01/11/2025
Ybápytanga, fruto vermelho, talvez a fruta mais deliciosa do mundo. Fruta de índio, de sabedoria, que cresce e é cuidada, debaixo da janela de meu filho mais velho, Davi. Pitanga gerada, trazida, da terra, escolhida para cheirar, refrescar, proteger, a janela de um filho.
Vitamina C, uma carga imensa, Vitamina A, cálcio, fósforo, ferro, magnésio e potássio, tudo isso, em cada frutinha vermelha. Pitanga, farta em um pé, que tanto cuidei para germinar, livrar das colchonilhas, para florescer e frutificar. Quintal da minha casa.
Você conhece o Pêndulo de Newton? Bolinhas de metal, presas por fios, que transfere energia, quando você promove o contrário da estática, provocando desafio, provocando confusão. Elas estão quietinhas lá, mas é preciso fazê-las mexer, travar choque, embater, trabalhar. E é uma mão de fora que faz isso, que desperta o movimento, cinética que nos encanta. É só um empurrão, que produz esse encanto.
Se, debaixo da janela do quarto de seu filho, você pode ter um pé de pitanga, de acerola, de jabuticaba, ou de mato mesmo, aproveitando o máximo, da terra ou do filho, faça. Faça. Triste é o garoto, a menina, que acha que a enrolação do tempo será melhor. Terra que produz, meninada também. Juventude que precisa de estímulo. Meritocracia que não existe, acomodação que existe em excesso. Roblox, Minecraft, Naruto, Reels do Instagram, Ariana Grande ou pequena, em excesso, é preciso estimular a pesquisar, dedicar, estudar.
Mas, se a terra não é cuidada, fofa, trabalhada, corrigida no que precisa, não produz pitanga, acerola, jabuticaba. Se a criança não tem afeto, estímulo, disciplina, cresce perdida e infrutífera. A meninada é destino de energia, de desafio. É preciso que façamos.
O Enem chega, cheira, chama. E é preciso encará-lo! Não haverá herança, haverá promoção de capital intelectual, valorização do capital social, promoção de prosperidade pelo estudo, pelo conhecimento, valorizando a escola. Bora?
A universidade é caminho para uma juventude privilegiada, que conseguiu terminar o Ensino Médio, pobre ou rico. Conseguindo algo, um degrau, precisamos despertar neles interesse por mais conhecimento. Façamos. Ou os perderemos.