15/09/2025
Quando falamos em su1cidi0 é impossível ignorar um dado que se repete em diferentes pesquisas: os maiores índices estão entre os homens.
Esse número não reflete falta de força ou de capacidade, mas sim uma construção cultural que ensinou muitos homens a esconder o que sentem e acreditar que pedir ajuda é sinal de fraqueza. É fato que, o sofrimento não compartilhado tende a se intensificar.
A ausência de diálogo sobre emoções, aliada à pressão social para ser “forte o tempo todo”, faz com que muitos homens permaneçam em silêncio. Esse silêncio, por mais que pareça proteção, pode se transformar em isolamento, em sensação de peso insuportável e em
risco real de vida.
Reconhecer sinais de sofrimento como mudanças bruscas de humor, isolamento social, ou falas sobre desesperança é fundamental tanto para quem vive isso quanto para quem está por perto.
Mas não necessariamente algo tão profundo é “simples” de ser percebido; às vezes, só é possível reconhecer o sofrimento a partir do momento em que você fala, se abre e divide o que sente e pensa.
Falar sobre dor não diminui ninguém. Pelo contrário: é um ato de coragem. Buscar apoio profissional, conversar com alguém de confiança e abrir espaço para sentir pode ser justamente o que salva
vidas.
Homens também choram, também sofrem, também precisam de cuidado e reconhecer isso é dar um passo importante para quebrar o silêncio que tem custado tanto. A vida merece ser vivida com verdade, e pedir ajuda é uma forma legítima de continuar caminhando.