Olharpericial/SR2021

Olharpericial/SR2021 Venha aprender e refletir sobre como a psique influencia ações e comportamentos.

"Explorando a psicanálise como ferramenta de compreensão e transformação, nossas palestras abordam questões cruciais sobre criminalidade, comportamento humano e prevenção.

O luto e o acolhimento na escuta psicanalíticaNa perspectiva psicanalítica, o luto é um processo inevitável da existênci...
16/09/2025

O luto e o acolhimento na escuta psicanalítica

Na perspectiva psicanalítica, o luto é um processo inevitável da existência, porque todo sujeito, em diferentes momentos da vida, é convocado a lidar com perdas. Freud, em Luto e Melancolia (1917), nos lembra que o luto é o trabalho psíquico pelo qual o sujeito se vê obrigado a retirar os investimentos libidinais depositados em um objeto perdido. Esse objeto pode ser uma pessoa amada, mas também um ideal, uma função social, um projeto ou até mesmo uma imagem de si.

O sofrimento diante da perda não se resolve com pressa. A escuta analítica, nesse contexto, é um espaço de acolhimento no qual a dor pode ser dita, repetida, silenciada e elaborada. O analista não oferece respostas prontas, mas sustenta o tempo do sujeito, reconhecendo que a elaboração do luto é singular e não se encaixa em fórmulas universais.

Acolher não significa consolar. Significa legitimar o sofrimento, permitir que o sujeito fale de sua perda sem que esta seja diminuída, comparada ou apressada. O luto, quando acolhido, abre a possibilidade de simbolização: a dor pode ser transformada em narrativa, e a ausência, em memória.

No percurso do luto, a função do analista é sustentar o espaço em que o vazio se torne habitável. Não se trata de apagar a falta, mas de permitir que o sujeito se reposicione diante dela. É no atravessamento dessa experiência que o desejo pode se reconfigurar, oferecendo ao sujeito uma possibilidade de continuar vivendo, agora marcado por uma perda, mas também pela chance de novos significados.

Sandro César Roberto

















15/09/2025

A tentativa de reaproximação de Suzane com o irmão é, no mínimo, uma afronta. Não se trata apenas de uma desavença familiar, mas do rastro de destruição que ela própria causou: por ganância, ajudou a acabar com a própria família, deixou um irmão marcado e recluso, ferido para sempre em seu emocional. Enquanto isso, após um crime hediondo, reconstruiu sua vida, casou-se com um médico, desfruta de conforto e ainda vira tema de filme, como se fosse personagem de ficção e não autora de uma tragédia real. Em qualquer lugar sério, uma sentença perpétua seria o mínimo esperado. Mas aqui, no Brasil, o crime ganha palco, roteiro e até segunda chance.

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10/09/2025

Prepare-se para transformar o cuidado com crianças em tratamento oncológico! Nosso mini curso exclusivo para cuidadores oferece conhecimento essencial, técnicas práticas e suporte emocional para enfrentar esse desafio com confiança e humanidade. Garanta sua vaga e faça a diferença na vida de quem mais precisa.
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A violência contra a mulher é uma realidade grave e que pode trazer consequências sérias para quem tenta enfrentá-la soz...
08/09/2025

A violência contra a mulher é uma realidade grave e que pode trazer consequências sérias para quem tenta enfrentá-la sozinho. É importante entender que, embora a reação natural seja querer se defender, enfrentar um agressor fisicamente pode aumentar ainda mais o risco de violência e perigo à própria integridade física.

Casos como o da fisioculturista colombiana mostram que, mesmo pessoas fortes e preparadas podem sofrer consequências perigosas ao tentar confrontar um homem agressor. O mais seguro e recomendado é sempre buscar ajuda profissional, acionando a polícia ou os serviços de proteção à mulher.

Se você ou alguém que conhece está passando por uma situação de violência, não hesite em denunciar. A justiça e os órgãos competentes existem para proteger e garantir sua segurança. Enfrentar sozinho pode colocar sua vida em risco. Priorize sua segurança, chame a polícia e busque apoio. Você não está sozinha.

O preconceito não escolhe alvo: atinge negros, brancos, albinos, gordos, magros, homossexuais, trans… qualquer um que fu...
29/08/2025

O preconceito não escolhe alvo: atinge negros, brancos, albinos, gordos, magros, homossexuais, trans… qualquer um que fuja do padrão imposto pela sociedade.
Assédio, discriminação e intolerância geram consequências sérias: depressão, automutilação, violência e até crimes irreparáveis.
Mais do que procurar culpados, é urgente refletir sobre os fatores que levam a essa realidade.
E lembrar: a transição de gênero e o processo de aceitação precisam ser acompanhados por profissionais, com respeito e humanidade.
O mundo precisa menos de preconceito e mais de empatia. 🌍✊

Sandro César Roberto

Hoje celebramos o Dia do Psicólogo, uma profissão que vai muito além do consultório.É a arte de ouvir sem julgamentos, d...
27/08/2025

Hoje celebramos o Dia do Psicólogo, uma profissão que vai muito além do consultório.
É a arte de ouvir sem julgamentos, de acolher dores invisíveis, de ajudar a transformar feridas em caminhos de cura.

O psicólogo é aquele que caminha junto, que oferece um olhar humano e científico diante das angústias, conflitos e sonhos.
É quem estende a mão quando a vida parece pesar demais e mostra que dentro de cada pessoa existe força para recomeçar.

Neste dia, celebramos não apenas os profissionais, mas também a missão de cuidar da mente, resgatar a esperança e fortalecer a vida.
Parabéns a todos os psicólogos que fazem da escuta, da empatia e da dedicação uma ponte para o bem-estar humano.

Sandro César Roberto

Obs: Texto longo e reflexivo.Tragédia em Sinop: o feminicídio da fonoaudióloga e o surto psicóticoNa tarde de domingo, 2...
25/08/2025

Obs: Texto longo e reflexivo.

Tragédia em Sinop: o feminicídio da fonoaudióloga e o surto psicótico

Na tarde de domingo, 24 de agosto de 2025, Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, fonoaudióloga graduada pela UnB e cursando mestrado na FGV, foi assassinada com entre 15 e 20 facadas pelo namorado, Lucas França Rodrigues, no centro de Sinop (MT) . Ana era uma profissional querida, que compartilhava sua rotina e declarações amorosas nas redes sociais, o que intensificou a comoção pública .

Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi encontrado em estado de surto psicótico, relatando o crime de forma perturbadora: ele enviou fotos do corpo da vítima à família dela e depois à família dele, antes mesmo da prisão . Ele resistiu à prisão e precisou ser contido com armas de choque .

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O contexto psicanalítico

Em uma abordagem psicanalítica, o episódio pode ser visto como o desfecho extremo de uma falha severa na estruturação do ego e uma ruptura com a realidade. O surto psicótico, caracterizado pela perda de contato com o mundo externo e a dominância de pulsões agudamente destrutivas, sugere a superação dos mecanismos normais de defesa (negação, repressão) por uma emergência psíquica sem mediação simbólica.

Psicanaliticamente, pode-se considerar que o objeto amoroso (Ana) foi desinvestido de sua dimensão simbólica e transformado em um alvo pulsional. O ato violento indica uma fusão entre desejo e destruição — a vítima, em última instância, encarna o real traumático que irrompe sem passagem simbólica possível.

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Punição e tratamento: qual o caminho?

1. Justiça penal

No atual ordenamento jurídico brasileiro, um crime dessa gravidade pode configurar feminicídio, cuja pena varia entre 12 e 30 anos de reclusão — podendo ser maior se agravantes estiverem presentes. Deve-se garantir um processo justo, com avaliação psiquiátrica e jurídica para definir capacidade de culpabilidade e eventual imputabilidade reduzida.

2. Tratamento psiquiátrico

Se confirmado que o suspeito estava, de fato, em surto psicótico, é necessário implementar:

Internação em unidade psiquiátrica, com supervisão médica rigorosa e adequada proteção do paciente e da sociedade.

Tratamento medicamentoso e psicoterápico voltado para estabilização clínica e melhor integração psíquica.

Avaliação contínua, incluindo laudos de peritos e revisões judiciais periódicas, para evitar abusos ou liberações prematuras.

3. Políticas públicas e prevenção

Fortalecer o acesso a serviços de saúde mental, com equipes multiprofissionais capazes de identificar sinais de desestruturação psicológica antes que resulte em tragédia.

Criar canais de denúncia e apoio voltados a relações abusivas ou comportamentos psicóticos emergentes.

Programas de educação emocional e empatia nas escolas, incentivando o desenvolvimento de vínculos saudáveis.

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Reflexão final

O caso de Ana Paula Carneiro é uma tragédia incomensurável — uma vida interrompida de forma brutal. Psicanaliticamente, evidencia o que ocorre quando o laço simbólico se desfaz e o sujeito perde a mediação entre o real vingativo e o desejo pulsional. Sob o ponto de vista legal e sanitário, impõe urgência na articulação entre justiça equitativa e cuidado psiquiátrico responsivo.

Só um sistema que assegure proteção à vítima, responsabilização adequada do agressor, e tratamento adequado aos distúrbios psíquicos graves, estará cumprindo a complexa função de prevenir novos episódios devastadores como esse.

Sandro César Roberto

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O alcoolismo no motociclismo revela uma combinação perigosa entre impulsos inconscientes, busca de prazer imediato e a i...
21/08/2025

O alcoolismo no motociclismo revela uma combinação perigosa entre impulsos inconscientes, busca de prazer imediato e a ilusão de liberdade absoluta. A moto, muitas vezes, representa para o sujeito um símbolo de potência, velocidade e virilidade, enquanto o álcool funciona como um elemento desinibidor que rompe barreiras psíquicas e morais. A junção desses fatores pode transformar o desejo de aventura em tragédia.

Na ótica da Psicanálise, o uso do álcool não se limita a um ato de lazer: ele pode surgir como resposta a angústias internas, sentimentos de vazio, frustrações ou a tentativa de silenciar o mal-estar que habita o inconsciente. Muitos motociclistas, ao se identificarem com a imagem de liberdade e coragem, encontram no álcool uma via de “reforço” para sustentar essa persona idealizada, mas ao mesmo tempo, colocam em risco a vida própria e a dos outros.

Os gatilhos mais comuns associados a esse comportamento incluem:

Fuga da realidade: beber para afastar o peso das responsabilidades cotidianas.

Necessidade de pertencimento: encontros em grupos de motociclistas, nos quais o álcool surge como ritual de integração e prova de masculinidade.

Busca do gozo imediato: romper limites e desafiar a morte, em uma pulsão inconsciente de repetição.

Compensação narcísica: o álcool atua como combustível para sustentar uma imagem de coragem, ainda que ilusória.

As consequências são múltiplas: desde o aumento do risco de acidentes e lesões graves até a desestruturação da vida psíquica do sujeito. A combinação entre álcool e velocidade ativa pulsões de morte, onde a autodestruição se manifesta sob a forma de quedas, imprudências e até comportamentos suicidas velados. Além do risco físico, o motociclista alcoolizado enfrenta a culpa, o trauma e, muitas vezes, a perda de vínculos familiares e sociais.

Assim, na perspectiva psicanalítica, o alcoolismo no motociclismo não é apenas uma questão de imprudência, mas um reflexo de conflitos internos não elaborados. O desafio está em reconhecer que a verdadeira liberdade não se conquista pela fuga no álcool ou na velocidade, mas pela elaboração das próprias dores e pela construção de um eu mais integrado e consciente de seus limites.

Grupo de whatsapp:
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Sandro César Roberto
Psicanalista.

Vivemos em um tempo onde a criminalidade cresce não apenas nos números, mas também na mentalidade coletiva. A inversão d...
19/08/2025

Vivemos em um tempo onde a criminalidade cresce não apenas nos números, mas também na mentalidade coletiva. A inversão de valores corroeu o que antes era base da família e do trabalho: hoje, muitas vezes o esforço honesto é desvalorizado, enquanto o atalho ilícito é visto como esperteza.

Na psicanálise social, isso reflete um sintoma profundo: a falência dos referenciais simbólicos que estruturam a vida em comunidade. O trabalhador, que deveria ser exaltado por sustentar a sociedade com suor e dignidade, é frequentemente invisível. Já o criminoso, paradoxalmente, recebe espaço — seja pelo medo que impõe, seja pela romantização de sua figura.

O efeito disso é devastador. Moralmente, o país adoece: crianças crescem sem referências sólidas de ética, e a juventude aprende que transgredir pode ser mais recompensador do que construir. Profissionalmente, instala-se o desencanto: o mérito perde força, a disciplina se fragiliza e a dignidade do trabalho se dissolve.

Quando o crime passa a ser mais valorizado que o esforço, a sociedade não apenas perde o rumo — ela se fragmenta internamente. E a consequência maior é o enfraquecimento do tecido social: famílias desestruturadas, profissionais desmotivados e uma cultura que já não distingue claramente o certo do errado.

O caminho de volta exige mais que leis e punições: requer resgate dos valores humanos, do respeito ao trabalhador e da reconstrução de um ideal coletivo em que o crime não seja visto como caminho, mas como doença social que precisa ser tratada e superada.

Sandro César Roberto

Vivemos em um país onde a cada ano surgem novas leis de proteção à mulher, mas o resultado é o oposto do esperado: os nú...
18/08/2025

Vivemos em um país onde a cada ano surgem novas leis de proteção à mulher, mas o resultado é o oposto do esperado: os números de agressões e feminicídios crescem. O Estado até aplica punições e cria medidas, mas a eficácia se perde diante da realidade.

O homem bruto, que agride e mata, age ciente das leis e das consequências, mas não se intimida. Ele desafia a justiça, ignora a punição e se mantém alimentado por uma cultura patriarcal que lhe dá a falsa sensação de posse e poder.

O paradoxo é cruel: quanto mais leis, mais evidências da sua ineficácia. A violência não diminui, porque o problema não está apenas na norma escrita, mas na incapacidade de transformar mentalidades e interromper o ciclo de brutalidade.

Sandro César Roberto

A influência masculina atravessa séculos como uma marca quase invisível, mas profundamente enraizada na formação das soc...
16/08/2025

A influência masculina atravessa séculos como uma marca quase invisível, mas profundamente enraizada na formação das sociedades. Desde a era medieval na Europa, o homem assumiu o lugar central nas decisões políticas, religiosas e culturais, sustentando um sistema que se ergueu sobre o patriarcalismo. O poder estava nos castelos, nas igrejas e nos feudos, mas também na concepção de que a mulher deveria ser tutelada, reduzida à função doméstica e ao silêncio.

Com o advento do Iluminismo, esperava-se que a razão libertasse a humanidade das trevas da ignorância. Porém, ainda que houvesse avanços na ciência, na filosofia e na política, a emancipação feminina continuava restrita. A lógica racional, proclamada como universal, seguia sendo moldada pela visão masculina. O jacobinismo e as revoluções que sacudiram a Europa reafirmaram a busca por liberdade, igualdade e fraternidade, mas raramente incluíram a mulher de forma plena nesses ideais.

O patriarcalismo não apenas resistiu, como se reinventou. Mesmo diante da modernidade, os traços medievais de controle e violência reaparecem na contemporaneidade. As mortes violentas de mulheres, equiparadas em número e brutalidade às perseguições de outrora, mostram que a sombra de uma cultura ancestral ainda persiste. O poder masculino, que já se consolidava no período colonial com a conquista e a exploração, mantém-se como um fio condutor até os dias atuais, revelando que a colonização não se deu apenas sobre terras, mas sobre corpos e subjetividades.

Refletir sobre essa trajetória é compreender que a história do homem não pode ser dissociada da história da opressão. A mudança real exige olhar crítico, desconstrução de velhos paradigmas e uma profunda revisão da forma como os papéis de gênero foram impostos e sustentados ao longo dos séculos. O passado medieval continua vivo em práticas cotidianas, e apenas a consciência coletiva pode romper esse ciclo de violência repetida.

Sandro César Roberto
Psicanalista Familiar Comportamental

Muitos ainda confundem o feminicídio.Alguns perguntam:👉 “Se o homem mata a mulher por ela ser mulher, então ele é homoss...
15/08/2025

Muitos ainda confundem o feminicídio.
Alguns perguntam:
👉 “Se o homem mata a mulher por ela ser mulher, então ele é homossexual?”

❌ A resposta é NÃO.
Isso não tem nada a ver com sexualidade.

A violência contra a mulher nasce de algo muito mais profundo:
⚫ Uma cultura patriarcal que colocou o homem no poder.
⚫ Traumas, abusos e convivência com ambientes violentos.
⚫ A necessidade do agressor de controlar e dominar.

🧠 A Psicologia explica: não é sobre desejo.
É sobre poder, controle e frustração.

Feminicídio não é amor doente.
Não é orientação sexual.
É a face mais cruel de uma sociedade doente que ainda normaliza a violência.

🚫 Chega de silêncio. Chega de desculpas.
Falar salva vidas.

Sandro César Roberto

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