Psicólogo João Marcos de Souza

Psicólogo João Marcos de Souza Psicologia | Gestalt-terapia & EMDR | Atendimentos presenciais e online

Minha pesquisa do mestrado virou livro!🦠 Para poder pensar em tecnologias de cuidado, precisamos perceber as que contami...
09/09/2025

Minha pesquisa do mestrado virou livro!

🦠 Para poder pensar em tecnologias de cuidado, precisamos perceber as que contaminam nossa percepção, e consequentemente, nossos discursos e práticas. E para criar coletivamente novas ficções possíveis, trazer luz a algumas das percepções-práticas que compõem nossos discurso, contaminados por normativas hegemônicas, se torna importante.

Quando discursos normativos moldam escutas, diagnósticos e intervenções, o cuidado pode se tornar controle, e a escuta, em silenciamento. Em um país onde terapias de conversão ainda operam nas sombras [ou nem tão sombras assim] e onde discursos religiosos se infiltram na prática clínica, como nós temos reconhecido, e nos descontaminado, de práticas que ferem, mesmo daquelas cobertas por discursos de possíveis boas intenções? 🧴

A partir de entrevistas com psicólogos(as/es) atuantes na clínica, busquei investigar os efeitos da cisheteronorma sobre o trabalho terapêutico que, consequentemente, afeta a saúde de todas as pessoas.

Em suas falas, surgiram tensões entre a formação tradicional, ainda pautada por lógicas patologizantes, e os desafios éticos que emergem no encontro com a diversidade.

Este livro não se trata de uma denúncia [embora algumas possam surgir], mas de um convite. E a clínica aparece nele como um território permeado por discursos e ruídos que atravessam o corpo, a escuta e a linguagem.

🔬 Ao tornar essas contaminações um pouco mais visíveis, o livro nos convida ao compromisso ético, de que, perceber pode ser o primeiro passo para a mudança.

☢️ O link da pré-venda do livro físico está disponível na minha bio, e quem adquiri-lo receberá o e-book antes do lançamento [data em breve]

——————

Sou grato ao meu orientador, , que tenho muita admiração, e que me acompanhou desde o início (há quase 3 anos), acreditando nesse estudo e livro.

E não menos importante, .mujica.rodriguez, pessoa e profissional que admiro muito também, e que tive a honra de contar durante minha banca no mestrado, e também no prefácio que compõe este livro.

“Estava tudo tão bem… bem até demais.…É que eu não me sentia desafiado/a/e o suficiente na relação.Parece que sempre fal...
25/08/2025

“Estava tudo tão bem… bem até demais.

…É que eu não me sentia desafiado/a/e o suficiente na relação.

Parece que sempre falta alguma coisa, mesmo sabendo/sentindo que, na verdade, não falta nada. E é sempre assim.”

Quando percebemos que a falta não tem a ver com o presente, podemos escolher cuidar do que ficou ausente (ou do que excedeu) para que isso não nos impeça de apreciar a beleza da tranquilidade, do que pode ser leve

e bom!

🍃

Hoje busquei meu diploma de mestre na UNILA!Fiquei feliz em poder ver a materialização de todo esse processo de transfor...
23/07/2025

Hoje busquei meu diploma de mestre na UNILA!

Fiquei feliz em poder ver a materialização de todo esse processo de transformação através do programa interdisciplinar em estudos latino-americanos.

Ser mestre através dessa universidade, com tudo que ela representa e oferece, carrega em si um compromisso com outras formas de produzir saber e cuidados. Seguir estudando é também seguir desejando um mundo mais justo, mais nosso.

Agradeço demais a quem esteve comigo nessa travessia 🌠🦉

Supervisão clínica é cuidado, é ética. Cuidado com a gente, e com quem atendemos.Sabemos que nós, psis, não temos que te...
08/07/2025

Supervisão clínica é cuidado, é ética. Cuidado com a gente, e com quem atendemos.

Sabemos que nós, psis, não temos que ter todas as coisas resolvidas, necessariamente. Mas nem sempre é simples sustentar o que nos atravessa.

E pode ter dias que até ouvimos, mas escutamos realmente? Dias que discursos desafiam nossas certezas. E sessões que mexem em nossas feridas.

A supervisão entra como um território de acolhimento, construção, elaboração e aprimoramento do nosso fazer clínico, que pode servir para sustentar o compromisso com a pessoa que atendemos, e também com a gente.

A prática é viva e pede reflexão constantemente, e sair do automático é essencial se quisermos estar realmente presentes.

Mas ninguém precisa (nem deveria) atravessar a clínica sozinho(a/e). Vamos?

Minha dissertação de mestrado já está disponível para leitura na biblioteca da UNILA!Há tanta gente para agradecer, mas ...
01/07/2025

Minha dissertação de mestrado já está disponível para leitura na biblioteca da UNILA!

Há tanta gente para agradecer, mas em especial, quero agradecer novamente todas as psicólogas e psicólogos entrevistades, pela confiança e comprometimento, e meu orientador Marcos de Jesus Oliveira, por toda a sensibilidade e suporte nesse caminho.

Psis, o mínimo que podemos fazer é honrar a confiança depositada em nós. E as pessoas que se arriscaram junto nesse trabalho, de alguma forma fizeram isso.

Espero que de alguma forma, esse trabalho, feito com cuidado e preocupação, possa oferecer alguma pista para um fazer clínico ainda mais ético e sensível para nós, psis, e principalmente para as pessoas que atendemos e confiam tanto na gente e no nosso trabalho.

O link para acesso a dissertação está na minha bio 🔗

Não é sobre técnicas isoladas, mas sobre encontros possíveis na escuta clínica.Entre a dor que se repete e a história qu...
22/05/2025

Não é sobre técnicas isoladas, mas sobre encontros possíveis na escuta clínica.

Entre a dor que se repete e a história que pode ser redirecionada, há o espaço para a escuta. E ela pode ser desobediente, integrativa e aberta à potência das existências dissidentes.

Aproveitar o processo, quando possível. Já que às vezes a beleza pode (ainda) não ter sido percebida — ou este (processo...
28/01/2025

Aproveitar o processo, quando possível. Já que às vezes a beleza pode (ainda) não ter sido percebida — ou este (processo) só não ser belo mesmo

Se divertir no caos, sem normaliza-lo. Enxergar a norma, e tentar não sucumbir à ela

Sentir, sem a pressa que vem de fora, mas com a calma e o tempo que meu corpo precisa

Nomear, sem me obrigar a patologizar o que vem de fora — que não é meu

Respeitar,
mesmo que com o medo de me perder,
ou perder o chão,
que injustamente
me disseram que tinha

Acreditar,
que é possível viver
além

Trecho da foto [tradução própria], do livro da Laura Perls — “Vivendo nos limites”:

Parece que todos os esforços do homem para facilitar o processo de viver apenas conseguiram sufocar tanto o sofrimento quanto a alegria, em vez de superar o sofrimento e nos fazer desfrutar da criatividade humana, de modo que o ser humano se encontra em um estado indeterminado — “o descontentamento dentro de nossa civilização”. Nesse ponto, parece imprescindível encontrar uma forma de nos orientarmos novamente em direção à experiência do sofrimento e à sua avaliação. O homem dos nossos dias ainda carrega o conceito adâmico de que o sofrimento é um castigo, ou seja, uma pena merecida ou uma medida cujo objetivo é dissuadir. O sentimento de culpa, a sensação de ter pecado, constituem uma negação total do ato que se tentou realizar (“Eu não deveria ter feito isso”).

sonhos antigos, férias incríveis, mas também com saudade de casa. humor, correria, novos saberes, descanso… noivado! não...
04/01/2025

sonhos antigos, férias incríveis, mas também com saudade de casa. humor, correria, novos saberes, descanso… noivado! não volto ileso de transformações, aliás de lugar algum — que massa!

logo tô de volta!

Seguir é necessário, perceber o que me impede tambémMas as vezes só o que eu quero é sustentar o que já percorri, pois n...
06/12/2024

Seguir é necessário, perceber o que me impede também

Mas as vezes só o que eu quero é sustentar o que já percorri, pois nem sempre venho em busca de mudança

Às vezes eu só preciso de um lugar onde posso me apoiar para continuar em pé — um lugar onde encontro força para sustentar o que já decidi — mesmo quando o peso dessa decisão pareça querer me dobrar

Aprendo a sustentar sem carregar a culpa, e a seguir com peito aberto — às vezes apertado, até que em paz, mas consciente do caminho que tenho seguido — agora

Posso não saber exatamente para onde vou, mas sei de onde vim e onde estou, e nesse caminho, sinto meus pés tocando o chão

E por enquanto, isso tem sido suficientemente bom

🌬️

João Marcos
psicólogo
crp: 08/34130

Posso ser tolerante, entender sua forma de ver e de se dirigir a mim, e de onde isso vem — mas isso não significa que ac...
30/10/2024

Posso ser tolerante, entender sua forma de ver e de se dirigir a mim, e de onde isso vem — mas isso não significa que aceitarei passivamente

Esperar conformidade? Ser dócil frente às tentativas de me prender? Não posso e nem quero

Nem peça para nos conformarmos com uma realidade imposta

Pois podemos — e vamos — usar nossa potência para construir novas possíveis

Aceitar a “vida apresentada” sem questioná-la seria naturalizar uma vida que nunca pedimos

Bora construir outras?

Qualifiquei! E venho agradecer de novo todas as pessoas que fizeram e estão fazendo parte desta pesquisa e trajetória, p...
24/07/2024

Qualifiquei! E venho agradecer de novo todas as pessoas que fizeram e estão fazendo parte desta pesquisa e trajetória, principalmente as pessoas entrevistadas, que se não fosse a abertura de vocês, esta pesquisa não seria como é.

A pesquisa tem se mostrado tão importante e relevante, especialmente para profissionais de Foz, e fico feliz em ver os alcances dela antes mesmo de ser publicada.

Seguimos para as próximas etapas!

Crianças gravadas em vídeos/fotos durante a sessão, mesmo com o rosto cortado, estão tendo seu processo terapêutico expo...
20/03/2024

Crianças gravadas em vídeos/fotos durante a sessão, mesmo com o rosto cortado, estão tendo seu processo terapêutico exposto

Você postaria foto/vídeo de seus pacientes, se fossem adultos, durante o atendimento?

Fotos de presentes ganhados de pacientes são também uma forma de exposição do processo terapêutico, visto que o objeto também pode simbolizar algo importante naquele contexto (só esse tópico daria assunto para outra publicação)

Ou então divulgar partes de conversas ou feedbacks sem solicitação/permissão da pessoa…

Esses são só alguns dos exemplos comuns que você possivelmente já pode ter visto em redes sociais de psis (e também outras profissões)

Mas especificamente em relação à psicologia… o conselho federal de psicologia diz no código de ética que:

“Art. 9° - É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional

Art. 16 - c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse manifesto destes”

Precisamos perceber como as redes sociais tem contribuído na mercantilização da terapia (além de quando isso ultrapassa os limites éticos), ou compromete o serviço, qualidade e/ou sigilo do processo terapêutico

Mostrar quantas pessoas e quando você atende, ou então, o quão lúdicas são as sessões com você, ou até mesmo o quanto você é queride por seus pacientes e ganha presentes por isso, não mostra sua competência, mas talvez, algum nível de falta de ética com a profissão e entre outras coisas

O intuito das reflexões são para que possamos, coletivamente, pensar-fazer uma psicologia conectada com seus limites éticos

vamos?

João Marcos
Psic. CRP 08/34130

Endereço

Foz Do Iguaçu, PR

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