22/04/2025
A mentira que contamos para nós mesmas(os).
Nem toda mentira tem cara de maldade.
Nem toda mentira nasce da intenção de enganar.
Às vezes, ela é só uma tentativa desesperada da mente de proteger o coração.
Todos os dias, contamos pequenas (ou grandes) mentiras para nós mesmas(os):
"Está tudo bem."
"É assim mesmo."
"Eu não me importo."
"Isso não me afeta."
"Eu não mereço mais que isso."
Essas frases não revelam um caráter duvidoso, mas sim uma alma tentando suportar realidades que, em algum nível, doem e que, muitas vezes, não têm nada a ver com quem realmente somos ou com o que viemos viver.
Mentimos para caber em espaços apertados, para agradar, para manter o controle, para não entrar em contato com a dor.
Mas, por trás dessas mentiras, há um desejo profundo de verdade, uma busca por autenticidade, por liberdade, por sentido.
Reconhecer as mentiras que contamos para nós mesmas(os) não é um sinal de fraqueza. É um ato de coragem.
É o primeiro passo para viver de forma mais alinhada com a nossa essência.
E se você parasse de contar essa mentira para si?
E se, com cuidado e apoio, você começasse a olhar para o que realmente sente, deseja e precisa?
A psicoterapia não é sobre apontar erros ou desmontar defesas à força.
É um espaço seguro onde, aos poucos, a verdade pode emergir, não para te ferir, mas para te libertar.
Talvez você já esteja cansada(o) de sustentar personagens, de caber em moldes que não são seus, de fingir que está tudo bem.
A boa notícia é: você não precisa fazer isso sozinha(o).
A psicoterapia é um convite.
Um chamado para voltar para si.
Para se escutar com mais honestidade, com mais gentileza.
Para, enfim, viver uma vida mais autêntica.
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