25/08/2025
👉 “Por que essas bonecas parecem tão reais e assustam?”
Você já viu essas bonecas hiper-realistas — as famosas reborn — e sentiu um misto de ternura e desconforto?
Isso não é frescura: é o seu cérebro em ação.
🔹 Nosso córtex fusiforme reconhece o rosto como se fosse humano.
🔹 A amígdala e o sistema límbico interpretam como se fosse um bebê — ativando até circuitos de cuidado.
🔹 Mas… como faltam microexpressões e sinais naturais, surge o "vale da estranheza": um curto-circuito neural que mistura fascínio e incômodo.
É o cérebro tentando decidir: real ou artificial?
O grande problema aqui não são as bonecas em si, mas o uso que se faz delas. Há uma fase do desenvolvimento onde as crianças vivenciam normalmente as fantasias, mas com o passar do tempo, elas devem conseguir separar estas duas vivências. Crianças que preferem a boneca aos seus pares podem ter ou desenvolver sinais de fenomenologia autística, mas também cursar com os prejuízos típicos do autismo: prejuízo na comunicação social eficaz com pares, dificuldade no desenvolvimento de habilidades sociais, dentre outros.
E quanto mais tarde esse fenômeno começa, mais pode apontar para outros quadros a se suspeitar, como psicose, autismo não diagnosticado, deficiência intelectual, traços ou transtornos dr personalidade, transtorno afetivo bipolar, delírios estruturados únicos ou parte de uma psicose mais evidente.
👉 E você, essas bonecas te causam mais ternura ou estranheza?
Em resumo: o cérebro reage às reborn como se fossem quase-humanas, mas o “quase” ativa nossa detecção de ameaça. Fascínio + incômodo são a reação esperada frente a estas bonecas.
➡️ E aí, você ficaria confortável com uma dessas em casa? Responde aqui pra gente!