Psicólogo Maicon Roger

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Psicólogo Maicon Roger Psicólogo e Psicanalista

Por mais que o amor próprio ou a solitude estejam atualmente um tanto quanto no campo do clichê e do narcisismo ingênuo ...
23/07/2025

Por mais que o amor próprio ou a solitude estejam atualmente um tanto quanto no campo do clichê e do narcisismo ingênuo não suportar a falta de alguém por vezes impossibilita o próprio estar com alguém. Ou seja, a urgência do romântico complica o usufruir do romantismo, pois uma hora ou outra o amor pode de fato chegar.

E quando chegar ele pode ficar muito caro diante da possibilidade dele ir embora, onde aquele que tanto esperou na verdade não soube esperar. Viveu a agonia do vazio e alienou sua libido na falta.

Falta esta que preencheu demais uma vida muito pobre. Vida escassa de outros amores, como os amigos, por exemplo, ou de outro hobbies, ou de outros afazeres, de outros compromissos, de outros desejos, de outros sonhos.

É fundamental que a gente contemple a nossa falta, lide com ela antes de qualquer coisa, antes de qualquer amor, para que o amor seja complemento, não plenitude.

Faça terapia.




Impressionados pela guerra, chama a atenção de Freud e seus colegas psicanalistas comportamentos compulsivos de soldados...
18/07/2025

Impressionados pela guerra, chama a atenção de Freud e seus colegas psicanalistas comportamentos compulsivos de soldados que mesmo causando sofrimento em si ainda assim se repetiam. Especialmente os sonhos de terror que tocava na interpretação cara a Freud de que todo sonho era a realização de um desejo.

Tal dinâmica fomenta o novo conceito de pulsão de morte, sinônimo de compulsão à repetição, que nosso ego por vezes goza e nos deixa à mercê de atitudes nossas que gostaríamos muito que fossem diferentes, mas que não consigo alterá-las.

A repressão, que o pai da psicanálise chama também de recalque, busca proteger nosso ego de um excesso. Se protege demais de algo e se submete demais a outra coisa. E nisso tentamos voltar à cena, inconscientemente tentando resolver esse algo. A repetição é uma tentativa de resolver.

O problema é que por vezes não temos ferramentas, aparato simbólico para lidar com a coisa, deste modo ficaremos sempre submetidos a esse looping.

A tentativa de solução seria falar. Expressar a alguém o que se pensa sobre esse padrão imposto. Nisso é possível que lembranças importantes se desencadeiam e outras associações importantes aconteçam para possibilitar uma possível elaboração da coisa.
Trabalho difícil, mas possível.

Faça terapia.

09/07/2025

A cultura ou ideologia do medo que vemos nas instituições familiares, educacionais, nas religiões, naturalmente reverbera também nos ambientes de trabalho.

O outro lado da moeda é a culpa, fruto de um ideal de ego, em que a dinâmica neoliberal e capitalista sabe explorar bem. Nosso ego se alimenta de garantias de sobrevivência, o que nisso não há nada de errado, o problema é que tais garantias são delineadas por discursos que pouco questionamos ou pouco temos repertório para questionar.

Por isso acabamos submetidos ao sistema perverso do pavor, ou por ignorância ou por mãos atadas mesmo diante da falta de escolha.

É preciso acreditar em alguma brecha, que tais discursos impostos têm furos. Para que a gente não fique meramente à mercê do senhor patrão que se inclina a ver o trabalhador como escravo. Condição essa que não vemos somente no setor privado.

Explorar ao máximo o seu potencial a fim de meramente explorar mesmo se esconde na retórica de “dê tudo de si”, “se destaque!”, “trabalhe enquanto outros dormem” em que ludibria a um possível sucesso que na maioria das vezes só sucede o lucro daquele que explora.

Faça terapia.

Fala no vídeo de Christian Dunker em podcast 50+




08/07/2025

Todavia, é fundamental que este mesmo paciente atue no setting e revele sem perceber as suas teimosias e imposições, pois tal performance será material de provocação e interpretação. E talvez tenha sido exatamente o que o analista da cena tenha feito.

Provocou e interpretou o comportamento do candidato a análise que seu comportamento é preponderante mas vai precisar de concessões, ou seja, ele vai ter que lidar com a própria artimanha das suas atitudes.

Quem procura análise, terapia, cuidar da sua saúde mental, terá que não simplesmente acreditar no processo, mas de fato se dispor, investir libidinalmente, se entregar no ato de se escutar através do outro.

Até porque é por conta do outro que sofre, é do outro que reclama, e é pelo olhar do outro que acha que será feliz. Condições a serem problematizadas pela escuta do outro que é o analista naquele momento.

Faça terapia.

Cena da série O Terapeuta




18/06/2025

Curiosamente a tecnologia virtual, sinal da evolução da humanidade, pode trazer um certo atrofiamento cerebral. Tal qual aquele músculo que a gente não exercita que a gente o percebe murcho, sem vida, sem vigor, pode ser o cérebro que bebe do prazer sem esforço.

As implicações e complicações podem ser cognitivas com impacto na memória e na inteligência e etc. Mas eu destacaria o prejuízo na dinâmica humana, evidenciada no baixo investimento mental e libidinal diante da satisfação imediata.

Essa criança que pode escolher, optar, trocar com extrema facilidade sua forma de brincar (virtualmente) será que tipo de adulto? Essa criança que prescinde de outra criança, ou seja, que não é estimulada a brincar com outro igual a ela lidará como com o outro quando crescer e cruzar com um adolescente ou um adulto?

Vale lembrar que a geração nova que tanto estamos reclamando é fruto desta atual geração!

Faça terapia.

Fala do vídeo de Daniel Becker




A cobrança alta que temos sobre nós mesmos pressupõe a existência de uma série de ideais sociais que delineiam nossa con...
10/06/2025

A cobrança alta que temos sobre nós mesmos pressupõe a existência de uma série de ideais sociais que delineiam nossa conduta, nosso modo de pensar, nossa forma de agir.

Freud falava da existência de um superego, um ego grande demais, supostamente auxiliar, que sopra em nossos ouvidos uma determinada moral. Fonte de culpa tal instância busca impor limites através das mais dolorosas fantasias de autopunição.

Uma instância importante para a preservação do nosso ego, mas por vezes rígida e exigente demais. O superego nos obriga a obedecer e projetamos ele em figuras de autoridade ou mestres.

Essa instância pode ser fonte de sintomas, por conta de um superego demasiado punidor e você pode adoecer e padecer.

Por isso que quando um novo paciente inicia sua análise há bastante receio em se falar o que pensa, pois o superego interpreta quase tudo como perigo. Cabe ao analista colocar que ali é um espaço seguro, que não haverá julgamentos e que ali vai ser o espaço de trabalhar o porquê de tamanho autoflagelo.

Faça terapia




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06/06/2025

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Uma professora minha diz que fazer psicanálise é resistência. Acredito que ela diga no sentido político do termo. Diante...
03/06/2025

Uma professora minha diz que fazer psicanálise é resistência. Acredito que ela diga no sentido político do termo. Diante de imposições adaptativas demais e hiper produtivas a psicanálise questiona até onde nosso sintoma entra em sintonia com os sintomas sociais.

Esse recuo ou hesitação diante das convicções é o que me parece mais desafiador para psicanálise clínica atualmente, embora quem busque análise, por vezes, mais busca terapia do que se analisar de fato. Ou seja, se implora mais alívio do que implicação com sua dor.

Isso porque a sociedade em si parece sem tempo pro pensar. Isso compromete algum espaço pra autenticidade, uma vez que nos inclinamos a nos esconder, mesmo diante de alguém tecnicamente treinado para nos expor pra gente mesmo de forma humana.

A psicanálise é resistência, mas não trabalha somente às resistências, ela mira no desejo pela lupa do sintoma ou mira no sintoma pela lupa do desejo e aí sim há de causar um estranhamento neste coletivo que tende a nos anular através das mais bizarras ideologias.




Especulação que pode explicar a sensação de estarmos sendo sempre vigiado. O olhar da mãe ao mesmo tempo que cria uma se...
03/06/2025

Especulação que pode explicar a sensação de estarmos sendo sempre vigiado. O olhar da mãe ao mesmo tempo que cria uma sensação de segurança estabelece uma imagem de eu através do desejo dessa mãe.

A sensação de onipotência, de poder, que a mãe sente a criança também sente. E esta criança entende que essa relação tem que ser mantida pra sempre. Até o momento que a mãe começa, por ventura, a desejar outras coisas.

Mas a relação eu-ideal já está concretizada, isto é, tal gosto, sabor, sentido alí, é registrado nessa criança e ela vai precisar simbolizar essa relação mãe/filho com outras coisas.

Daí a importância dos brinquedos, da presença do pai, de outras crianças, de outras realidades. Que essa criança continue buscando essa mãe, essa é a essência do nosso vazio, mas é importante que nunca a encontre.

Alguns homens acham que encontraram.




31/05/2025

Nas pessoas não é muito diferente, a lembrar que também somos animais, que diante daquele com impetuosidade nos inclinamos a vê-lo como guia, guru, mestre a ser seguido.

Há algo de natural nisso também antropologicamente falando uma vez que nossa espécie era nômade, andava em grupo e precisava seguir o mais forte, ou o mais sábio, ou mais velho.

Parece que no reino animal, e ressalto que somos animais, ter a quem venerar pressupõe um pavor àquele que pode nos aniquilar ou anular nossa existência.

Não é o que vemos na religião? Ou na política? Ou mesmo dentro das famílias? Não meramente um respeito, mas um pavor de ser punido?




Geralmente se busca ajuda profissional quando se tem um problema, especialmente quando o problema está gerando outros pr...
26/05/2025

Geralmente se busca ajuda profissional quando se tem um problema, especialmente quando o problema está gerando outros problemas.

É assim que percebo a busca por serviços de psicoterapia. Em momentos de crise o psicólogo é visto como o salvador ou solucionador (soluciona a dor) daquele que está em extrema angústia. Não será.

Neste momento pouco o psicólogo pode fazer, no máximo pode ser um agente acolhedor (que acolhe a dor) e tentará apaziguar o sujeito que sofre sem maiores intervenções ou interpretações sob o risco de piorar as coisas.

O trabalho de análise ou de terapia acontece na verdade quando a calma se instala, quando a angústia minimamente se pacifica. Porém é aí que alguns pacientes se evadem, desistem da terapia ou quando alguns colegas psis equivocadamente dão alta ao paciente. “Sofrimento passou, então você está curado!”

Não passou, a gente sabe que não passou. É neste momento de relativa estabilidade que é possível olhar para as causas, de entender o fenômeno que quebrou o telhado e de fato verificar e melhor ajustá-lo.

Temos essa cultura infeliz de buscar ajuda nas ultimas, no limite, quando quase não dá prazer algo. Mas o teto vai dando sinais de necessidade de observação, de manutenção. Mais prudente ainda talvez seja olhar as coisas antes de chover.




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