04/09/2021
Assim nos encontros, não cabe buscar as causas às questões trazidas por aquele que busca ajuda, pois trataríamos as questões do existir humano tal como tratamos do existir das coisas; portanto, podemos apenas tematizá--las. Sobre isso afirma Tavares-Rodrigues (2004): do clínico, não se esperará a simples remoção dos sintomas, sem que o seu próprio sentido possa vir à luz; ao contrário, torna-se preciso ouvir os seus sinais, ficar atento às condições de restrição existencial que, eventualmente, estejam presentes. É necessária ainda, a tematização do contexto sócio-histórico, em que surge a experiência de adoecimento.Uma clínica que esteja aberta à possibilidade da estranheza e do mistério, do imprevisível e do que não se controla nos parece ser o que precisamos construir. Uma clínica menos subjetivista e egocentrada, na qual o próprio terapeuta se dê conta dos seus limites e se perceba, não como aquele que opera com o objetivo de alcançar um determinado resultado, mas sim como um facilitador, que permite que os sentidos possam vir, livremente, à luz (Tavares-Rodrigues, 2004)
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SODELLI, Marcelo, SODELLI-TEODORO, Alessandra. Visitando os “Seminários de Zollikon”: novos fundamentos para a psicoterapia fenomenológica. São Paulo. Psicologia Revista. 2011
imagem Téo & O Mini Mundo