
21/08/2025
Ao começar a ler esse livro...
Do nada (o cérebro sabe que nada é do nada) veio à mente uma música que há anos não ouço. Lindo Balão Azul, de Guilherme Arantes, do álbum Pirlimpimpim. Só os coroas e as coroas vão lembrar dela. Kkkk.
Viajei na música e no tempo. A frase "eu vivo sempre no mundo da lua" era o lugar mais seguro que eu tinha pra ser quem eu era, sem julgamentos de ninguém. Eu podia viver no mundo da lua, podia ser uma cientista, uma aventureira desde o primeiro passo pro infinito. E o infinito era o que sempre procurei.
Uma mente que nunca viu limites. Um cérebro na época incompreendido. Uma criança muitas vezes rotulada como lerda, distraída, lenta, ou a lesma que levava horas pra fazer coisas simples. Sim, porque qualquer atividade, até mesmo um banho, era suficiente pra dar a volta ao mundo, pensar na minha vida e na de todo mundo, e voltar pra casa.
Quem nunca precisou se adaptar a um mundo diferente talvez nunca tenha sentido a incompreensão e a dor de ser quem é.
Era pra ser só um livro técnico pra enriquecer meus conhecimentos sobre o TDAH...
Mas eu gosto dessa diferença. Quando a gente conhece as vantagens do nosso cérebro e sabe usá-las a nosso favor, ninguém nos segura.
E assim vamos (e vou) vivendo... Seja no mundo da lua, seja no mundo real...
"Vamos pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via láctea, estrada tão bonita... Brincar de esconde esconde numa nebulosa. E voltar pra casa nesse lindo Balão Azul."