21/05/2024
A fratura de tíbia e fíbula, duas das principais ossos da perna, é uma lesão grave que pode afetar significativamente a capacidade de caminhar. Essas fraturas são geralmente causadas por traumas diretos, como acidentes de carro ou quedas de altura. O tratamento geralmente envolve a realinhamento dos ossos, que pode necessitar de cirurgia com fixação interna, seguida por um período de imobilização e reabilitação física.
A marcha de Trendelenburg é um padrão de caminhada anormal que pode ocorrer como consequência de fraqueza muscular, particularmente nos músculos glúteos médio e mínimo. Esses músculos são essenciais para estabilizar a pelve durante a caminhada. Quando estão enfraquecidos, o lado oposto à lesão tende a cair, resultando em um andar caracterizado por uma inclinação lateral do tronco para compensar a queda da pelve.
Relação entre Fratura de Tíbia e Fíbula e Marcha de Trendelenburg
1. **Imobilização e Atrofia Muscular**: Após uma fratura de tíbia e fíbula, a perna é frequentemente imobilizada por um longo período, levando à atrofia muscular. Os músculos glúteos, responsáveis pela estabilidade pélvica, podem enfraquecer significativamente.
2. **Desbalanço Muscular**: Durante a reabilitação, pode ocorrer um desbalanço muscular. A falta de uso adequado dos músculos da perna e glúteos pode resultar em fraqueza, predispondo o indivíduo a desenvolver a marcha de Trendelenburg.
3. **Reabilitação Inadequada**: Se a reabilitação não focar adequadamente no fortalecimento dos músculos glúteos, o paciente pode desenvolver uma marcha compensatória para minimizar a dor e o desconforto, exacerbando o padrão de Trendelenburg.
Tratamento
Para tratar a marcha de Trendelenburg em pacientes que sofreram fratura de tíbia e fíbula, o enfoque deve ser multifacetado:
1. **Fisioterapia**: Programas de fisioterapia intensivos são essenciais para fortalecer os músculos glúteos médio e mínimo, além dos músculos da perna.
2. **Exercícios Específicos**: Exercícios como abdução de quadril, ponte de glúteos e alongamentos específicos podem ajudar a restaurar a força e a estabilidade.
3. **Terapia Aquática**: Pode ser útil para reduzir o estresse nas articulações enquanto promove o fortalecimento muscular.
4. **Ajustes na Marcha**: Treinamento para corrigir a postura e o padrão de marcha, com o uso de feedback visual e táctil, pode ajudar a reeducar os movimentos.
5. **Uso de Auxiliares de Caminhada**: Durante a reabilitação, o uso de muletas ou andadores pode ser necessário para garantir que o paciente não sobrecarregue a perna lesionada enquanto recupera a força muscular.
A fratura de tíbia e fíbula pode levar à marcha de Trendelenburg devido à fraqueza muscular resultante da imobilização e desuso. Um programa de reabilitação abrangente, focado no fortalecimento muscular e no treinamento de marcha, é crucial para a recuperação completa e para prevenir padrões de marcha anormais que podem causar problemas adicionais a longo prazo.