
02/08/2025
Amamentar envolve duas almas em construção.
Amamentar é bonito, mas nem sempre é leve.
Muitas vezes, é luta. É solidão. É enfrentar o próprio corpo, as expectativas, os palpites, as dores físicas e emocionais. É se questionar, se culpar, se reconstruir.
Como especialista em saúde da pele eu digo que: amamentar é um cuidado que se imprime na pele, no sistema imunológico, no olhar, no coração.
O leite materno protege a pele sensível do bebê, com seus fatores imunológicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes. Ajuda na prevenção de dermatites, alergias e até no equilíbrio da microbiota cutânea.
Na mãe, a liberação de ocitocina e prolactina ajuda a reduzir o cortisol, regulando processos inflamatórios e beneficiando a pele como reflexo do bem-estar interno. Porque quando o vínculo é respeitado, até a pele responde com mais vitalidade.
Na minha história, a amamentação não começou com aquele laço imediato. Tive muitos desafios, dores físicas e emocionais (tenho meu relato aqui). Mas também teve recomeços, acolhimento, força e uma vontade absurda de não desistir.
Nem sempre é possível. Nem sempre é como a gente sonha. Mas toda forma de nutrir com amor é válida. Toda mãe merece ser reconhecida pela entrega que faz dia após dias.
Hoje, eu celebro 15 meses de uma história cheio de persistência, de entrega, presença e coragem. Celebro esse meu ato de servir à vida, que sem dúvida, é uma das minhas preferidas.
E também celebro a história de cada mulher: que tentou e não conseguiu amamentar, que amamentou e já parou, que está na fase do desmame. E quem, assim como eu, segue — um dia de cada vez.
Porque amamentar não é só nutrir. É ser abrigo. É aconchego. É ser corpo inteiro a serviço do amor.
🤍