06/02/2023
O presidente Jair Bolsonaro condenou o Congresso Nacional à independência, após 30 anos de um parlamento que se comportava como uma marionete do Executivo: aprovava-se o que queria, e em troca era distribuído dinheiro e cargos
Mas parece que parte deste Congresso nunca quis discutir qual proposta era melhor para o país, mas barganhar fatias da divisão do poder em troca da sua aprovação.
Pois é!, aconteceu exatamente assim: deputados e senadores rebelaram-se contra a proposta do presidente de dar-lhes independência e liberdade para votar de acordo com o interesso público.
Assim como nossa grande imprensa, nossos políticos são movidos pela ambição: basta o dinheiro e está dada a motivação e o fundamento sob o qual escoram nossos parlamentares sua aprovação ou rejeição a determinada pauta posta em votação no Congresso Nacional.
No primeiro e meio ano de governo não houve "articulação" política do Executivo com o Congresso. Para ver a reforma da previdência aprovada no Parlamento, o povo precisou ir às ruas. Só assim a reforma foi aprovada, uma vez que esta se tornou popular. Não à toa, Rodrigo Maia tentou usurpar a paternidade da reforma para si, que evidentemente nasceu no Executivo.
A Direita civil, que pela primeira vez tinha assumido o poder político, percebeu que a entrada de Jair Bolsonaro no cenário foi tão violenta e disruptiva com a velha politica que assistimos uma oposição virulenta contra o governo, a ponto de quererem expeli-lo do sistema.
Uma maioria de conservadores, que pela primeira viu um representante seu no no governo, correu o risco de vê-lo despejado do poder, ainda que este não tivesse cometido crime algum.
Fez parte dessa orquestração, inconformados desde a posse de Jair Bolsonaro:
a OPOSIÇÃO;
os POLÍTICOS remanescentes da velha política, ávidos por dinheiro e cargos.
a GRANDE MÍDIA, também sedenta por verba estatal que secou;
o STF, que iniciou uma articulação de medidas ilegais para perseguir apoiadores deste governo e o próprio governo, degenerando num ativismo judicial inconcebível
Jair Bolsonaro, então, atendendo às críticas daqueles que diziam que ele se recusava a fazer articulação política, compôs uma base com vários partidos do Congresso, muitos deles do chamado " Centrão".
Todavia, os termos dos acordos são bem diferente de seus antecessores : não tem mensalão e nem petrolão. E tem fiscalização, ou seja, não se deixa roubar.
Ė claro que aqueles mesmos que criticavam o mandatário por não "articular" com o Congresso, condenam agora seu alinhamento com o Centrão.
Jair para se manter no poder teve que fazer algumas concessões. Um acordo com o Congresso era inevitável, pois era a única maneira de o Executivo ver suas pautas andarem no legislativo, boicotadas durante 1 ano e meio em que Rodrigo Maia esteve no poder, e para se blindar de um possível golpe.
A politica, as vezes, é arte do possível e um concurso de feiura. A tarefa de mudar o poder não é de uma eleição, é sim de uma geração!