
22/07/2025
Quando falamos em tocar um recém-nascido, pensamos em fragilidade e com razão. Afinal, o sistema musculoesquelético do bebê ainda está em formação, com articulações cartilaginosas, crânio maleável e grande imaturidade neurológica e é exatamente por isso que a osteopatia pediátrica é feita com precisão milimétrica e extrema segurança.
⚠️ Osteopatia não é quiropraxia
A osteopatia pediátrica não utiliza manobras de alta velocidade ou de força articular como a quiropraxia. Ao contrário, é baseada em técnicas manuais suaves e profundas, que atuam nos tecidos, articulações, sistema fascial e nervoso — sempre respeitando a fisiologia e o tempo do bebê.
🔬 Embasamento técnico:
A intervenção osteopática se fundamenta na anatomia, biomecânica e neurofisiologia. Avaliamos:
Reflexos primitivos e posturais
Tônus muscular
Mobilidade crânio-sacral
Padrões de tensão pós-parto (muitas vezes invisíveis a olho nu)
Com isso, buscamos normalizar funções, aliviar desconfortos e favorecer o desenvolvimento neuropsicomotor.
👶 Indicações comuns:
– Torcicolo congênito
– Plagiocefalia e braquicefalia
– Cólicas intensas e refluxo gastroesofágico
– Sono fragmentado e agitação motora
– Bebês que "escorregam", "esticam demais" ou têm dificuldade de se acalmar
– Dificuldades de amamentação ou pega assimétrica
Durante a sessão, o bebê frequentemente relaxa, adormece ou expressa alívio imediato, o que é um sinal fisiológico positivo da modulação do sistema nervoso autônomo.
Cuidar do bebê é também cuidar da sua história desde o início. A forma como ele sente, se organiza e se desenvolve pode ser transformada por um toque e esse toque precisa ser técnico, seguro e respeitoso.