Psicóloga e Pedagoga Joyce Donadel

Psicóloga e Pedagoga Joyce Donadel Psicóloga clínica de orientação histórico-cultural, professora de educação infantil.

Muita gente me pergunta se não é melhor começar a alfabetizar as crianças desde pequenininhas. Eu entendo a dúvida e é l...
22/08/2025

Muita gente me pergunta se não é melhor começar a alfabetizar as crianças desde pequenininhas. Eu entendo a dúvida e é legítima. Mas há tempo para tudo nessa vida. E a primeira infância infância é preciosa demais para gente perder acelerando um processo que pode acontecer mais tarde, sem prejuízo algum e com uma base sólida constituída pelo brincar. 😘

-sem legenda-
30/07/2025

-sem legenda-

Faz tempo que não posto aqui. E fiquei pensando nas razões. Estou mais quieta? Tenho menos tempo? Não durmo o suficiente...
22/07/2025

Faz tempo que não posto aqui. E fiquei pensando nas razões. Estou mais quieta? Tenho menos tempo? Não durmo o suficiente para estar criativa?

Entendi que é um pouco de tudo isso aí. Sobretudo, a maternidade recente sempre me coloca no lugar de aprendiz, de ouvinte e de observadora. Aprendo com um novo ser humano que acabou de chegar ao mundo, aprendo sobre mim, sobre uma família recém formada, com o tempo, aprendo a ser paciente, justa, compreensiva comigo mesma, a lidar com os conflitos de uma irmã mais velha de 4 anos, com os meus conflitos...

Ser mãe de um bebê me tira completamente do meu conforto, de onde eu consigo falar. Ser mãe de um bebê e uma criança, mais ainda. Desta vez, ainda, meu puerpério tem sido muito mais tranquilo psicologicamente, fisicamente, não. Tô tentando organizar tudo isso... Não me cobrar tanto e manter minha saúde física e mental. É difícil, eu sei.

Mas eu já volto! Isso eu sei!

Os donos da p***a toda.
01/07/2025

Os donos da p***a toda.

Meu menino lindo, de presença suave, olhar terno. Veio despretensiosamente, chegou afirmando seu desejo de estar conosco...
04/06/2025

Meu menino lindo, de presença suave, olhar terno.
Veio despretensiosamente, chegou afirmando seu desejo de estar conosco, em um parto doido, mas lindo.

Eu tenho o privilégio de viver poesia no meu trabalho. Os pesares da minha docência vem todos de fora e de cima. Todos. ...
30/03/2025

Eu tenho o privilégio de viver poesia no meu trabalho. Os pesares da minha docência vem todos de fora e de cima. Todos. Nenhum vem da convivência com os bebês e as crianças. Alguns... tipo dor na lombar, rs, mas se eu fosse devidamente remunerada e cuidada pelo meu empregador, não seria um problema, então...

Mas vamos à poesia. Simples.
Estávamos vendo uma projeção do céu noturno estrelado após uma proposta pedagógica sobre samba de lenço. Esta proposta, a do céu projetado, era despretensiosa. Eu estava apenas observando (e tendo a graça de presenciar) a reação dos bebês ao ver o céu e as estrelas se movimentando na parede. Eles riam, tentavam pegá-las, ficavam, de longe, observando-as com os olhos brilhando.
Vi que A. (a bebê da foto), agachada, dividia sua atenção entre uma gaveta de brinquedos e a projeção. Pegou um brinquedo e veio até mim, mostrar-me, com entusiasmo, como se me dissesse: "Olha só o que eu achei!". Era uma forminha de estrela de plástico. Depois que me mostrou, levou-a até o céu. O céu projetado na parede. ⭐🌌🌕

Onde minha filha é feliz.Recebo o planejamento semanal da Professora toda semana, pelo grupo de whatsapp e acompanho, de...
17/03/2025

Onde minha filha é feliz.

Recebo o planejamento semanal da Professora toda semana, pelo grupo de whatsapp e acompanho, de perto, o desenvolvimento das propostas pedagógicas.

Não vejo numerais, nem alfabeto em EVA, não vejo folhas de papel com as cores básicas, não vejo pontilhados para as crianças traçarem...

Vejo minha filha encantada com pássaros, aprendendo nomes, características e peculiaridades de pássaros que podemos encontrar pela escola e pela cidade, o que a deixa mais encantada e curiosa; vejo minha filha aprendendo quem é Malala, que ela chama de Maricó (rsrs), vejo-a ouvindo Flor Gil, Caetano, Bethânia, vejo-a contando coisas sobre a nossa família e sendo respeitada, o que a deixa segura de ser quem é... Vejo uma professora e uma auxiliar que acolhem seus medos e suas inseguranças, que a corrigem quando é necessário, com afeto. Vejo minha filha reproduzir seu dia, em casa, nas brincadeiras, imitando a professora, com um tom de voz suave e respeitosa com as suas crianças (que são os seus bichos de pelúcia e bonecas) e desconhecendo a denominação aluno (ela diz que são crianças da sua turma), vejo-a cuidando de crianças menores e bebês porque ela tem essa convivência, na escola e respeitando todas as outras crianças, vejo-a expandindo seu conhecimento, aprendendo a pesquisar, usando livros, lupas, binóculos, materiais grafoplásticos diversos.

Ela sabe números, sabe a letra do seu nome... aprendeu nas entrelinhas, nos detalhes do que vejo: minha filha feliz, aprendendo sobre o mundo e as pessoas, aprendendo a conviver e sabendo quem é, o que mais me importa!

Obrigada, ,

Eu sacrifico uma boa parcela das minhas ambições profissionais para que Amália possa ter uma experiência escolar muito p...
27/11/2024

Eu sacrifico uma boa parcela das minhas ambições profissionais para que Amália possa ter uma experiência escolar muito próxima do que eu acredito. Apesar do sacrifício, vejo o privilégio de não precisar pesquisar escolas e escolas que atendam aos meus critérios - e, na verdade, aos critérios da infância. 

Amália está em uma escola pública em que vejo qualidade para além da sala de referência (não usamos “sala de aula” para a educação infantil, já que não tem “aula”), onde todos os trabalhadores e trabalhadoras são vistos como educadores e educadoras, uma concepção não apenas pedagógica, mas infantil e coletiva. As crianças vêem todos e todas como educadores e educadoras. Sei que isso não acontece só com ela porque ela é filha de professora, e isso é o que mais me alegra. 

Das belezas da escola pública, está aí a que mais admiro: apesar de todas as dificuldades, ela é coletivamente construída, é luta de todo mundo.

Amália gosta de passar um período da manhã (quando chega ou quando vai embora) com a Vivi, nossa porteira…e educadora. Não consigo mensurar o quanto sei que minha filha aprende nesses curtos momentos, nas conversas que tem com a Vivi e ao acompanhá-la em algumas de suas tarefas, como essa da foto. Sobretudo, ela aprende que a escola não acontece apenas entre as paredes, que não precisa haver limites físicos e estruturais para que a aprendizagem aconteça, aprende a referenciar profissionais além dos tradicionais profissionais da escola (professora, diretora etc), aprende que muita gente trabalha para que uma escola viva. Aprende princípios e fundamentos da vida coletiva… aprende, como eu disse, valores imensuráveis. 

Obrigada, Vivi! Obrigada, !

Eu trabalho para que todos os meus dias sejam das crianças. Eu trabalho por crianças. Todas as semanas são delas. Eu não...
11/10/2024

Eu trabalho para que todos os meus dias sejam das crianças. Eu trabalho por crianças. Todas as semanas são delas. Eu não consigo fazer todas as intervenções que planejo para e por elas, não consigo planejar tudo o que imagino e desejo fazer ao longo do ano, por questões diversas: gestão do tempo, demandas espontâneas diversas que elas me trazem, demandas minhas mesmo... Mas eu me comprometo a permitir que elas vivam o melhor possível o tempo que estão na escola.

Acho contraditório trabalhar intensamente, em apenas uma semana no ano, para que elas vivam coisas diferentes na escola. Por que não todos os outros dias?

Mas o que mais me incomoda é uma dimensão negligenciada pelas professoras. São as brincadeiras que perdem o sentido ao passo que se tornam uma competição: entre crianças e entre as famílias... A criança com o visual mais bonito, com a fantasia mais bonita, mais criativa etc etc etc. Vejam que colocamos as crianças em um contexto de constrangimento, porque onde há o mais bonito, também há o mais feio. Onde há "a família que se dedicou (leiam: gastou tempo e dinheiro" para a ornamentação da criança, há também "a que não se importa" mesmo que isso não seja dito (às vezes são ditas coisas piores, posso afirmar). E quem vai carregar essa responsabilidade? Não são as professoras, não é a escola. É a criança e a família. Mas a família entende o motivo de não ter empenhado. A criança, não.

Tudo bem essas propostas partirem de instituições de lazer e entretenimento, afinal elas estão cumprindo com sua finalidade. Mas de uma instituição responsável justamente pela educação, acolhimento, criticidade, ética e política?
Estou em tempo de precisar dizer: não é uma indireta, não é uma crítica pessoal, nao é recado para ninguém. É uma reflexão inclusive sobre o meu trabalho.

Pode ser raro, pode não ser. Pode acontecer todos os dias. A chuva sempre encanta os bebês e as crianças. De cima, caind...
16/09/2024

Pode ser raro, pode não ser.
Pode acontecer todos os dias.
A chuva sempre encanta os bebês e as crianças. De cima, caindo suave, sem fazer barulho, brilhando... e de baixo, onde as gotinhas se aglomeram e formam poças... Ou espelhos.
A chuva sempre encanta.

Este é um bebê apontando para uma p**a que estava sendo conduzida por uma professora, apoiadíssima moralmente por dezena...
23/08/2024

Este é um bebê apontando para uma p**a que estava sendo conduzida por uma professora, apoiadíssima moralmente por dezenas de crianças pequenas no quintal de uma escola da infância. Consegue ouvir o som desta foto, depois da descrição do contexto?

Eu queria lembrar dessa cena para sempre. Dezenas de crianças pequenas correndo atrás de uma professora soltando p**a, com ajuda do zelador. Bebês tentando entender todo aquele movimento e maravilhados com a p**a no céu, tentando se equilibrar nos desníveis do gramado, caminhando entre desviar das crianças e olhar para o céu.

Depois disso, fiquei pensando em quantos momentos eu e as minhas amigas professoras estivemos falando sobre as relações das crianças com os bebês, sobre as relações entre seus pares, sobre as relações conosco, sobre o privilégio que temos de assistir a como elas vêem o mundo, como sentem o vento, como vêem a poeira no reflexo do sol ( ), como sentem a água nos pés, de assistirmos as peraltices, as hipóteses fantásticas que levantam sobre os acontecimentos e as conclusões que tiram das situações... Não falamos sobre trabalho, mas sobre "crianceirices", embora elas façam parte do nosso trabalho, graças a Deus! Elas salvam os nossos dias. Elas salvam o nosso trabalho.

Saudade não tem dia, né?Tô de férias da escola... E amando. É muito bom ter tempo para fazer nada, mesmo que seja um mín...
14/07/2024

Saudade não tem dia, né?

Tô de férias da escola... E amando. É muito bom ter tempo para fazer nada, mesmo que seja um mínimo. Talvez o tempo que eu esteja tendo é só o de não ter que arrumar a mochila da Amália e as nossas roupas para o dia seguinte... E o tempo do trajeto até a escola. O resto todo foi preenchido por alguma coisa que faltava fazer rs, além do consultório.

Mas enfim... Ainda assim, eu tenho saudade dos bebês, da vida coletiva movimentada da escola, de compartilhar o cotidiano com as minhas amigas professoras também. A escola tem um potencial imenso para ser um ambiente rico e convidativo. Todas as escolas tem. Infelizmente, tem muita gente (do chão da escola até outras instâncias) que não consegue olhar pra isso e torna os dias nebulosos...

Mas é isso. Não quero falar de nada além da saudade em estar com pessoinhas que amo, em um lugar que amo, com todas as suas contradições e complexidade.

Endereço

Piracicaba, SP

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Psicóloga e Pedagoga Joyce Donadel posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Psicóloga e Pedagoga Joyce Donadel:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram