11/08/2025
🫀 “Que ninguém nos ouça... mas eu amo minhas panelas.” Radha Abramo nos convida a escutar o que há de íntimo, secreto e profundamente humano no cotidiano doméstico.
Na clínica psicanalítica, aprendemos com Freud que o inconsciente se revela nos detalhes — nos lapsos, nos gestos, nos objetos que escolhemos amar. E com Ferenczi, aprendemos que o sofrimento precisa ser acolhido com coragem e afeto, mesmo quando se apresenta em formas silenciosas.
✨ Panelas, potes, cadeiras. Objetos que sustentam a vida, mas também carregam histórias de cuidado, repetição e desejo. Quantas vezes o feminino foi reduzido ao espaço da cozinha — e quantas vezes esse espaço foi, paradoxalmente, o lugar onde a subjetividade resistiu?
Esse amor pelas panelas não é banal. É um sintoma, uma metáfora, uma memória. É também uma denúncia: do que foi silenciado, do que foi invisibilizado, do que ainda precisa ser escutado.
Na escuta clínica, esses afetos têm lugar. Porque o cotidiano também é inconsciente. E o amor — mesmo pelas panelas — merece ser analisado.
📍Atendimentos e supervisões com escuta sensível ao feminino, ao cotidiano e à ética do cuidado.