15/12/2024
Freud - A Psicopatologia da Vida Cotidiana - 1901
Neste livro, Clássico da Psicanálise e, na minha opinião, um Clássico da literatura também, Freud explica o porquê não cometemos lapsos de fala, escrita e ações, os tais atos falhos, sem um motivo plausível psicologicamente falando.
Segundo o conteúdo apresentado por ele, as trocas ou esquecimentos de nomes e endereços, os esquecimentos de determinadas ações, os erros ou trocas de palavras na fala, escrita ou leitura, são maneiras de algum conteúdo emocional reprimido se expressar.
Quando determina palavra ou assunto remete a algum conteúdo doloroso vivenciado pelo sujeito, seu aparelho psíquico tendem a boicotar sua expressão, fazendo com que à esquecemos ou à substituímos por outra (paramnésia).
Também pode ocorre a troca por repressão da vontade verdadeira. Por exemplo, por questões sociais ou de relacionamentos, as vezes temos que aceitar determinado convite, quando na verdade não queríamos, aí, no momento de dar a repostas oficial ao convite, acabamos trocando o Não pelo Sim, já que no fundo não queríamos ir.
O resumo do livro é que nunca conseguimos esconder totalmente o verdadeiro sentido ou vontade sobre as situações. Mesmo tentando esconder aquilo, seja porque é doloroso, humilhante ou simplesmente não queremos, nossa força emocional dará um jeito de expressar aquilo. Até porque, se não conseguir se expressar minimamente, poderá gerar uma patologia psicológica mais grave a longo prazo.
Este livro foi escrito em 1901 e me fez lembrar de um outro livro escrito em 1960 aproximadamente, que é o livro O Corpo Fala, de Pierre e Roland. Eles se conectam, pois ambos indicam essa mesma conclusão.
Nosso corpo e nossa mente não foram criadas para a contradição, ou seja, se tentamos esconder algo ou falar algo que na realidade não queremos, eles nos denunciam!
Quem aprender a perceber esses sinais, terá uma significativa vantagem para construir bons relacionamentos e evitar problemas futuros 😉.