Jairo Stacanelli

Jairo Stacanelli Informações para nos contatar, mapa e direções, formulário para nos contatar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Jairo Stacanelli, Psicoterapeuta, Praça Tiradentes, 75 sala 311, Retiro da Contagem.

Psicólogo clínico, psicólogo das categorias de base do Cruzeiro Esporte Clube, apresentador do Horizonte Debate pela TV Horizonte, comentarista no Tribuna Livre pela Rádio América.

Ybápytanga, fruto vermelho, talvez a fruta mais deliciosa do mundo. Fruta de índio, de sabedoria, que cresce e é cuidada...
01/11/2025

Ybápytanga, fruto vermelho, talvez a fruta mais deliciosa do mundo. Fruta de índio, de sabedoria, que cresce e é cuidada, debaixo da janela de meu filho mais velho, Davi. Pitanga gerada, trazida, da terra, escolhida para cheirar, refrescar, proteger, a janela de um filho.

Vitamina C, uma carga imensa, Vitamina A, cálcio, fósforo, ferro, magnésio e potássio, tudo isso, em cada frutinha vermelha. Pitanga, farta em um pé, que tanto cuidei para germinar, livrar das colchonilhas, para florescer e frutificar. Quintal da minha casa.

Você conhece o Pêndulo de Newton? Bolinhas de metal, presas por fios, que transfere energia, quando você promove o contrário da estática, provocando desafio, provocando confusão. Elas estão quietinhas lá, mas é preciso fazê-las mexer, travar choque, embater, trabalhar. E é uma mão de fora que faz isso, que desperta o movimento, cinética que nos encanta. É só um empurrão, que produz esse encanto.

Se, debaixo da janela do quarto de seu filho, você pode ter um pé de pitanga, de acerola, de jabuticaba, ou de mato mesmo, aproveitando o máximo, da terra ou do filho, faça. Faça. Triste é o garoto, a menina, que acha que a enrolação do tempo será melhor. Terra que produz, meninada também. Juventude que precisa de estímulo. Meritocracia que não existe, acomodação que existe em excesso. Roblox, Minecraft, Naruto, Reels do Instagram, Ariana Grande ou pequena, em excesso, é preciso estimular a pesquisar, dedicar, estudar.

Mas, se a terra não é cuidada, fofa, trabalhada, corrigida no que precisa, não produz pitanga, acerola, jabuticaba. Se a criança não tem afeto, estímulo, disciplina, cresce perdida e infrutífera. A meninada é destino de energia, de desafio. É preciso que façamos.

O Enem chega, cheira, chama. E é preciso encará-lo! Não haverá herança, haverá promoção de capital intelectual, valorização do capital social, promoção de prosperidade pelo estudo, pelo conhecimento, valorizando a escola. Bora?

A universidade é caminho para uma juventude privilegiada, que conseguiu terminar o Ensino Médio, pobre ou rico. Conseguindo algo, um degrau, precisamos despertar neles interesse por mais conhecimento. Façamos. Ou os perderemos.

Hoje, dia de papo reto, com ouvintes e telespectadores, sobre perder pessoas que amamos. Pessoas são massa, não suas ide...
31/10/2025

Hoje, dia de papo reto, com ouvintes e telespectadores, sobre perder pessoas que amamos. Pessoas são massa, não suas ideias. Ou sobre, um dia, perdemo-nos também. Somos corpo, sim, massa, isso se perde, não ideias. Se, na última semana, falamos sobre o câncer, sobre o outubro rosa, e como enfrentá-lo, continuaremos a conversar sobre um tema difícil.

Ninguém quer ir, morrer, despedir. Se diz que quer, na minha opinião, faz crises teatrais de histeria. Querer o fim, é fazê-lo em um silêncio sepulcral. Transformar a adversidade em desafio, desafio em projeto, projeto em possibilidade, em meio à perda, é um caminho de filosofia, de aprendizagem, de aceitação e entendimento.

Dia de conversar sobre esperança. Dia de dizer sobre finitude, sobre o início do mês de novembro.

Bora compartilhar minha história, meu pensamento e meu sentimento, com um símbolo do rádio mineiro, José Carlos Piotto . Cara que me deixa seguro para desenvolver discurso, que dá suporte. Amizade massa.

Assim fazemos o “Falando de Vida”, na Rádio América e na TV Horizonte , toda sexta, ao vivo, 16:00. Nos canais 107.1 do FM, 30.1 da tv aberta, no VOX da Rede Catedral e no YouTube. Esteja lá também conosco!

“Eu gastava meu tempo em angústiaE fui pego em um caldeirão de ódioMe sentia perseguido e paralisadoE pensava que tudo m...
30/10/2025

“Eu gastava meu tempo em angústia
E fui pego em um caldeirão de ódio
Me sentia perseguido e paralisado
E pensava que tudo mais poderia esperar”

Tradução minha, de uma das letras mais tocantes do David Gilmour, de uma música fluida do Pink Floyd. “Lost for words”, “Perdido em palavras”, um grito contra o estúpido, sovina, de pensamento pequeno. Tempo, sem sentido, passa e destrói. A desconfiança constante, de si e dos outros, oxida sorrisos, faz com que desapareçam, não só do neurótico, mas também de quem o cerca. Um posicionamento imóvel, de tristeza, só adoece.

“Enquanto você gasta seus pensamentos com seus inimigos
Enrolado em uma febre de rancor
Além dessa sua visão limitante, a realidade se desfaz
Como as sombras em direção à noite”

A energia que temos, a força que temos, precisam ser para polir nossa existência. Precisamos melhorar sempre, precisamos estar cientes, precisamos estar alertas, aware de gestalt, atentos. E não dedicados àquilo que mais nos adoece! Perdidos, magoados, deixamos de ter luz! O quanto preciso, sim, aprender isso.

“Se martirizar por cuidado
Não te ajudará em nada
Porque não haverá salvação em dinheiro
Quando Aquele que é certo voltar”

“Ó céus, ó vida”, lembra daquela hiena da tristeza, de um desenho animado? Fazer-se vítima, fazer-se coitado, não resolverá nada. Preocupar-se com grana, com acumular, e ter raiva de tudo, também! Porque quando o Certo voltar, valorizando a humildade, a paz e o perdão, não haverá oportunidade para se justificar, nem perdoar, quem viveu de ressentimento e de acúmulo.

No Primeiro de Maio de 1886, morreram seis trabalhadores em revolta, nas indústrias de Chicago. Primeiro de Maio se torna, no mundo todo, Dia do Trabalhador, dia de se pensar as injustiças do trabalho.

No Rio, fim de outubro, mais de cento e trinta morrem, pretos, favelados, pobres, polícia. Nenhuma boca de fumo deixou de existir, ninguém parou de usar droga por isso. Mas quem lava o dinheiro, que de lá jorra, não foi preso, nem o político corrupto. Nada se resolve, absolutamente nada, do problema que se via.

A música que traduzi é para o escroque, que diz que é preciso morrer mais. É preciso uma revolta consciente.

Hoje é o dia de um Santo que foi esquecido, confundido, que morreu protegendo sua fé, a Boa Nova de Cristo. Judas Tadeu ...
29/10/2025

Hoje é o dia de um Santo que foi esquecido, confundido, que morreu protegendo sua fé, a Boa Nova de Cristo. Judas Tadeu foi sacrificado pelo machado de Diana, deusa grega da caça. Quanta fé temos, no Brasil, por seu poder, em causas impossíveis. A ele dedico o pedal. E me pergunto o que passava, também, na cabeça de seu xará, que trai e engana, quando beija o rosto preto de Cristo, sua barba crespa, entregando-O a quem o condenaria. Salva-nos Tadeu hoje, pois queimaremos, na Semana Santa, seu homônimo Iscariotes.

“Não se tem certeza de nada, já lhe disse. (...) Faço questão, também, de condenar a porta do pequeno universo bem fechado, do qual sou o rei, o papa e o juiz.” Assim Camus descreve uma conversa, consigo mesmo, do personagem principal, de “A Queda”. Livro que é análise existencial, terapia vívida, um presente para minha mãe.

Confesso, no mundo do meu pedal, da minha nadada, de minha caminhada e corrida, faço 40 quilômetros de um, um e meio de outro, mais dez quilômetros do último. Ninguém entra, ou palpita, no meu triatlo. É o meu mundo, é um polir de existência. Aprendo a lidar com o vento que segura, com o vento que empurra, com o morro que me desafia, com a descida que me descansa.

É o meu pensar, rezar, e criticar até o padre que ouço. Pedalo com uma solidão tão bela, e declaro meu amor à Pampulha, ou ao caminho entre a Praia de Santa Mônica e a de Ubu. Nado com o silêncio do nada, e caminho, olhando para o céu. Céu, casa de Deus, de Nossa Senhora, para quem peço perdão, e proteção.

O tempo? Esse destrói. Destrói corpos mesmo que se cuidem, pois recebem o alimento correto, sem excesso. Corpos que se exercitam, com a frequência necessária, para se cuidar, e para não morrerem de estética com câimbra. O tempo corrói, como o ar da praia corrompe até o alumínio. Encontrar a razão do tempo nos significa. Curo-me com o exercício.

Se respirar é morrer, aos poucos, me mato de exercício. E encontro sentido. Sou o Louco por esportes, de Maurício de Souza. Perder e se encontrar. Sou o Punk, sujeito doidão bacana de Contagem. Morro de tanto querer viver, e encontrar existência, razão e sentido. E agradeço a Deus e São Judas por tudo isso.

Minha preocupação nesse texto não é com a droga ou o álcool. É com a mediocridade! Uma sociedade que não valoriza a educ...
23/10/2025

Minha preocupação nesse texto não é com a droga ou o álcool. É com a mediocridade! Uma sociedade que não valoriza a educação, como instrumento de liberdade, de crítica, de conteúdo, de construção de conhecimento, mantém sua juventude medíocre. Encalacrada, portanto, andando para trás.

“Há laços sociais que precisam de consistência”, diz Maria Rita Kehl. Adolescentes ridicularizados, porque foram filmados em intimidade, se suicidam. A menina iludida, que tira a foto do seio jovem, e o compartilha, será ridicularizada. E terá na opção de tirar a vida, sua saída.

O bullying é cruel. O id**ta acha que tem voz, e provoca! E essa voz destrói. Freud já avisava, na “Psicologia das Massas”, que o bullying precisa de gente que dá coro ao discurso estúpido, de gente que dá ibope.

Em um grupo, o sujeito age em função dos hábitos do grupo, totalmente. Sozinho, o seguidor bobão do líder id**ta - o fortão da sala de aula, o deputado Nikolas estúpido, Donald Trump - se comporta de um jeito. Longe da incompetência, do discurso sem respeito, egoísta e superficial, eles se comportam de outro. Mas, esse grupo, faz desaparecer a personalidade dos sujeitos, e valem os valores do que se espera no grupo, de valores do grupo. O Deus deles, a pátria de si que segrega, ou uma família castradora.

O grupo é cruel, muitas vezes, devorador. As massas são famintas. A suspeita das massas devora o sujeito individual. Não há bondade, há fraqueza. Não há novidades, há o conservadorismo. E a voracidade! As massas precisam de seus führers! Líderes cruéis, que consomem o diferente, que desencaminham o contrário que prometem.

Não há eleições, nesse ano, mas perceba como a extrema direita se organiza. A direção é o Senado! Uma casa democrática, que regula quase tudo na República - da escolha do presidente do Banco Central, de um ministro do Supremo e suas ações, do impeachment de um presidente.

Mas, se não há eleições, há o Enem, e provas que selecionam para as escolas técnicas, públicas e integrais. Mas há uma juventude, entregue ao tigrinho e aos tigres do tráfico, do brazino ao barzinho, tão cedo, que se perde sem estudos, sem suporte de disciplina, de liberdade. E sem afeto.

“Ela une todas as coisas”Trabalho, inteligência, afeto“Como eu poderia explicar”Suspirando, apaixonando, derretendo“Um d...
16/10/2025

“Ela une todas as coisas”
Trabalho, inteligência, afeto

“Como eu poderia explicar”
Suspirando, apaixonando, derretendo

“Um doce mistério de rio”
De Janeiro que ela ama

“Com a transparência de um mar”
De Alagoas de nossas fotos

“Ela une todas as coisas”
Davi, Felipe e eu, e segura os pontos

“Quantos elementos vão lá”
Água de sal, vento de monte, amor de peito

“Sentimento fundo de água”
Mesmo de seu medo, de entrar em mar bravo

“Com toda leveza do ar”
Leveza de sentir, leveza de te ouvir, de te ter

“Ela está em todas as coisas”
Numa inspiração de sentido, de existência

“Até no vazio que me dá”
Porque dá trabalho

“Quando vejo a tarde cair”
Na Ponte dos Milagres de Alagoas

“E ela não está”
Porque fomos a São João Del Rei

“Talvez ela saiba de cor”
Números, emails e questões do trabalho

“Tudo que eu preciso sentir”
Para contar para ela sobre história e biologia

“Pedra preciosa de olhar”
Enquanto dorme, porque acordo mais cedo

“Ela só precisa existir”
E buscar razão para ser, nos desafios

“Para me completar”
E eu não sou ninguém

“Ela une o mar”
De Piaçabuçu, de São Francisco, de São Miguel

“Com o meu olhar”
Que se perde em vê-la

“Ela só precisa existir”
Para sermos felizes, fazer Davi, Felipe e eu felizes

“Pra me completar”
E eu não sou ninguém, mas quer ser

Levei os filhotes para assistirem “O Último Episódio”, filme lindo, sobre juventude. Feito na curva final do meu pedal, ...
12/10/2025

Levei os filhotes para assistirem “O Último Episódio”, filme lindo, sobre juventude. Feito na curva final do meu pedal, em Contagem, nas escadas que davam manutenção aos trilhos de cimento, “O Último Episódio”, é pura sensibilidade. Curva de profundidade de vivências, trilho de escadas, de um cimento firme, na amizade de três jovens, crescidos em uma cidade operária, de corações muito frágeis, questionadores de mães, carentes de pais.

A paixão adolescente é um convite. Para ganhar uma gatinha, inventa-se uma mentira, e o filme nos conquista. Dizer o que não existe - e ter que inventar - lição primordial que a vida exige! Criar em meio às ausências, viver robustez e fragilidade.

As personagens principais sofrem um fim, de histórias que nunca existiram. Não havia a mãe da menina, que foi à América trabalhar, e não voltou. Uma mãe que não entendia, professora de música, sobre seu filho preto e afeminado. Ou o cansaço e a desilusão da mãe, trabalhadora e viúva, do menino que sonhava com rock, desenho e uma paixão.

“O Último Episódio” é uma ode à série de desenhos de minha infância, a “Caverna do Dragão”. Sensacional em fantasia, a “Caverna” sempre foi uma antítese, na construção de seus heróis. Na “Caverna”, em meio à aventura, havia a figura de pais, no embate de um velho mago educador e de um desafiador educando que vinga. E no materno das figuras meninas.

Superman, Batman, Thundercats, os mutantes dos X-Men, todos eles, se criaram com pais mortos, vindos de um planeta distante, mandados para a Terra, como um paraíso. No Éden, salvavam os buracos que criavam. Na “Caverna do Dragão” não, construíam.

Uma sociedade precisa de uma estrutura que educa gerações mais jovens. Mas não como antigamente se fazia, com agressão física e cheia de críticas. Jovens precisam de organização, orientação, companhia, afeto. Mas também precisam de um discurso que os oriente, e não lhes passe a mão na cabeça. Depois da “Caverna”, Senhor Madruga, Homer Simpson, ou Dino da Silva Sauro, todos pais, todos estúpidos, não ofereceram nada que preste, só ausência.

No “Último Episódio”, figuras maternas mudam, pais ficam ausentes. Na curva do meu pedal, verdades desvelam.

Assisto “Steve”, com Cillian Murphy, de “Oppenheimer”, e todo o filme mexe comigo. Adolescentes que querem viver, profes...
09/10/2025

Assisto “Steve”, com Cillian Murphy, de “Oppenheimer”, e todo o filme mexe comigo. Adolescentes que querem viver, professores que querem ensinar, escola desejosa de mudar a vida de meninos rejeitados. E muita confusão na construção de personalidades, de histórias, de fugas. E a inexistência? Há uma luta intensa por encontrar sentido!

Um filme de confissão, de trilha educativa, de esperança e desastre, de jovens esquecidos, retirados, criminalizados. De professores exaustos do trabalho, exauridos de um sistema que os consome, de sintomas psicológicos graves. Mas não de desistência. Digo, disparado, melhor filme do ano!

Em “Napoleão”, em “Ferrari”, ou em “Oppenheimer”, a forma de se contar a história entedia. Focam na pessoa, e não no seu entorno, contam só uma história, não seu contexto. Muito diferente de “Coração Valente”, “Gênio Indomável”, “Forrest Gump”, ou pérolas brasileiras como “Ainda estou aqui”, ou “Cidade de Deus”, quando o desenrolar dos filmes acontece com historicidade, com impacto, com desenvolvimento. Como é chato ver filmes de si. Como é massa ver filmes, mesmo com histórias difíceis, que ampliam o alcance da câmera, da vida, do entendimento. Não ao fechamento em si.

Em “Steve”, a realidade é nua e crua, a vida do educador aflora, cheia de m**o, de anormalidades, de dr**as para esquecer, de uma gravação de televisão para incomodar, de existências tensas para se contar, para nos impactar, para nos desconstruir, para nos solidarizar. Educador que quer mudar vidas de quem o escuta.

“Cala a boca”, disse a aluna estúpida. “A gente queria que você ensinasse pra gente a meditar”, disse um grupo passivo. “Vamo embora, deixa aí esse otário”, quando fiz uma menção ao candidato da extrema direita que queria trazer escolas-hospícios a alunos especiais. Querer mexer com uma juventude embotada é muito difícil. Não deixarei de fazê-lo, porém dói, e a gente t**a.

Professor, professora, não são missão, nem talento. Chato é bater cartão, dia todo. Ser professor é massa! Duro é viver com seu salário. Talvez bater cartão dê mais dinheiro. Mas, definitivamente, ser professor dá mais sentido à vida! Toca a vida! Muda a vida, de si e do outro!

Sou rigoroso, contra o lero-lero da autoajuda. Tenho muita dificuldade com ideias óbvias, ou com o olhar sedutor do coac...
01/10/2025

Sou rigoroso, contra o lero-lero da autoajuda. Tenho muita dificuldade com ideias óbvias, ou com o olhar sedutor do coaching. “Acredite, a fortuna te espera”. Paciência pequena, para um buraco mais embaixo.

Há uma corrente neo psicanalítica que insiste dizer que não existe busca nenhuma de sentido. Gostar de si, gostar de alguém, ter um projeto?… tudo isso é vazio, a vida é vazia. Será que Schopenhauer, desistente de tudo, da concepção, do início do dia, da noite à morte, se encontrou com Freud e ambos bateram uma altinha?

Discordo de tudo acima. Discordo do carnaval inútil do coaching. Discordo do pessimismo psicanalítico. Em terapia, se não entendemos, aprofundamos, na máquina da vivência, não avançamos.

Existo. Disciplina precisa ser proporcional aos desejos. Liberdade é o começo da felicidade. Cobre do adolescente a conscientizar-se, da disciplina na organização do quarto, nos estudos, no trabalho. Cobrar de si mesmo, água, sono, comida equilibrada, sossego. Dedicar-se a um bom número de passos, pessoas que te agregam. Ser também mais discreto nas suas opiniões. Goste de si e dos projetos para os quais você se esforça, projetos de sentido, projetos que prestam.

Quem nega o sentido da vida, construção, não identifica sentimento e respeito, de si e do outro, se afunda em um mundo de angústia. E não sai dele.

Tive um câncer. Como no “Sétimo Selo”, um cavaleiro retornado da guerra, questiona seu sentido, o tempo todo. E chama a Morte para uma partida de xadrez, com o rosto limpo. Eu não. Não conhecia a exaustão, não conhecia o medo de ficar distante dos meus filhotes, dos meus sobrinhos. E vi isso tudo. Mas não vi a Morte, nem que “ela estava viva”. Creio, e não abro mão da vida.

Escrevo de um grande laboratório. Ainda preciso fazer meus exames - muita gente, e uma menininha linda, carequinha, com uma máscara, e a mãe forte. Quis dar um abraço, dizer que dará certo, fazer um desenho, despertar um sorriso, na carinha triste.

Nas veias mortas da quimioterapia, dou trabalho às enfermeiras. E fico lá um bom tempo, e muitos furos na braço. No fim, ouço a pequenina, “bobô, mamãe?”, “sim, filha, acabou”. Rezo, e tento inflar de alegria pro dia!

Quem somos nós? Como é bom tecer um véu de palavras, para dizer quem sou. E tocar quem me escuta.Sou Jairo Stacanelli Ba...
28/09/2025

Quem somos nós? Como é bom tecer um véu de palavras, para dizer quem sou. E tocar quem me escuta.

Sou Jairo Stacanelli Barros, filho de Jairo Barros, neto de Henrique Barros, bisneto de Nemésio Barros, tataraneto de Antônio Barros, tatataraneto de Antônio Francisco, tatatataraneto de Alferes Matias Francisco, tatatatataraneto de João da Silva Filho, tatatatatataraneto de João da Silva, nascido na Freguesia de São Martinho do Couto do Moure Braga, Portugal. Isso tudo começado em 1700, cadastros de um primo, que buscou e estudou, nossas origens, nos livros de tombo, onde esse povo foi batizado.

Se pergunto, toda vez, quem somos, busco. E sempre conto, como uma família de gente simples, apostou na minha geração para fazer-se crescer, florescer. Gente corajosa que singrou mares e terras, analfabetos, por duzentos anos. Para dar quatro anos de estudo para meu avô. Para quase dobrar os estudos de meu pai, que parou na sétima série. Para dar para mim e para minha irmã, para primos e primas, universidades, pós graduações, mestrado para alguns, doutorado para outros. Sim, há algo de nós, em nossos narizes curvos, calvos, cabeçudos, de bunda pequena, em cada um dos caras que descrevi. Gente que se preparou para que recebêssemos intelecto, pois herança, nunca tivemos.

Como é massa contar essa história, em cada palestra que faço. Como é fundamental, dizer para quem me escuta, valorizar a importância do saber, do simples e do formal. De como podemos proteger quem seguirá, com conforto e justiça, com esforço e dignidade, de valor que virá do trabalho, do estudo, do pescoço curvado sobre o conhecimento. Filhos de orgulho! E tocar quem não sabe.

Hoje, falei com casais. Honra, alegria, despertar perguntas que não tenho a resposta, despertar sorrisos, promover entendimento. Entendimento que precisamos construir, em nossas casas.

Precisamos gostar da gente primeiro, em um milésimo de segundo, para preencher cada canto de fé e de sabedoria, dos lares. De que nossos filhos deverão ser tratados com cultura, com crítica, bola e livro, com filme bom, música inteligente, e uma conversa interessante. Filhos que descobrirão quem são, a partir do que lhes dizemos.

“A educação dos filhos - missão compartilhada”. Alegria ser convidado para palestrar amanhã, na Paróquia de Santa Teresa...
28/09/2025

“A educação dos filhos - missão compartilhada”. Alegria ser convidado para palestrar amanhã, na Paróquia de Santa Teresa de Calcutá, em Betim, às 14:00. Convite de estimado Padre Alan, para estar com sua comunidade.

Falar da educação dos filhos é essencial, pois eles são nosso sentido da vida. Mas, se não estamos bem, se não gostamos de nós mesmos, não formamos cidadãos e cidadãs para um mundo tão difícil. Gostar de si, equilibrar-se, encontrar-se, para dar todo o suporte a quem amamos - esse será meu tema.

Na véspera da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, tínhamos um excelente grupo, no Cruzeiro Esporte Clube. A FIFA, organizava uma competição aqui em BH, para os grandes clubes do Brasil - Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Corinthians... Junto com grandes clubes do mundo - Barcelona, Manchester United, Milan, Benfica… E, para não apenas aparecerem para olhos do exterior, técnicos e empresários, a meninada queria estar bonita para as transmissões ao vivo, no Sportv.

O Barcelona era nosso adversário. Jogadores azuis se animavam. A cabeleira dos atletas estava aprumada. Cortes e penteados, preparados ao longo de um bom tempo. E também muita dedicação, muito treino. Um excelente atacante, que o time estrelado tinha, fez o seu, uma mistura de Neymar na juventude, ou Chitãozinho e Xororó no início da carreira. Ele foi o autor do gol, no segundo tempo.

Ganhávamos do time espanhol, e já se aproximava o fim do jogo. Foi quando o treinador, meu amigo e professor Hamilton, sinalizou para que o atacante saísse, e reforçasse a defesa. E o atacante sinalizou que não sairia.

O professor ficou bravo. E o pai do garoto também. Fim de jogo, uma vitória e tanto sobre a p***a do Barça. O Cruzeiro vencia as Canteras. Mas o que fazer com o jogador nosso? “Jairo, posso levar meu filho para a Toca, sem ser no ônibus. Ele não comemorará com os outros”. “Sim”, disse.

Após a festa, ao fim da tarde, chegava o atacante, com a cabeça rapadinha, rapadinha. “Jairo, o cabelo foi o menos importante. A conversa é que foi boa!”. Firme, o pai dava a lição, para o filhote artilheiro.

Em um domingo para se falar de família, padre Alan reúne sua comunidade. Esteja lá conosco.

Hoje, calço minhas botas de falcoeiro, minha armadura de corujeiro, para proteger meu melhor amigo. Trago, em meu braço,...
24/09/2025

Hoje, calço minhas botas de falcoeiro, minha armadura de corujeiro, para proteger meu melhor amigo. Trago, em meu braço, bichos de proteção e comunicação, falcões e corujas, para abrir a procissão de Nossa Senhora das Mercês. E reverenciar quem Ela foi, e servir seu guerreiro.

Em comando de sua procissão, pequetito Miguel, cavalheiro de Maria, escoltará sua imagem, no santuário são-joanense, e em seu coração de menino. E, enquanto ele cresce, aprenderá quão misericordiosa foi a mãe de Cristo, protegendo cristãos de Europa e África, levando-lhes conforto e sossego. E o quanto Maria o protege e a sua família!

Hoje, reverencio seu poder, Nossa Senhora das Mercês, e de seu querido ordenado cavalheiro Miguel, que reza pela santidade da liberdade de cativos. Nossa Senhora, que vi transformar uma criança em guerreira, prometo que o protegerei por nossa fé. Que seu sorriso, enquanto br**ca faceiro, conosco, é um encanto.

Viva Lu , sua mãe, viva Daniel , seu pai, seus tios, seus avós, sua Tia Silvia, e sua irmã Flor, que Maria esteja aí perto de vocês, com um acolhedor e gostoso sorriso. Pessoas que, juntas, trazem amor, br**cadeiras, crença, e muita alegria, muita história, ao pequeno Miguel, meu melhor amigo.

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