19/02/2019
Psicologia, dietas e restrições alimentares:
(Por Olga Viedo)
Imagine que seu corpo é seu melhor amigo. Agora me responda: você cuida ou judia o seu amigo? Os alimentos e os métodos que você utiliza para emagrecer maltratam o seu corpo? Você sacrifica a sua saúde a serviço do emagrecimento? A atividade física que você pratica, é por obrigação?
Se essas respostas foram “sim”, você não está cuidando do seu corpo, você não está tento ou buscando qualidade de vida...você provavelmente esta se maltratando! O corpo conta uma historia... a sua historia!
O sobrepeso e a obesidade são assuntos muito debatidos da atualidade, sendo considerado um problema de saúde pública. Ha uma epidemia de obesidade no Brasil e no mundo, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde. Tratar a obesidade não é simples e seu tratamento ainda está longe de ter chegado a um ponto satisfatório. A Psicologia vem ampliando sua atuação neste cenário, contribuindo no exercício de autoconhecimento, reconhecimento de habilidades, histórico familiar da relação com a comida e o corpo e, principalmente na compreensão de que, mais do que emagrecer, é preciso escolher como, para que e porque desejamos emagrecer, já que o objetivo não é apenas chegar lá, e sim, ser saudável e feliz para manter-se lá.
É verdade de que estar acima do peso pode causar problemas de saúde, afetar a autoestima e dificultar tarefas simples do dia a dia e que o fator psicológico está diretamente ligado à forma como o nosso corpo se comporta, visto que os pensamentos geram emoções e estas se refletem no estado físico e psíquico, porem o trabalho do psicólogo neste contexto, deve se ater para que a alimentação seja um ato de cuidado... de cuidado com o corpo, de cuidado consigo! Boa alimentação tem a ver com prazer. De nada adianta o cliente limitar-se a frutas, verduras e legumes sentindo-se infeliz e estressado. A imagem do corpo é uma visão das coisas, que pode ou não corresponder à realidade. O problema é quando essa insatisfação corporal se torna intensa, gerando sofrimento.
Observo na minha pratica clinica que para algumas pessoas, por já terem se submetido a diferentes métodos por muitos anos, as palavras dieta, restrição e balança geram angústia, o que consequentemente aumenta a vontade de comer levando a tristeza, frustração e culpa. Viver nesse círculo vicioso é extremamente estressante e o estresse é prejudicial à saúde. No meu ponto de vista, a balança é o que menos deve importar para nos “psis”, já que saúde e qualidade de vida é o que nos interessa e compete!
Quando o cérebro está sob altos níveis de estresse, ele secreta um hormônio chamado cortisol. Este hormônio aumenta os níveis de açúcar no sangue, tornando assim a perda de peso muito mais difícil e ficar sob estresse e tentar perder peso são ideias que não estão em sintonia.
O papel do Psicólogo é ajudar o cliente a enxergar a relação dele com a comida, com o emagrecimento e com o próprio corpo, então não estranhe se o médico ou nutricionista te encaminhar para o psicólogo, pois é com ele que você vai enxergar e aprender muitas coisas sobre seu mundo interior. O autoconhecimento é uma das coisas mais importantes para o processo de emagrecimento e autocuidado para fazer as pazes com o corpo e a balança.