Dra. Heloísa Pedroso de Moraes Feltes - Psicanalista Clínica

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Dra. Heloísa Pedroso de Moraes Feltes  - Psicanalista Clínica HP

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04/02/2024

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Este trecho eu dedico a uma de minhas pacientes, pois ela me motivou a escrever este texto

Um sofrimento por sofrer

Todos nós sofremos. Aquilo com o que sofremos, o quanto sofremos e por quanto tempo sofremos é diferente para cada pessoa em sua única e exclusiva forma de sentir. Porém, muitos já ouviram algo do tipo “isso não é motivo de sofrimento", ao que se segue em geral: “olhe em volta, tem gente que não tem nada"; talvez tenham ouvido “ não seja dramático ou dramática”, e assim por diante.
À medida que observamos as mazelas do mundo, tendemos a comparar “sofrimentos" e aceitamos coisas como “aquele é quem sofre realmente".
O que digo a meus pacientes é que não existe sofrimento pequeno ou grande sob qualquer forma de comparação. O sofrimento é real e todos temos o direito de sofrer. Assumir o direito de poder sofrer é fundamental.
Ouvir que somos “abençoados”, privilegiados de alguma forma, que temos muito enquanto outros não têm nada é uma fonte de gerar mais e mais ansiedade, quando não pânico.
Quando ouço “nem deveria reclamar porque...", "fizeram tudo por mim", "tem gente passando por tantas necessidades"; “eu nem deveria dizer isso, porque há tanta coisa pior acontecendo, etc.", vejo o quanto do sofrimento das pessoas foi envolto em camadas de culpa, de sentimentos de vitimização que chamo de “ um sofrimento por sofrer".
Na clínica, todo sofrimento é legítimo. A questão é aceitá-lo como tal e partir desse ponto.
Veja, digo “um sofrimento por sofrer" porque “o sofrimento" não existe de forma substancial, existe de forma instanciada. Temos muitos tipos e formas de sofrer.
É na escuta clínica que podemos reconhecer esse “um sofrimento por sofrer".

Sobre a ignorância Link abaixoUm trecho:Assim, finalmente chegou à conclusão de que, pelo menos em um sentido, ele era m...
12/08/2023

Sobre a ignorância
Link abaixo
Um trecho:
Assim, finalmente chegou à conclusão de que, pelo menos em um sentido, ele era mais sábio do que os outros, pois não pensava saber o que de fato não sabia. Em suma, ele estava ciente de sua própria ignorância.

Em vários outros diálogos de Platão, Sócrates é mostrado confrontando alguém que acha que entende alguma coisa, mas que, quando questionado com rigor sobre isso, acaba demonstrando não saber o que pensa saber. Sócrates, ao contrário, admite desde o início que não sabe a resposta para qualquer pergunta que esteja sendo feita.

No Eutífron, por exemplo, pede-se a Eutífron que defina a piedade. Ele faz cinco tentativas, mas Sócrates refuta cada uma delas.

"No Mênon, Sócrates é perguntado por Mênon se a virtude pode ser ensinada e responde dizendo que ele não sabe porque não sabe o que é a virtude. Mênon f**a espantado com a ignorância de Sócrates, mas depois de um tempo de diálogo com Sócrates percebe que nem mesmo ele sabe exatamente o que é a virtude. Depois de três tentativas fracassadas, ele se queixa de que Sócrates entorpeceu sua mente, assim como uma arraia entorpece sua presa. Ele costumava ser capaz de falar eloquentemente sobre a virtude, e agora nem consegue dizer o que ela é. Na sequência do diálogo, Sócrates mostra como limpar a mente das idéias falsas, mesmo que isso deixe alguém em um estado de ignorância, é um passo valioso e até mesmo necessário para aprender alguma coisa. Ele faz isso mostrando como um escravo só pode resolver um problema matemático depois de reconhecer que as crenças não testadas que ele já tinha eram falsas."

Cito este breve texto (no link), mas poderia ser qualquer outro, até mesmo trechos de algum livro ou artigo que eu tenha publicado.

Trata-se de um preâmbulo a um preâmbulo, qual seja, até um filósofo de botequim, como diria um semioticista americano, reconhece a importância da ignorância douta (retomada na alta IM).

Porém, para sustentar alguma forma de narcisismo, manifesta no autoelogio e prescindindo de peer review editorial (ponto a ponto, double blind), a virtude da ignorância é transformada em paixão pela ignorância, naquele viés desdenhoso de irracionalidade.

Aproveitem para ler Eduardo Guimarães [no link https://outraspalavras.net/descolonizacoes/um-psicanalista-le-pasternak-e-orsi/] , sobre a Psicanálise, no contexto de um falso debate inaugurado por uma dupla inflada de uma suposta originalidade (que Dunker já contestou), consistência (desarticulada por Guimarães) e definitude, signif**ante que muitos Psicanalistas repudiam, epistemicamente e eticamente.

A ignorância socrática refere-se, paradoxalmente, a um tipo de conhecimento - o reconhecimento franco de uma pessoa sobre o que ela não sabe. Ele é capturado

02/08/2023

Por aí pensamentos
[HPMF 01/08/2023

Ser este espaço ...
[Suspiro]
Ser lugares pelos laços ...
[Inspiro]

Criar cada design no detalhe
[Expiro]

Design sendo desejo
Zeitgeist que não me doma
desalojar a fantasia
de que de algo sou dona
Autora só quando uma torrente de vozes outras a mim se doa, se empresta

De autora, o que em mim digesta
Sou lugares, sou muitos tempos
Colhedora que se doa
design, desejo
Zeitgeist
Ambiência sem essência
no tempo não colherei desculpas
o que sou serei sendo,
sabendo que se doa sem nada saber para que não doa
mais...
[Inspiro]

Densa quando me encolho
Suspensa quando fecho o olho
Liberta quando escolho
Jamais cheia quando colho
Se transbordo é de sonho
o único infinito de que disponho
[Expiro]

Design, Zeit
não há final
quando se inserta
"Em tempo,"
Adendo
Há tempo
Há tanto
Há pranto
Uma porta semiaberta...
[Suspiro]

Em mim, nada estará pronto
Costura sem nó
história, narra-geria
sem ponto
quando em vez alegria
saber/doía
Todos juntos
somos um-só

08/04/2023

"Cansam" do amor
[HPMF 07/04/23

Reunamo-nos na praça do desencanto,
para falar e falar e falar dos desencontros.

Falemos lá o que fora amor,
passagem,
a quem dissemos amar
sem coragem,
sem saber por quê
por nada dele saber,
história, trocas, falares

Falemos que nos disseram amar tanto, muito e nada
E de nada de nós saberem
histórias, lutas, travas,
quereres.

Vamos à praça confessar
somos tolos no amor
e mais ainda, do outro, no des-amar-nos.

Escrever e apagar,
de vergonha, dúvida
do que queremos
apenas, de leve,
entregar.

Ou não dizer e engasgar,
mais uma vez e de novo como foi desde sempre, de bem atrás ao presente.

E na praça já se vê a multidão
desorientada.
Falar, quase nada...
Essa coisa de ser desamorada
é pra gente entristecer.

E os poemas se
queixam desta cina:
tudo se parece o mesmo,
ainda pior é a rima.

Desencantados
não se arrimam,
nem se querem ver.
Ilhados, não por opção,
pagam em noites e mais noites
para esquecer,
curar,
dormir e
isso apenas
dor(m)IR.

30/03/2023

Lugares do esquecimento
HPMF 29/03/23

Prova do esquecimento

À prova de esquecimento

Aprova o esquecimento

Vapores de esquecimentos

Atores dos esquecimentos

Dores do aquiescimento a
esquecer, excrecer

Esquecimento no lugar do não pensar o que não suporto pensar, pesares, peso, presa

Esquecimento dos detalhes retalhados na memória escurecendo

Esquecimento na falha, na falta, no falho, no que apenas não falo

Não faltam as palavras, senão suas cores, seus tons, seus ecos

Não falham as palavras, senão no reverso, no per-verso, no que na torção nunca foi avesso.

Transversas palavras
Travessas
Trevas, travas e tramas

Esquecimentos do que nunca existiu
do que resiste no sim
do que insiste em não
no curso da desmentida historicidade,
um vão frio
ou cio de um vulcão

Habito todos esquecimentos à sombra de uma linha infinita

30/03/2023

Es(x)cri(e)turas

Espremer palavras até escorrer a última gota de um sema, não traz sentido.

Não faz sentido ir atrás do que não se guarda ali.
Há o que aguarda, num silêncio áspero que arranha, apanha, enredeia o que jamais estará na fendas das cordas, na letra, no gesto, nas ondas que tamboreiam o ouvido.

Isso que está no olvido, revolvido numa composteira fértil.
Do resto ao que resta, e o sentido não se oferece em uma única fresta.

Me carrega esta pele que embolsa ossos, carne, fluidos, esquecimentos em todas as palavras que me usaram servindo-se de uma voz que não era minha, perscrutando sentidos que nunca estiveram nas palavras que jamais foram minhas.

As palavras não nos pertencem, nem os sentidos, nem mesmo eu a mim mesma porque nada é o mesmo no que não cessa de se repetir. (HPMF 28/03/23)

Consultório da Vinte. Criei um design mais intimista (com direito à visita das pets)
14/01/2023

Consultório da Vinte. Criei um design mais intimista (com direito à visita das pets)

When my heart bleeds, and take me to the darkness(Lyrics-to-be)Heloísa Pedroso De Moraes Feltes 16/11/2021Para um amigoI...
16/11/2021

When my heart bleeds, and take me to the darkness

(Lyrics-to-be)

Heloísa Pedroso De Moraes Feltes
16/11/2021

Para um amigo

I don't wanna live
beyond the time
I wanna know I am spending my last dime

I don't wanna live forever or open any other door
Cos the sorrow I can't take no more
I can't see the line of loss when death over my love ones comes across.

I don't wanna live beyond the Time
I wanna feel the taste of wasting my last dime

I don't want to carry this sorrow on,
on and on
I wanna feel my last breath taking all the chains and I can move on

I've been lost, broken, burning

Excited, hopeful, full

empty, acting like a fool

Life means more knowing there is a day when we deeply take the last breath, the greatest moment when we go away.

I don't wanna live beyond any time
I don't want to meet the dead ones who shine
I can't trust that somewhere else I'll find serenity
I don't wanna know how bad would be the eternity

I can't wait for my time as an actual invisible dust,
Cos this is who I am to all I cannot trust

I don't wanna live forever beyond the Time.
I can feel the pleasure that I didn't have to hold a single dime.

08/11/2021

Depois, o dois, o tempo

Heloísa Pedroso de Moraes Feltes

8 Nov 2021

Cisma que o tempo é a costura de uma dobra

O ponto é o fio da vida?

Estar a ponto de findaravida?

O ponto é o fim da vida?

"Só quero esquecer!" "Queria mais tempo?" Esqueci. Não lembro.

Esquecimento que nunca foi antes lembrança e f**a lá onde se é, onde se está, onde não se pensa o não pensado

Perda de tempo pensar no tempo. Ganhar tempo, perder tempo, perder-se no tempo.

A vida é um ponto. É um, e pronto. Ou é dois, três... Vai saber?

Querem mais pontos, desejo de se encontrar pronto numa costura perfeita. E tudo que quer é esquecer, puxar o fio da costura, desfazer, começar de novo.

Punhado de metáforas enganosas. Lá onde tem um ponto tem um nó, o esquecido que nunca foi lembrança.

Sabe, não se desespere. Lá, onde o ponto faz um nó, começa o fio de uma esperança, uma VEMbrança.

Dali é que a dor deixa de ser laço para ser abraço.

O sozinho se torna ninho.

Vá...
Faça um soninho e sonha.

Sonha, fala...

Te encontro no fio da sua fala, no que diz, no que cala...

Calma, faz um soninho, depois a gente fala, quando e se tiver o ponto 2 depois que no tempo ainda existe.

21/10/2021

Meus caros,
Semana que vem retomamos a agenda normal!

Alguém que nem conheço me fez criar desse poema o começo (20/10/2021)No sono há um ceder, um perder-se;um perder se se d...
20/10/2021

Alguém que nem conheço me fez criar desse poema o começo
(20/10/2021)

No sono há um ceder,
um perder-se;
um perder se se dorme,
um ceder vigilância,
aquela que come o tempo,
na ânsia de ter mais tempo.

A insônia não faz amigos.
É um abrigo feito de palha,
uma velha inimiga
para quem o sono é falha,
folga, borda, limite.

A insônia é uma velha amarga para quem o sono é fraqueza.
É uma velha triste que rouba o sonho,
aquela coisa sem limite que nem sabemos narrar.

A velha sussurra que não se é mais criança.
A insônia é uma velha torta para quem o teu bem não importa.

A velha sabe que você não sabe que você não se entrega,
que você não se dá trégua.

A velha sem dentes tem boa prosa.
Faz você acreditar
que não vai lhe abandonar.
Essa velha é de fato preguiçosa,
porque é você que não se abandona, enquanto ela se torna sua dona.

Essa velha é mentirosa
Acredite, os problemas todos estarão no mesmo lugar.
Se dormir, muita coisa se ajeita, se encaixa, se cria.
A gente se lembra, a gente se esquece mas o rastro não desaparece.

Velha, de amiga disfarçada,
sabe toda a história que você nem sabe que escreveu
Rouba, num gozo grotesco,
os desejos todos seus.

Não quer que você durma,
que se entregue,
que se abrigue nos sonhos,
que os decifre...
para tirar-lhe o prazer de acordar e se desacobertar.

07/10/2021

Escuta Clinica: silêncios e seus gritos
Dra. Heloísa Pedroso de Moraes Feltes

O silêncio guarda e aguarda.

O silêncio montanhoso com punhado cheios de ecos em redoma.

O silêncio. Um buraco. Um fosso de cheiração medonha por onde passa uma ponte intangível.

Chove chovendo muito atravessando o frio. Poeta chama de pranto eu chamo espanto desencanto.

Silêncio incinerando o corpo, e a chama queima a tora às cinzas.

Silêncio de peito marmorizando. Quando racha purga lama de culpas que eu chamo de "inóspitas memórias guardadas esquecidas como desaparecidas".

Humano, criatura de vozes silenciosas "desamparecidas" (parricidas?).

Chove, chovendo, e a chama queima a tora até as cinzas malqueixosas e me escutas dizer: eu não vou embora.

Suporte em mim que não temo os ecos, cheiros amargos azedos e escuto.

Não vou embora.

Ignora a ponte pois que é um laço desfeito.

Fala. Adentra a vala na fossa turva, nesse corpo que purga.

Fala onde não sabes que cala.

Essa imagem umbralesca é a forma das fraturas. Tens a hora. Eu não vou embora.

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