
11/05/2025
Mãe, uma mulher que pela imensidão do seu amor, tem um pouco de Deus e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus. Uma mulher que, ainda jovem, tem a tranquila sabedoria de uma anciã e, na velhice, o adimirável vigor da juventude.
Se de pouca instrução, desvenda com intuição inexplicável os segredos da vida e se muito instruída, age com a simplicidade de menina. Uma mulher que sendo pobre, tem como recompensa a felicidade dos que ama, e quando rica, todos os seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão.
Uma mulher que, sendo forte, estremece com o gemido de uma criança e, sendo frágil, conseque reagir com a bravura de um leão. Uma mulher que, enquanto viva, não lhe damos o devido valor, porque ao seu lado todas as dores são esquecidas, entretanto, quando morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo ao menos por um só momento.
Dessa mulher não me exijas o nome, se não quiseres que turve de lágrimas esta lembrança, porque já a vi em meu caminho.
Quando teus filhos já estiveres crescidos, lê para eles estas palavras. E enquanto eles cobrem a tua face de beijos, conta-lhes que um humilde peregrino, em paga da hospedagem recebida, deixou aqui para todos o esboço do retrato de sua própria mãe ❤️
Tradução do original de D. Ramóm Angel Jara (Bispo e Orador Chileno)