Psicanálise Viva BR

Psicanálise Viva BR Profissional da psicanálise que tem como objetivo levar o sujeito a se conhecer e assim viver de forma mais autêntica, consciente e mais leve.

Ajudo pacientes na diminuição dos sofrimentos causados pela ansiedade. Juliana Corazza Scalabrin

13/10/2025

Às vezes, a gente chama de força o que nasceu do medo.
De depender.
De precisar e não ter.
De mostrar demais e ser mal interpretado.

Tem gente que cresce achando que autonomia é liberdade,
mas ela também pode ser muro.
Um jeito delicado de não se machucar outra vez.

E quando alguém tenta cuidar, você recua.
Não por falta de amor
mas porque o corpo ainda não aprendeu a confiar que dessa vez pode ser diferente.

12/10/2025
A gente cresce achando que ser adulto é dar conta, não precisar de ninguém.Aprende a engolir o choro, a resolver rápido,...
12/10/2025

A gente cresce achando que ser adulto é dar conta, não precisar de ninguém.
Aprende a engolir o choro, a resolver rápido, a parecer forte.
Mas o corpo lembra.
E um dia, a exaustão não é física é de ter que se sustentar o tempo todo.

Abraçar a criança que fomos não é nostalgia.
É lembrar o que ainda dói e não tentar consertar.
É f**ar ali, junto do que sente medo, sem exigir que passe logo.

Não é se mimar.
É se sustentar.
É poder ser gentil consigo sem pedir desculpa por isso.

Crescer talvez seja isso:
aprender a segurar com carinho quem ainda sente medo.

Demorei pra entender que não era sobre ser uma atriz dramática. Eu não era tão boa. Eu só era diferente.Num mundo em que...
12/10/2025

Demorei pra entender que não era sobre ser uma atriz dramática. Eu não era tão boa. Eu só era diferente.

Num mundo em que todo mundo parece querer ser semideus, ela lembrava o valor de ser humana.
De rir de si, de errar com estilo, de nao querer ser grande e por isso talvez ter virado essa atriz tão potente... e um exemplo do envelhecer com alma.

Hoje ela se foi, e talvez por isso doa tanto.
Porque, num tempo em que tudo é pose, Diane existia de verdade.

Às vezes, crescer é só aprender a segurar com carinho quem ainda sente medo.Hoje é sobre esse abraço.Amanhã, eu falo sob...
12/10/2025

Às vezes, crescer é só aprender a segurar com carinho quem ainda sente medo.

Hoje é sobre esse abraço.
Amanhã, eu falo sobre o que é e o que não o famoso cuidar da criança interior.



Quantas vezes você já se pegou pensando qual é a frase certa para dizer ao seu filho numa situação complexa, como se uma...
08/10/2025

Quantas vezes você já se pegou pensando qual é a frase certa para dizer ao seu filho numa situação complexa, como se uma única palavra pudesse proteger, ensinar e, ao mesmo tempo, corrigir tudo o que você mesma ainda sente não ter conseguido viver?

Uma mãe dizia à filha para confiar em si mesma e não se comparar com ninguém, e enquanto falava disso se lembrava de como ainda carregava a dor das comparações que a diminuíram.

Outra aconselhava o filho a escolher bem os amigos, e no mesmo instante surgia a memória das relações em que ela mesma ficou mais tempo do que gostaria, porque sair parecia impossível.

Teve também quem pedisse à filha que não vivesse apenas para agradar, mas recordava quantas vezes abriu mão dos seus desejos para não desapontar ninguém.

E (a última juro) aquela que dizia à filha que não precisava se preocupar tanto com o corpo, enquanto passava horas brigando com o espelho, tentando caber em uma imagem que nunca a contemplava por inteiro.

Essas falas são legítimas, nascem do cuidado e da vontade real de que os filhos vivam diferente, mas junto desse movimento aparece também o peso das marcas que ainda não foram elaboradas a comparação que ainda machuca, a amizade da qual foi difícil se desprender, o sonho que ficou guardado numa gaveta, o corpo que nunca parece suficiente.

Essa mistura não é incoerência e não é fracasso, é vida acontecendo, é amor tentando proteger, é desejo de transmitir algo melhor mesmo sem ter todas as respostas. E talvez seja justamente aí que a análise se torne um lugar possível não para pensar nas frases perfeitas (isso o Chat faz melhor que qualquer analista) mas como espaço para transformar aquilo que ainda prende, para que os filhos herdem não só as marcas da dor,

mas também a força de quem ousou atravessá-la.

Ps: Talvez por isso o ChatGPT nunca vá nos substituir totalmente: ele ainda não inverte a lógica da pergunta, só nos mima, nos dá o que queremos e isso, no fim, não muda ninguém. Mas isso é assunto pra outro post...logo mais!

07/10/2025

Você já parou pra pensar por que, às vezes, a calma numa relação parece mais ameaçadora que o caos?
Por que a paz pode soar como tédio, e a intensidade virar sinônimo de amor?

No vídeo de hoje, eu falo sobre o que acontece quando crescemos pisando em ovos, reprimindo raiva, medo e desamparo e como isso pode moldar a forma como nos relacionamos depois.

Se esse tema ressoa em você, vem assistir. Pode ser que você se reconheça mais do que imagina.




06/10/2025

É só um exame, mas o corpo reage como se fosse o fim.
Não porque queira chamar atenção, mas porque já aprendeu que qualquer silêncio pode esconder uma tragédia.

Quem sente demais, muitas vezes é quem teve que suportar calado.
O medo não é novo só mudou de cenário.

Não é exagero. É o eco de um tempo em que ninguém veio traduzir o caos.
E agora, qualquer gesto neutro vira presságio.
Qualquer protocolo, um risco.
Qualquer tchau, um adeus.



06/10/2025

Muito provavelmente seus pais nunca vão te pedir desculpas. Não porque você não mereça, mas porque eles talvez nem saibam do que você está falando. Porque pra eles foi normal. Porque fizeram o melhor que podiam. Porque se sentem atacados quando você tenta contar o que doeu.

E aí você cresce com essa sensação de que falta uma liberação. Como se só pudesse viver sua vida de verdade depois que eles olharem pra você com aquela cara de “agora entendi”. Mas essa cena não vem. E enquanto você espera, sem perceber, vai deixando a vida em pausa.

Começa a se embolar com quem chega agora, cobrando do presente a reparação do passado. Se coloca em situações onde pode ser visto mas sempre pela dor. Como se só desse pra existir assim. Você acaba responsabilizando o outro pela sua dor.

E segue esperando. Só que viver não espera. E talvez crescer, de verdade, seja isso: parar de precisar do pedido de desculpas que nunca vai chegar pra, enfim, poder ir.

"Não repetimos o passado.” É o cartaz que abre Desobedientes. Na boca de Evelyn, líder carismática e perversa, essa fras...
05/10/2025

"Não repetimos o passado.” É o cartaz que abre Desobedientes. Na boca de Evelyn, líder carismática e perversa, essa frase não é libertação, é ordem. Ela acolhe com sorriso e voz mansa, mas prende com manipulação. Oferece pertencimento em troca de submissão. É o colo que dá, mas sufoca, prende.

Os adolescentes de Tall Pines chegam famintos de amor. Um carrega a ausência de um pai cantor famoso que nunca olha. Outra vive a ferida de ser comparada à irmã, humilhada em público. Eles não trazem só rebeldia, trazem a dor de não terem sido vistos. E Evelyn transforma essa dor em instrumento de poder. Até a revolta é roteirizada: a pichação, que poderia ser delinquência criativa, já estava autorizada. Não havia espaço para transgressão real.

O Salto é o ápice dessa perversidade: dr**as psicodélicas e manipulação emocional prometendo “cauterizar traumas”. Mas Freud já dizia: o recalcado não desaparece, retorna. Sempre retorna. E quando se tenta apagar à força, o preço é alto: junto com a dor se vão as emoções, os vínculos, até a possibilidade de futuro.

Evelyn chega a dizer a Laura que ela matou os pais. A série não confirma se isso é verdade ou invenção, e justamente aí mora a crueldade. Freud chamava de negação: reconhecer e rejeitar ao mesmo tempo. Laura f**a suspensa, sem confiar na própria memória, sem chão na própria história.

E é aqui que a crítica atravessa a tela. Porque inflar o ódio dos filhos contra os pais não é elaborar nada. É só aprisionar em ressentimento. A raiva pode ser necessária Winnicott via na agressividade uma potência de vida mas só se encontra sentido quando pode ser transformada. Do contrário, vira repetição da mesma violência.

É esse o risco quando terapeutas despreparados ou gurus da internet inflam ressentimentos como se fossem cura. Vender rótulos, falar de “mães narcisistas” como se tudo se resumisse a isso pode até atrair seguidores, mas não ajuda ninguém a atravessar a própria dor. É só mais Evelyn (continua comentários)

02/10/2025

Um meme. É só um meme Juliana, mas me pegou e gosto quando isso acontece. Porque o humor revela o que a gente naturalizou sem saber...

Menina chora e menino ri da bronca... eu com dois irmãos mais velhos, aprendi a achar graça, mesmo estando culpada depois da bronca.

Fiquei pensando no que tem por trás desse riso e desse choro.
E como nada é simples quando se trata de sentir. Fui atrás dos rês psicanalistas que mais gosto: papito Freud, mamy Klein e tio Winnicott...
Os três, tão diferentes, que sempre me ajudam a pensar.

Freud diria que as meninas, desde cedo, aprendem que ser amada é ser boa.
Que errar é perder amor.
E por isso choram.

Os meninos vivem com mais espaço.
Menos culpa. Mais riso.

Winnicott talvez enxergasse o riso como defesa.
Uma forma de não sentir. De escapar da dor.
E o choro?
Talvez sinal de que sentir foi permitido. Mas cobrado.

Klein falaria em defesa maníaca.
Um jeito de não entrar em contato com a culpa.
O choro, pra ela, seria uma tentativa de reparar.
De dizer: eu vi que machuquei. E me importo.

Não é sobre o que é certo.
É sobre o que cada um aprendeu a fazer com o que sente.
E como o gênero atravessa tudo isso.

Como você percebe isso?

02/10/2025

Pra quem já se perguntou
se tá mudando mesmo.

Mesmo quando tudo ainda "parece" igual.

Ou pra quem já achou que sentir era perda de tempo.
Que prazer era coisa de gente fraca.
Que o valor só vinha com esforço.
Com sacrifício.
Com aquele jeito de dar conta de tudo... sozinha.

Se você vive entre o cansaço de carregar o mundo
e o medo de se levar a sério demais,
talvez esse vídeo te encontre.

Porque às vezes, ver uma série no meio da tarde é fuga.
Mas às vezes…
é exatamente o oposto.

É o corpo saindo de uma lógica antiga,
em que só o que dói tem valor.

A mudança não vem com fogos de artifício.
Ela não tem placa de chegada.
Não faz barulho.

Ela entra pela fresta.
Quase sem aviso.
Quando você começa a se escutar
de um jeito novo.

Vê com calma.

Talvez tenha alguma coisa sua ali.

E se tiver…
me conta.
Eu adoro quando você me conta.

Endereço

Joaquim Floriano
Floriano, PI
15061800

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