
11/05/2025
A maternidade tem estações, mas, diferentes do calendário, elas seguem o ritmo do seu coração. O ritmos do corpo que abriga, do cansaço que pesa. Da vida desacelerando para florescer.
O puerpério começa como o INVERNO. Frio e silencioso. O mundo lá fora segue seu ritmo, mas por dentro, tudo desacelera. Você se recolhe. Se entrega. Vira ninho, leite, colo. E quase se esquece de si.
Logo vem o OUTONO. As folhas caem. O corpo muda e a alma também. Tudo parece em queda: seu cabelo, sua identidade, seus planos, suas certezas. Às vezes, até o seu nome some e você vira inteira e somente “mãe”.
Mas um dia, sem pressa, a PRIMAVERA chega. Novas flores brotam onde só havia cansaço. Novas formas, novos desejos. Você se olha no espelho e percebe que não se perdeu. Você está florescendo.
E então vem o VERÃO e você floresce por inteiro. Aprende a habitar seu novo corpo. Seu novo eu, com mais cores, sol no peito e sombra nos olhos. Você sabe que ser mãe não anula a mulher que você é. Você se reconstruiu mais inteira, verdadeira… e mais sua.
Maternidade é CICLO. É transformação viva e movimento. Não apresse sua primavera. Não se cobre flores quando ainda é tempo de raiz.
A maternidade dói muitas vezes, pois leva pedaços da gente. Mas ela nunca deixa de regar e adubar.
Você está crescendo, se transformando, e quando menos esperar, vai desabrochar. P seu sol vai voltar a brilhar.
Texto de Camila Ramos.
Viver essas estações foi a fase mais desafiadora e linda da minha vida! Mas eu passei por rodas essas fases! E como elas foram importantes pra moldar a mãe e mulher que me tornei hoje. Obrigada filho por realizar o maior sonho da minha vida! Obrigada mãe por tudo e por tanto, por me dar raízes e asas. Obrigada minha sogra por ter me aceitado como filha desde o primeiro momento. Eu amo vocês.