfermagem ou técnico de enfermagem ou até mesmo chamado de enfermagem técnico é um profissional da área de saúde que presta serviços de enfermagem, a pacientes em hospitais, clínicas, domicílios e nos serviços de atendimento a urgência e emergência pré -hospitalar , entre outros.

O técnico de enfermagem é um profissional habilitado para desempenhar diversas funções fundamentais no campo de saúde. Sob a supervisão de um enfermeiro, ele é capacitado para oferecer cuidados integrais de enfermagem a indivíduos, famílias e grupos sociais vulneráveis ou não.

A atuação desse profissional abrange uma ampla gama de actividades relacionadas a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos processos saúde-doença ao longo do ciclo vital. Além disso ele é parte essencial da equipe multidisciplinar e parte ativamente do planejamento e execução das ações de saúde 🩺

DEVERES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

O técnico de enfermagem e responsável por auxiliar os enfermeiros e outros profissionais de saúde no cuidado aos pacientes. Seus deveres podem variar de acordo com o local de trabalho, incluindo:

* Assistência ao paciente: prestar cuidado assistencia básicos, como higiene pessoal, alimentação, mobilidade e administração de medicamentos tudo sob supervisão de um enfermeiro;
* Monitoramento: Observar e registar os sinais vitais dos pacientes, como temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória;
* Administração de medicamentos: Preparar e administrar medicamentos de acordo com as orientações médicas e sob a supervisão de um enfermeiro;
* Procedimentos técnicos: Auxiliar em procedimentos médicos e cirúrgicos,preparando o ambiente, fornecendo os instrumentos necessários e auxiliar os pacientes durante o processo,
*Coleta de amostras: Realizar coleta de amostras biológicas, como sangue , urina e outros fluidos, para análises laboratoriais etc.

📢📢📢📢📢📢   A -Abcesso: coleção de pus em cavidade anormal.-Afonia: perda ou diminuição da voz por causas locais.as necessi...
22/08/2025

📢📢📢📢📢📢 A

-Abcesso: coleção de pus em cavidade anormal.
-Afonia: perda ou diminuição da voz por causas locais.
as necessidadesnormais dos tecidos.
germes patogênicos eimpedir infecção.
-Anóxia: estado que resulta da insuficiência de oxigênio para satisfazer
-Àlgico: relativo a dor, doloroso.
sensibilidade tátil.
-Algesia: sensibilidade à dor.
apreciável.

-Anasarca: edema generalizado.
-Analgesia: perda da sensibilidade para a dor, conservando a
-Algia: dor de origem subjetiva, sem lesão anatômica ou orgânica
centros nervosos.
-Afecção: estado mórbido, enfermidade.
-Anisocoria: desigualdade de diâmetro das pupilas.

-Afasia: perda da palavra falada, escrita ou mímica, por alterações nos
-Apatia: falta de sentimento ou interesse, indiferença, insensibilidade.
-Afagia: impossibilidade de deglutir.
-Antissepsia: conjunto de meios destinados a afastar ou destruir os
-Anúria: supressão total da secreção urinária.
-Apirexia: falta de febre, cessação da febre.

-Apnéia: detenção temporária da respiração.
-Bradicardia: pulsação lenta do coração (abaixo de 60bpm).
C-Caquexia: estado mórbido caracterizado por magreza extrema, perda
-Arritmia: irregularidade do ritmo cardíaco (número, intervalo e força das
-Clister: e***a, injeção de líquido no intestino, pelo â**s.

B

-Bradipnéia: respiração lenta.
-Cianose: coloração azul ou violácea da pele ou mucosa, devido a um
batidas).
havia alcançado seu tamanho normal.

-Bacteremia: presença de bactérias patogênicas no sangue.
de peso, sintomas de debilidade e anemia.
-Broncoespasmo: espasmo dos músculos bronquiais.
excesso de hemoglobina nos capilares.

-Atrofia: diminuição adquirida do volume e do peso de um órgão que
-Bradisfigmia: lentidão anormal do pulso.


C
-Cefaléia: dor de cabeça intensa e douradora.
-Coma: estado de estupor profundo com perda total ou quase total da
consciência, da sensibilidade e da motilidade voluntária.

D

-Desorientação: estado de confusão mental em que o indivíduo perde as
-Diplopia: visão dupla dos objetos devido aos transtornos da
noções de lugar e tempo.
sede.

-Disfagia: deglutição difícil, geralmente dolorosa.
-Diplegia: paralisia de partes similares nos dois lados do corpo.Paralisia

-Diurese: eliminação de urina.
bilateral.
-Dispepsia: dificuldade na deglutição de líquidos, dificuldade de matar a
-Disúria: micção difícil ou dolorosa.

-Disartria: dificuldade na articulação da palavra.
coordenação dos músculosmotores oculares.
-Dispnéia: respiração difícil, penosa ou irregular.
-Dorsal: referente a dorso, costas.

22/08/2025

Farmacologia do Sistema Nervoso Central (SNC)

O sistema nervoso central é o principal centro de controle do corpo humano, responsável pela coordenação das atividades motoras, sensoriais, cognitivas e emocionais. Por isso, muitos medicamentos atuam diretamente no SNC para tratar transtornos como ansiedade, depressão, epilepsia, dor crônica e distúrbios do sono.

Os fármacos que atuam no SNC podem ser divididos em várias classes, dependendo do seu mecanismo de ação e da condição que tratam. Abaixo, estão algumas das principais:

1. Ansiolíticos e Sedativos
Esses medicamentos reduzem a ansiedade e promovem relaxamento. O exemplo mais conhecido é o diazepam, da classe dos benzodiazepínicos, que aumentam a ação do GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor inibitório. Isso causa um efeito calmante no cérebro.

2. Antidepressivos
São usados no tratamento da depressão e outros transtornos do humor. Existem várias classes:

ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina): como a fluoxetina, aumentam a serotonina no cérebro.

Tricíclicos: como a amitriptilina, atuam sobre múltiplos neurotransmissores.

IMAO (Inibidores da Monoamina Oxidase): menos usados hoje, mas eficazes em casos específicos.

3. Antipsicóticos
Utilizados no tratamento de psicoses, como a esquizofrenia. Agem principalmente bloqueando os receptores de dopamina (D2). Exemplos: haloperidol (típico) e risperidona (atípico).

4. Antiepilépticos
Reduzem a atividade elétrica anormal no cérebro. Cada fármaco tem um alvo específico:

Aumento do GABA (ex: valproato)

Inibição de canais de sódio (ex: carbamazepina)

Bloqueio de canais de cálcio (ex: etossuximida)

5. Estimulantes do SNC
Usados em casos de narcolepsia e TDAH. Exemplos incluem a anfetamina e o metilfenidato, que aumentam a liberação de dopamina e noradrenalina.

💊Muitos desses medicamentos causam efeitos colaterais e exigem prescrição e acompanhamento.

💊O uso prolongado pode causar tolerância, dependência.

2.3. Fatores contribuintes para os erros de enfermagemOs erros na prática da enfermagem geralmente não ocorrem por negli...
22/08/2025

2.3. Fatores contribuintes para os erros de enfermagem

Os erros na prática da enfermagem geralmente não ocorrem por negligência ou má-fé, mas sim como resultado de uma série de fatores que afetam o desempenho profissional, a capacidade de decisão e a segurança operacional. Esses fatores são chamados de fatores contribuintes, pois aumentam significativamente a probabilidade de falhas ao longo dos processos assistenciais.

Compreender esses fatores é fundamental para implementar estratégias preventivas, promover mudanças organizacionais e reduzir riscos na rotina de trabalho. A seguir, detalhamos os principais fatores que contribuem para os erros de enfermagem, especialmente em ambientes hospitalares.

1. Sobrecarga de trabalho e jornada excessiva

A sobrecarga de trabalho é uma das causas mais citadas pelos profissionais de saúde quando se trata de erros. Ela pode ocorrer por diversas razões:

Escalas de trabalho mal planejadas;

Plantões longos e ininterruptos;

Acúmulo de funções administrativas e assistenciais;

Déficit de profissionais na unidade;

Altas demandas em turnos críticos (como UTIs, pronto-socorros e centros cirúrgicos).

Quando o profissional de enfermagem está submetido a longas jornadas e um grande volume de pacientes, seu nível de atenção, concentração e julgamento clínico é naturalmente afetado. A fadiga física e mental compromete o raciocínio, a memória, a coordenação motora e a capacidade de tomada de decisão.

Consequências frequentes incluem:

Esquecimento de rotinas;

Troca de medicações ou vias de administração;

Má avaliação de sinais clínicos;

Falta de atenção aos protocolos de segurança.

Além disso, a sobrecarga favorece o burnout, uma síndrome ocupacional que leva à exaustão, desmotivação, distanciamento emocional e aumento do risco de erros graves.

2. Distrações, falhas humanas e automatismos

O ambiente hospitalar é, por natureza, dinâmico e sujeito a interrupções constantes. Distrações e falhas humanas são inerentes à atividade assistencial, mas podem ser minimizadas com estratégias adequadas.

Causas comuns de distração:

Interrupções frequentes durante a preparação ou administração de medicamentos;

Conversas paralelas em ambientes críticos (como a sala de medicação);

Utilização simultânea de múltiplos sistemas e equipamentos;

Alarmes e sinais sonoros que geram poluição sonora e sobrecarga sensorial.

Além disso, o fenômeno do automatismo também contribui para os erros. Profissionais com grande experiência podem, por repetição, executar tarefas de forma mecânica, sem a devida atenção ao contexto individual do paciente. Esse comportamento, embora comum, reduz o pensamento crítico e aumenta o risco de falhas graves.

Exemplos práticos:

Administrar uma medicação no horário habitual sem conferir a prescrição atual;

Registrar sinais vitais por hábito, sem realizar a medição no momento.

Para mitigar esse fator, é essencial manter vigilância ativa, promover pausas planejadas, revisar rotinas e utilizar checklists e duplas conferências, mesmo em atividades rotineiras.

3. Falhas sistêmicas e ausência de protocolos padronizados

Nem todos os erros de enfermagem decorrem de falhas individuais. Muitas vezes, o erro é apenas a ponta visível de um problema estrutural no sistema de saúde, como:

Ausência de protocolos institucionais para procedimentos críticos;

Falta de padronização de rotinas entre os turnos;

Deficiência de materiais ou equipamentos;

Ambientes desorganizados, sem delimitação clara de funções e responsabilidades;

Sistemas informatizados com falhas técnicas ou mal configurados.

Esse tipo de falha é chamado de erro latente: está “adormecido” no sistema e cria o terreno fértil para que erros ativos aconteçam.

Por exemplo, a falta de um protocolo padronizado para passagem de plantão pode levar à omissão de informações importantes. Do mesmo modo, a ausência de treinamento periódico dificulta a atualização dos profissionais e a adesão às melhores práticas.

A solução para esses problemas exige comprometimento institucional, investimento em qualidade assistencial, auditorias internas, capacitação continuada e uma liderança de enfermagem atenta às fragilidades da unidade.

4. Comunicação ineficaz entre profissionais

A comunicação entre os membros da equipe multiprofissional deve ser clara, objetiva, oportuna e centrada na segurança do paciente. No entanto, falhas comunicacionais ainda são uma das principais causas de erros evitáveis em enfermagem.

Cenários típicos de comunicação ineficaz:

Passagem de plantão apressada ou sem foco clínico;

Falta de alinhamento entre enfermeiros e médicos sobre condutas;

Divergência de informações entre setores (ex: UTI e centro cirúrgico);

Não utilização de sistemas de registro padronizados;

Equipe de enfermagem que não se sente ouvida ao sinalizar riscos.

Além disso, aspectos subjetivos como hierarquia excessiva, medo de retaliação ou insegurança para questionar ordens também silenciam os profissionais diante de situações de risco.

Para superar esses obstáculos, é necessário adotar estratégias como:

Implantar o uso do SBAR como ferramenta padrão para comunicação clínica;

Promover reuniões de equipe com escuta ativa e discussão aberta de casos;

Utilizar registros claros e objetivos no prontuário;

Estimular uma cultura organizacional baseada em cooperação, transparência e respeito profissional.

Conclusão do item 2.3

Os fatores contribuintes para os erros de enfermagem são múltiplos e interdependentes. Eles não apenas afetam o desempenho do profissional, mas também expõem o paciente a riscos muitas vezes evitáveis. Reconhecer esses fatores não é buscar culpados, mas identificar oportunidades de melhoria.

A construção de um ambiente de trabalho mais seguro passa pela redução da sobrecarga, pela valorização da comunicação clara, pela organização do sistema de trabalho e pela adoção de protocolos efetivos e bem compreendidos por toda a equipe.

Ao compreender essas origens, o profissional de enfermagem se fortalece para atuar de forma mais crítica, ética e segura em todas as etapas do cuidado.

22/08/2025

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Viana

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