04/08/2025
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) vai muito além dos ovários.
Apesar do nome, essa condição é resultado de desequilíbrios hormonais e metabólicos profundos, que afetam o corpo como um todo, e não apenas o sistema reprodutivo.
Um dos principais gatilhos da SOP é a resistência à insulina, que pode ocorrer mesmo em mulheres com peso corporal dentro da normalidade. Quando as células deixam de responder adequadamente à insulina, o corpo passa a produzir ainda mais desse hormônio. O problema? Esse excesso estimula os ovários e as glândulas adrenais a produzirem mais androgênios (como a testosterona), iniciando um ciclo vicioso:
Mais insulina → mais androgênios → mais resistência à insulina.
Esse ciclo interfere diretamente na ovulação, contribui para a infertilidade, aumenta o risco de diabetes tipo 2 e intensifica processos inflamatórios no organismo.
Além disso, os níveis elevados de androgênios comprometem o tecido adiposo, dificultam o controle da glicemia e alimentam ainda mais o desequilíbrio metabólico. Ou seja, tratar apenas os sintomas ginecológicos como a irregularidade menstrual ou o excesso de pelos é apenas enxugar gelo: não resolve a raiz do problema.
Na Clínica Lunga Vita, compreendemos a SOP como uma condição sistêmica. Por isso, o tratamento não se limita a anticoncepcionais ou indutores de ovulação. É essencial abordar a alimentação, a microbiota intestinal, o sono, a atividade física, o estresse e o funcionamento metabólico de forma integrada.
Quando a SOP é compreendida em sua complexidade, o cuidado deixa de ser genérico e passa a ser individualizado e mais eficaz, com foco real em restaurar o equilíbrio hormonal e metabólico, e não apenas “regular o ciclo”.
📌 A SOP começa nos ovários, mas impacta o corpo inteiro.
E é justamente aí que deve começar o verdadeiro tratamento.
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