11/03/2021
🔎 O InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) analisou a relação entre a infecção pelo Sars-CoV-2, o coronavírus responsável pela covid-19, e disfunções cognitivas.
O estudo mostrou que 80% dos participantes tiveram perda de memória, dificuldade de concentração, problemas de compreensão ou confusão em algum nível. A neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin, que conduziu a pesquisa, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que o vírus invade as vias aéreas, causando dessaturação de oxigênio. Isso, segundo ela, pode afetar o sistema nervoso central.
💡 De acordo com a pesquisa, 62,7% dos participantes tiveram a memória de curto prazo afetada e 26,8% sofreram com alterações na memória a longo prazo. A percepção visual foi prejudicada em 92,4% dos voluntários.
“Quando a gente diz que são recuperados, os pacientes não entendem que é algo maior. Até fala que saiu ileso, mas não por completo, porque permanece o cansaço, a tosse, a dor de cabeça ou a questão cognitiva, mesmo que leve”, afirmou. “As pessoas não entendem que a disfunção cognitiva é o quadro mais grave que é deixado como sequela”.
“A pessoa se confunde em tarefas simples e acaba justificando essas falhas com outras coisas do dia a dia: preocupações financeiras, muito tempo em quarentena, por não viajar”, afirmou a neuropsicóloga.
🧠 “Por causa dos problemas que a covid-19 acarreta nos lobos parietais e occipitais; estes lobos são responsáveis pelo planejamento; organização visuoperceptiva e visuoconstrutiva; pelas sensações corporais; pelos movimentos primários entre outras funções importantes do ser humano”, explicou Lívia.
👉 A boa notícia? O quadro é passível de reversão, por meio de exercícios cognitivos específicos. A atividade funciona como uma “musculação mental”, explica a pesquisadora.
📚 Fonte: Agência Brasil
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