21/08/2025
Houve um tempo em que eu acreditava que precisava conquistar minha mente, silenciar meus pensamentos, como se essa maestria só pudesse ser encontrada em horas de meditação imóvel.
E sim, a quietude me ensinou muito. Sentar em silêncio revelou cantos de mim que o movimento jamais poderia revelar.
Tem sido uma longa peregrinação para dentro.
Continuo cavando, descendo, desenterrando camada após camada.
E ainda assim, sinto que o que toco é apenas um vislumbre, uma pequena abertura para a vastidão que carrego em mim.
O trabalho continua, não apenas no tapete ou na almofada, mas no tecido da vida cotidiana.
Pois é a própria vida que me leva mais fundo.
A beleza escondida na simplicidade.
As lições entrelaçadas no turbilhão do relacionamento familiar.
O aprendizado selvagem e indomado de ser mãe, esposa, filha, irmã, amiga, mulher.
Abraço esta jornada de autodescoberta com ternura e curiosidade. Entendo que minhas revelações não são apenas minhas, são sussurros da minha ancestralidade, ecos daqueles que vieram antes de mim, me lembrando de que o caminho para dentro é
também o caminho de volta às raízes, ao sagrado, ao eterno.
Thank you