Yoga Contemporâneo

Yoga Contemporâneo Página de divulgação de assuntos científicos, filosóficos e espirituais do yoga contemporâneo.

Mestre e Doutor em Ciência da Religião pela PUC-SP, possui a sua graduação em Ed.Física e especialização em Psicologia, Fisiologia e Yoga. Após alguns anos estudando e praticando ioga lançou um livro em co-autoria sobre os aspectos neurofisiológicos e espirituais que envolvem o ioga e a sua mais conhecida prática, a meditação. Após alguns anos trabalhando como voluntário em grupo de estudos de psicobiologia da UNIFESP enveredou para as humanas e a filosofia, investigando por seis anos a religiosidade do ioga brasileiro. No seu mestrado pesquisou a íntima relação que o ioga contemporâneo vem estabelecendo com a ciência biomédica. Essa aproximação - ioga e biomedicina científica - transforma cada vez mais a prática espiritual ioguica mais como técnica terapêutica laica. O seu foco, no entanto, estava nas ressignificações que esse contato surtiu na doutrina do ioga contemporâneo e, em específico, no surgir das escrituras modernas. O doutorado veio na sequencia, a partir de um problema surgido ao final da sua dissertação. Se a doutrina moderna do ioga havia de ressignificado, qual o impacto disso na proposta antiga de libertação humana (kaivalya)? Desse modo, sai a campo investigando 10 iogues renomados no Brasil e mais 3 cientistas da área biomédica que investigam o ioga como técnica terapêutica. Entretanto, o grande mote da tese foi evidenciar que o flerte do ioga com a ciência moderna tem reformado os seus preceitos espirituais, como dos klesas em estresse, samadhi em relaxamento-espiritualizado e kaivalya em homestase-eterna. A repercussão dessa transformação em processo tem conduzido ao ioga contemporâneo desvincular-se do Hinduísmo e da mística Nova Era; como resultado, os iogues mais tradicionalistas reclamam um "retorno à tradição". Seu projeto em andamento (S)sendo Yoga Latino-Americano dá continuidade a essa investigação, agora se preparando para seu pós-doutoramento. Seu foco de investigação está no ioga contemporâneo com a sociedade latino-americana e suas interface como uma nova espiritualidade autônoma em processo. Mas o que ele gosta mesmo é estar com a sua família na ilha de Floripa ou viajando com ela, e dialogando com os seus alunos pelas cidades brasileiras e latino-americanas.

📢 CURSO NOVO LIBERADO!🎓 Gratuito para todos os assinantes da plataforma EAD Yoga Contemporâneo🧨 YOGA, TRABALHO E PODER: ...
11/07/2025

📢 CURSO NOVO LIBERADO!
🎓 Gratuito para todos os assinantes da plataforma EAD Yoga Contemporâneo

🧨 YOGA, TRABALHO E PODER: da Iluminação à Autoexploração

Projeto de pesquisa aberto a vc, yogue, meditante, praticante e profa.de yoga, que já percebeu que “autoconhecimento” também pode ser uma armadilha aos alienados de quem detém os meios e modos de produção material e subjetivo da Gde Indústria do Bem-Estar atrelada às Tradições de Yoga.

🌪️ Vamos direto ao ponto:

Por que o professor de yoga virou prestador de serviço?

Como a lógica do bem-estar produz culpa e alienação?

É possível viver do yoga sem ser engolido pelo mercado?

💥 5 aulas gravadas + PDFs + fórum de discussão
💡 Com base em autores como Marta Harnecker, Louis Dumont, Theodora Wildcroft e na tese “O papel dos Klesas no contexto moderno do Ioga no Brasil” (Simões, 2023)

⚠️ Se você já é assinante da Plataforma EAD Yoga Contemporâneo, acesse agora mesmo no seu painel.
🚪 Se ainda não é, essa pode ser a porta de entrada para pensar/praticar o yoga como você nunca pensou.

🖤 Yoga sem guru, sem patrão, sem se iludir.

🌪️✨ Os Yogues que não buscam se libertar ou transcender coisa alguma estão voltando... e com eles, uma nova gramática do...
19/06/2025

🌪️✨ Os Yogues que não buscam se libertar ou transcender coisa alguma estão voltando... e com eles, uma nova gramática do desejo espiritual.

Por muito tempo, yogues foram sequestrados por uma lógica paranoide de salvação 🚪🕊️: gurus carismáticos 👳‍♂️,
livros sagrados 📜, promessas de iluminação 🌞 e uma devoção messiânica por um passado mítico que nunca existiu de fato.

Uma busca histérica por uma "pureza perdida", um Satya-yuga idealizado...

Essa posição é sintoma. Uma defesa. Um recalque coletivo que tenta tamponar o Real com rituais, dogmas e moralidades de importação 🛬.

Freud chamaria de neurose de destino... uma repetição compulsiva de obedecer ao Outro idealizado.

Mas algo mudou... e o Inconsciente Yoguico - ou Purusha - já dá sinais 📡.

🌱 Surge o retorno dos Yogues-Xamãs ou "siddhizeiros": corpos nômades 🚶‍♀️🔥, errantes, atravessados por guerras de sentido, que não querem mais moksha, nirvana ou "iluminação final", mas desejam pela circulação em seus corpos tesudos de potência, força de existir, afetar e ser afetado 💥🌪️.

Seu yogar? Não é mais sobre "transcender o ego"… mas "mudar as coisas" no mundo, inventar devires, abrir linhas de fuga e não "pelas coisas do Oriente" 🛤️.

🔮 Os velhos siddhis agora se traduzem em neuroquímicas: serotonina, dopamina, melatonina 🧬... e até o cortisol virou novo demônio a ser exorcizado.

Um yogar que visa operar {siddhis} invoca Shiva-Shakti... e não a ciência pop dos neurônios e hormônios, mas os "mitificam" em uma nova linguagem.

E o q faz esse esquizoyogue siddhizeiro ou xamânico q o yogue "tradicional", tipo sacerdote brâmane, não faz?
Ele ri. Ele dança. Ele inventa 💃🌿.

Recusa a posição do discípulo fiel 🙅‍♂️ e do mestre despótico 👑. Abandona a dívida infinita de devoção... e, com isso, reinventa o pacto com o Real.

Não há + guru a servir, nem paraíso/nirvana prometido 🌈. Há o agora. Há o corpo e o desejo como campo de guerra.

📍 Não se enganem: nunca houve Yoga Maior e Yoga Menor. Há apenas o que o desejo produz... e o que o medo paralisa.

🖤🌎 E talvez... o futuro dos yogas passem menos por Rishikesh e mais por Medellín, Osasco ou qq lugar onde o corpo insista em não se calar.

Quarta agora iniciamos um novo ciclo investigativo no Grupo de Estudos do Yoga Contemporâneo. São encontros ao vivo com ...
05/04/2025

Quarta agora iniciamos um novo ciclo investigativo no Grupo de Estudos do Yoga Contemporâneo.
São encontros ao vivo com tds as gravações disponíveis aos assinantes.

Dos temas mais votados fiz um “mix” e montei:
“Yoga como Clínica da Transformação: corpo tântriko à luz da psicanálise”.

Para participar é só ingressar no {Plano Yoga/Meditação | Grupo de Estudos por Assinatura} por apenas R$ 80,00 mensais (pix, cartão ou boleto).
Sem contrato ou enrolação.

………..……………

E no final do mês, entre os dias 21-25 de Abril, lanço um curso novo:
“A Construção Social da Realidade: autodescoberta, inconsciência e sociedade”.

Aulas ao vivo sempre das 8-9h da manhã (gravação disponível) por um valor social de 12x R$31,15
ACESSO E SUPORTE VITALÍCIOS

Desconto de 20% a todos os assinantes do {Plano Yoga/Meditação | Grupo de Estudos por Assinatura}.

………………………

Saiba mais nos links da Bio

Comente abaixo e, se curtir, divulgue meu trampo na sua rede de amigos. Isso me ajuda muito continuar a resistência do meu lado aqui. É nós por nós hermano.

Não tenho patrocínio, amigos influentes ou instituição que me banque. Sou igualzinho a vc, tô no corre mangueando pelas mídias sociais como se fosse feira hippie tio.

Essa sua sensação de não-pertencimento, sentimento de amar o Yoga, mas deslocado das ideias daqueles que se apresentam d...
03/04/2025

Essa sua sensação de não-pertencimento, sentimento de amar o Yoga, mas deslocado das ideias daqueles que se apresentam dominantes no campo hj, se justifica.

Vc não é uma farsa por não coadunar, nem sequer parecer com eles.

Saca aqueles yogues com cara de guru, roupa de mestre hippie saído dos anos 70, mas ainda assim, td um discurso de meritocracia e alinhamento neoliberal?

Talvez vc seja um YOGUE SEM-LINHAGEM, só isso. Aqueles q se firmam nos templos, mas tb, e sobretudo, nas esquinas, cemitérios, mares, florestas e ventos.

Yogues Sem-Linhagem é um conceito que uma pesquisadora inglesa cunhou em 2018 em sua defesa de tese no doutoramento na Universidade SOAS de Londres.

Os yogues assim não são contra as linhagens, escolas e métodos (ancestrais, modernas ou "científicas", sei lá)... simplesmente assumem que não precisam e não desejam seguir uma igreja, um guru e um livro divino, pois bebem de todos. São caramelos.

Em um dos ciclos de leituras, com alunos do Grupo de Estudos aqui do no ano passado, adentramos à tese de com maior fôlego.

Alguns anos antes, durante a minha pesquisa de campo para o doutoramento em Ciência da Religião pela PUC-SP, havia me deparado com estes yogues tb.

Eu os classifiquei como "Yogues Malandros" em contraposição aos "Yogues Convertidos".

Yogues Convertidos, pois possuíam como característica a "missão" de "resgatar alguma essência do yoga perdida no seu encontro com o Ocidente".

Eram (são?) yogues latino-americanos que pareciam me dizer que se "identificavam" mais como "indianos alta casta" do que realmente eram: brasileiros, uruguaios e chilenos.

Como hj vemos brasileiros rezando por uma intervenção militar estadunidense.

Yogues Malandros/Sem-Linhagem parecem estar mais próximos do princípio de realidade onde vivem e respiram suas próprias espiritualidades conjugadas com outras. São muito mais "selvagens", globais e comunais.

Enqto aqueles buscam repetir a experiência sul-asiática na América do Sul; estes integram, como canibais tupinambás, caboclos e caiçaras, mesclando e tecendo suas próprias crenças.

Se quiser saber mais, ingresse no Grupo de Estudos com a gnt.

LINK NA BIO

Abertas as inscrições para seu curso definitivo em meditação. Se transforme num Especialista na Neurobiologia e Filosofi...
23/03/2025

Abertas as inscrições para seu curso definitivo em meditação. Se transforme num Especialista na Neurobiologia e Filosofia da Meditação. Um curso definitivo.

Acesso e Suporte de Dúvidas Vitalícios. E aproveite a oportunidade da Matrícula Solidária: por menos de R$80,00/mês ingresso na Especialização em Meditação com o Prof.Dr.Roberto Simões.

Saiba mais no link da Bio

Ei, existem meditantes que não buscam experiências transcendentes, curas instantâneas, não se organizam por trás de livr...
17/03/2025

Ei, existem meditantes que não buscam experiências transcendentes, curas instantâneas, não se organizam por trás de livros sagrados ou se prostram a imagens de líderes déspotas mas, calçados da materialidade-histórica (e não histérica) e dialética de suas vidas ordinárias, se interessam em amar e mudar as coisas na imanência.

Eles não se distraem por metafísicas povoadas de vidas sem corpos. Vivendo “à espreita”, se orientam por saberes intuitivos advindo de samadhi/experiencias em “banho-maria” vivekianos, i.e, mediam mundos impossíveis.

Eu falo dos meditantes q aprenderam a se organizar comunalmente e se especializaram na manipulação das forças da natureza fora da lógica das cavernas/condomínios delirantes.

Estes, visam SIDDHIS e não MOKSHAS comercializados pelos “padres/freiras jesuístas” q se psicopatizam divinos.

Meditantes siddhizeiros sabem que ninguém sairá vivo daqui; os mokshianos ainda fantasiam mundos “paralelos” à espera de um Messias que irá vir lhes salvar em nome da plenitude, bem-aventurança, relaxamento e demais moralismos cafonas, resquícios de uma visão colonizada e alienada q se inspira em seus próprios opressores.

AMANHÃ (18) ATÉ SEXTA (21) ACONTECE A IMERSÃO NA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA MEDITAÇÃO.

Saiba mais no LINK DA BIO

Evento 100% grátis, com suporte de dúvidas e certificado.

Há meditantes que são diplomatas, pois se especializaram em mediar mundos e daí, a apre(e)nder o q se passa inconsciente...
07/03/2025

Há meditantes que são diplomatas, pois se especializaram em mediar mundos e daí, a apre(e)nder o q se passa inconsciente neles não-humanos.

É que meditar é voltar a ser humano. Os divinos piram desejando o que nunca terão: plenitudes, fim da dor, harmonia divina, relaxamento eterno e outros delírios.

Alguns raros se tornaram {continentes} para outros e transferir para si, afetos descolados de suas ideias originais, mas as expressar {suficientemente bem}.

Estes, são feiticeiros-meditantes-maduros - ao contrário dos sacerdotes que só sabem conservar, trocar e manter normativas da boa-vida-lá; enqto aqueles auxiliam sintomas deixarem de atormentar consciências distraídas, estes sugam a obediência e servidão voluntária.

Ah, tem tanta coisa pra sentir e tão pouca a se falar, mas ainda assim, é importante nomear.

Vivemos numa era do meditar calmante, eu sei. Mas há muito mais depois de "treinar-meditar/yogar", não me resta dúvida disso.

A partir de segunda (10) começo uma série de 5 LIVES PRÉ-IMERSÃO, sempre às 8h30.

A Imersão na Ciência e Filosofia da Meditação é um projeto gratuito, certificado e com suporte de dúvidas que vai até o final deste mês de março.

É a minha forma de divulgar um meditar "não-técnico"; um meditar para meditantes novos, mas tb aos {cansados}.

No que ele se diferencia? Em absolutamente nada, pois irritantemente simples.

Tem um link aqui na bio onde vc pode se inscrever de graça e se deliciar com MUITO material já disponível.

A IMERSÃO mesmo acontece entre os dias 18-21/03.

Divirta-se!

Me deixe falar um pouco mais sobre os yogues/meditantes que não buscam experiências transcendentes, curas instantâneas, ...
14/02/2025

Me deixe falar um pouco mais sobre os yogues/meditantes que não buscam experiências transcendentes, curas instantâneas, não se organizam por trás de livros sagrados ou se prostram a imagens de líderes déspotas.

Yogues/meditantes distraído/as se organizam por metafísicas povoadas por fantasmas ou desincorporados.

Eu falo dos yogues/meditantes q aprenderam a se organizar comunalmente e se especializarem na manipulação das forças da natureza, na {firmeza} da imanência.

Estes, visam SIDDHIS e não MOKSHAS, como “padres jesuístas” q se imaginam divinos.

Yogues siddhizeiros fodem, tomam café preto e sabem chorar; se caracterizam por não se fixarem numa tradição ou método, são “sem ou pós-linhagem”.

Vivem NÔMADES em contraposição aos SEDENTÁRIOS, q deliram yogares/meditações originárias, puras e/ou “não contaminadas”.

Todo yogue/meditante “siddhizeiro” opera pela lógica da pajelança, é amoral e não desprezam corpos.

Os “mokshianos-jesuístas” se referem a eles, pejorativamente, como “primitivos, eróticos, imorais, selvagens e irracionais”.

Siddhizeiros são como as benzedeiras da rua, operam entre cartografias “lisas”: não há linhas que consigam demarcar com nitidez o q são, pois guerreiros canibais oswaldianos.

A principal característica q possibilita identificá-los minimamente, é a INTUIÇÃO.

"Intuir" é seu siddhi/"poder" ou potência mais desenvolvido: a habilidade em captar dados não sensoriais e nomeá-los.

Kant, Bion, Mestre Irineu, Leminski e Kopenawa sabem disso muito bem, são yogues siddhizeiros; eles entenderam q não conhecemos o Real, mas seus fenômenos q interagem dependentes das "coisas" com nossos sentidos.

Td processo psicoterapêutico, p.e., é uma meditação a dois.

A intuição dos meditantes/yogues siddhizeiros, esses "diplomatas de mundos", é aprender a estabelecer relação com a natureza dos corpos q os encontram e mediá-los por processos tanto inconscientes/"purushianos" qto conscientes/"citta".

O saber intuitivo ou de "beatitude espinosano", é voltar a brincar com a realidade. Yogues siddhizeiros são como crianças descalças jogando bola na rua.

1. \ Movimento \ todo yogue maduro sabe sentir um Corpo e não “Mente” descolado da vida-vivida, pois disposto a encontro...
12/02/2025

1. \ Movimento \ todo yogue maduro sabe sentir um Corpo e não “Mente” descolado da vida-vivida, pois disposto a encontros alegradores com outros. E isso nada tem a ver em realizar respirações esquisitas sobre posturas difíceis, mas ampliar (re)conexões entre Natureza e Cultura.

2. / Silêncio / esse elemento se refere a mediar mundos e não reagir a eles. O cultivo do silenciar é um constitutivo de qq yogue com maturidade. Não há como se entender em movimento e imerso entre as tessituras do Real, vivendo de forma “automática” ou imediata. Aquele que assim vive, só aprendeu a se defender ao que lhe (des)encontra - mimética dos yogues reacionários.

3. | Amor | uma forma da natureza esquecida em sociedades do cansaço e enfeitiçadas por mercadorias. Amar é estar dis.posto a encontrar culturas e naturezas em movimento. Viver é um espanto. Aprender a recontar sua própria história é uma belezura que todo yogue maduro precisa cultivar como permacultura. Amar e se deixar amar é voltar a sentir-se animado pelo encanto de estar humano agora.

4. { Ego Maduro } opto por “ego” ao invés de “self” ou “eu” (maior ou menor) por estratégia política fte as capturas gramaticais presentes em narrativas yoguicas dominantes e despóticas. Qm não desenvolve (suficientemente bem) certa maturidade egoica (essa identidade sobre si-mesmo constituída pelo tecido cultural ao qual cresceu), tenderá a vidas psicóticas - distúrbio psicológico por falhas maturacionais e integrativas advindas de um ambiente social deficitário. Todo "yogue-psicótico" passa a se organizar defensivamente perante a vida, pois totalmente alheio a materialidade histórica e dialética. Estes, por imaturidade, inventam (e vivem) realidades paralelas à cultura e natureza. Desincorporados, só conseguem se sentir libertos nos mundos em que deliram.

5. ! Bom Senso ! é o antídoto do senso-comum ou ideias inadequadas; i.e., questionar o habitual tido como perene, imutável e universal que sedentariza o ser humano e o transforma num repetidor de certezas e preconceitos sociais. Todo yogue maduro aprendeu a se alegrar com perguntas interessantes e não "perfeitas-em-si-mesmas".

GRUPO DE ESTUDOS
quartas às 16h
link na bio

Um dia me perguntaram: o q é parar de meditar? Meditar/yogar não tem nada a ver com práticas e suas técnicas. Yogue/Medi...
30/10/2024

Um dia me perguntaram: o q é parar de meditar? Meditar/yogar não tem nada a ver com práticas e suas técnicas.

Yogue/Meditante, esse corpo disposto a experimentar não-ser por um determinado tempo-espaço, é um especialista em estar à espreita.

Meditar/Yogar é essa força, siddhi ou encantaria q nos toma da anestesia provocada por ideais e nos lança de volta ao real, onde nada é reconfortador.

Meditar/yogar de forma autêntica envolve uma prática individual, sem razão explícita ou propósito significativo - aquelas meditações “sensatas” é td make-up.

Yogues à espreita “mantém-se obscuros aos olhos de seus próprios sujeitos (...) se ajustam a outras práticas e às estruturas cujo princípio de produção é ela mesma, um produto” de nós mesmos.

Em resumo, o estado yoguico/meditativo é um retorno ao narcisismo de qdo éramos bebês ainda e nos sentíamos (de verdade) imersos no todo, sem diferenciação entre nós e a mamãe, o quarto em que dormíamos e as árvores do quintal q olhávamos assustados.

É por isso ser tão comum, meditantes/yogues (mesmo os experientes), se perderem, acreditando imortais e “superiores”, pois experimentam o mito de narciso enqto “olham para dentro” a cada flow-Vinyasa ou savasana.

Mas compreenda, o corpo aqui não é o inato dos livros de fisiologia e anatomia, uma espécie de instalação cognitiva, mas um dado, um sentido existencial.

Quais os obstáculos para se experimentar essa força da espreita meditativa narcísica? O abismo olha de volta.

Como os corpos estão sendo (re)organizados para significar realidades, há que se estabelecer, antes, mediação ou aliados.

Raros meditam/yogam para fortalecer seus Eus. Parece contraditório afirmar isso num texto sobre Yoga, né?

Aprendemos, como bons cristãos e colonizados por yogues-orientalistas, apagar qq vestígio de Nós e construir outro Eu-Ideal num Ideal-de-Yoga.

Perdemos a capacidade feiticista (ou siddhizeira) de revisitar corpos para além das suas formas; por isso tantos moralismos: repetir, repetir sem se diferenciar.

Se inverteu o sentido das coisas, desprezamos corpos e passamos a idolatrar mentes em busca de um Eu-Maior/Pai-Falo passando a g***r com o Linga dos outros.

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Retomo agora ao fluxo da vontade de representar os problemas (ou contradições) que me fazem parar, sentar e escrever sob...
23/10/2024

Retomo agora ao fluxo da vontade de representar os problemas (ou contradições) que me fazem parar, sentar e escrever sobre yogues, yogares e seus yogamentos classistas e desiludidos.

Yogues modernos parecem ter perdido seus propósitos, pois insistem impotências. Tristes, cansados e sem esperança se alimentam de ódio, paixão e medo, desprezando seus corpos e desejos.

Podem até se entenderem libertos, mas agem como cativos - todo oprimido alienado passa a desejar ser como seu opressor.

Toda processo “terapêutico” yoguico é (1) existencial, (2) requer a descrição dos processos de tratamento, (3) exige especificação dos efeitos sociais e psicológicos concretos de suas práticas e a (4) determinação do que é doença no contexto cultural específico.

É só aí q se pode afirmar uma “cura” realmente operando. E sim tiozão, vc yogar para alcançar kaivalya, moksa ou “bem-estar”, é um sinal de q tu tá doente.

A doença histórica se espalha entre yogues perdidos no anseio de se alcançar “momentos-presentes” isolados em seus “Mats”, vivendo em (ou em busca de) passados inalcançáveis.

Ignoram não “quem são”, pois inventaram muito bem suas metafísicas para se esquecerem de Si; pelo contrário, avidyanizam-se de como se fizeram, quais forças os estruturam em míticas: yogues alienados e alienantes.

“Ah mas vc destrói td e não põe nada no lugar” - gritam furiosos os descontentes consigo mesmos, tementes a Brahman.

O “tratamento”, isto é, a verdadeira “yogaterapia-yoguica”, opera entremeada por tecnologias improdutivas corporais de baixo-custo e fácil acesso.

Mais fácil: qm domina os meios e os modos-de-produção yoguica extrativista são os mesmos “sacerdotes do apocalipse” engendrados pelos yogados que lhe indispõem em corpos contaminados pela história de si-mesmos.

Td a materialidade histórica e dialética do yoga moderno, é denominada por herética e, portanto, feiticeira.

São os padres q organizam e conservam tds os Yogas Maiores: apolíticos, apocalípticos, limpos e colonais.

Yogados Menores não visam imortalidades, plenitudes, moksas ou nirvanas, mas sustentam o Céu, pois operam por micropolíticas revolucionárias, quase sempre invisíveis aos Yogas Maiores.

Amanhã (10) iniciaremos nossa IMERSÃO NA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA MEDITAÇÃO. Foi um longo processo de estudos preparatório...
09/09/2024

Amanhã (10) iniciaremos nossa IMERSÃO NA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA MEDITAÇÃO. Foi um longo processo de estudos preparatórios até chegarmos aqui.

Desde o início do mês de setembro fui abrindo, por ensaios provocativos sobre meditação, linhas-de-fuga por frestas que sempre estiveram ali, buscando aliados em meditação, mas ainda (talvez) despercebido e não-nomeado.

As 5 LIVES que fizemos juntos semana passada, foi iradas demais. Quem participou sabe o qto foi potente. Se vc ainda não assistiu esses encontros ao vivo pré-imersão, aconselho fortemente conferir. Não é q ensinei e aprendemos sobre a tecnologia meditativa, mas aprendemos-ensinando sobre a práxis da meditação.

Entre terça e sexta-feira agora, disponibilizarei 4 AULAS GRAVADAS que farão total diferença nas suas práticas pessoais e tb em como vc, se for professor/a, poderá agir por jeitos muito mais potentes.

Então, quero aqui e agora, refazer meu convite a se aventurar à Terceira Margem do Rio meditativo. Ao invés de se entender na margem A (esse “lugar” de sofrimento, ansiedade, estresse, depressão, mal-estar) em direção a uma suposta margem B (imaculado, perfeito, higiênico, relaxado, pleno, puro), fazer uma imersão ao fundo do rio, terceira margem do rio que somos nós mesmos.

Se Shiva é uma divindade dançarina criadora da meditação, entenda, para dançar é preciso alegria, potência. Deste modo, meditar é amar e alegrar-se com a vida que pulsa e não que virá.

Começa amanhã (10) a Imersão na Ciência e Filosofia da Meditação e vai até sexta (13). Será um encontro ao vivo. Libero sempre de manhã os encontros a todos inscritos GRATUITAMENTE.

100% ONLINE | GRATUITO | CERTIFICADO | SUPORTE

Matrículas: link na bio

Endereço

Florianópolis, SC

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