Adriana Mello Fisioterapeuta Hospitalar

Adriana Mello Fisioterapeuta Hospitalar Mestre em Biol. Experimental
UERJ & Doutora em Ciências Morfológicas
UFRJ 🧬🔬

A obesidade impõe profundas alterações fisiológicas ao sistema respiratório, que devem ser consideradas no manejo ventil...
15/09/2025

A obesidade impõe profundas alterações fisiológicas ao sistema respiratório, que devem ser consideradas no manejo ventilatório em UTI.

➡Mecânica respiratória:

🔹Redução da capacidade residual funcional (CRF) e do volume de reserva expiratório, predispondo ao colapso alveolar.
🔹Complacência pulmonar diminuída pela redução do volume pulmonar de repouso e atelectasias dependentes; já a complacência da parede torácica é relativamente preservada, mas a carga sobre o sistema respiratório é maior.
🔹 Pressão pleural elevada, sobretudo em decúbito dorsal, reduzindo a pressão transpulmonar efetiva e favorecendo o fechamento precoce de pequenas vias aéreas.

➡Trocas gasosas:

🔹 A desigualdade ventilação/perfusão (V/Q) é acentuada, com maior risco de hipoxemia e shunt.
🔹 Em casos graves, instala-se a síndrome da hipoventilação da obesidade (OHS), caracterizada por hipercapnia crônica associada à redução da resposta ventilatória ao CO₂, frequentemente concomitante à apneia obstrutiva do sono (OAS).

➡Músculos respiratórios:

🔹 O diafragma é deslocado cranialmente e encurtado, com perda da eficiência contrátil, resultando em maior trabalho inspiratório e risco de fadiga.

➡Implicações práticas:

🔹 Ajustar o volume corrente com base no peso ideal, nunca no peso real, reduz risco de volutrauma/barotrauma.
🔹 Frequentemente há necessidade de titulação da PEEP (PEEP mais elevada).
🔹 O posicionamento em semi-Fowler ou reverse Trendelenburg (beach chair) melhora a complacência e oxigenação ao reduzir a pressão abdominal sobre o diafragma.
🔹Valorizar a ventilação não invasiva/CPAP no pós-extubação e em pacientes com OHS/AOS.

Quais estratégias você tem utilizado para otimizar a VM em pacientes obesos críticos? Compartilhe sua experiência ⬇️

Quer que eu prepare também um roteiro de Reels curto (40–60s), traduzindo esses pontos técnicos em uma fala clara, mas sem perder a densidade científ**a?

🔸Dra Adriana Mello🔸
🫁Fisioterapeuta - Especialista em UTI e Reabilitação Cardiopulmonar

Doutora em Ciências Morfológicas
Mestre em Biologia Experimental

🎯 Assincronia paciente-ventilador: mais do que detalhe técnico.Uma revisão sistemática (2025) mostrou que pacientes com ...
10/09/2025

🎯 Assincronia paciente-ventilador: mais do que detalhe técnico.

Uma revisão sistemática (2025) mostrou que pacientes com assincronia ≥10% tiveram:

⏳ +3,3 dias em VM

🏥 +3,6 dias em UTI

➡️ Disparo inef**az e duplo disparo foram os principais associados a piores desfechos.

💡 Já o disparo reverso, em alguns cenários, esteve ligado a extubação precoce e até redução da mortalidade em pacientes com SDRA.

👩‍⚕️ Para nós, fisioterapeutas, f**a claro: monitorizar, interpretar e corrigir assincronias pode mudar o prognóstico.

📌 Salve este conteúdo e marque quem precisa revisar esse tema antes do próximo plantão!

🔸Dra Adriana Mello🔸
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O estudo publicado no JAMA (2024) avaliou a VNI de alta intensidade (HI-VNI) em comparação à VNI convencional (Low-VNI) ...
03/09/2025

O estudo publicado no JAMA (2024) avaliou a VNI de alta intensidade (HI-VNI) em comparação à VNI convencional (Low-VNI) na DPOC em crise hipercápnica.

📌 O que mostrou:
✅ Menor taxa de intubação com HI-VNI
✅ Correção mais rápida da PaCO₂
⚠️ Mais distensão abdominal (mas sem impacto grave)

🚨 Ponto crítico:
O protocolo focou apenas em pressões (IPAP/EPAP) e FR. Não ajustou ciclagem expiratória, fluxo inspiratório ou tempo inspiratório — ajustes fundamentais para evitar hiperinsuflação dinâmica (auto-PEEP).

👉 Ou seja, apesar dos benefícios, a HI-VNI exige monitorização das curvas ventilatórias e ajustes finos para ser segura e ef**az.

Referência: Luo Z et al. Effect of High-Intensity vs Low-Intensity Noninvasive Positive Pressure Ventilation on the Need for Endotracheal Intubation in Patients With an Acute Exacerbation of Chronic Obstructive Pulmonary Disease: The HAPPEN Randomized Clinical Trial. JAMA. 2024;332(20):1709-1722.

🔸Dra Adriana Mello🔸
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🔍 NEURODECANN: um passo para decisões mais seguras na decanulação!Este estudo propôs e validou um escore clínico com alt...
25/08/2025

🔍 NEURODECANN: um passo para decisões mais seguras na decanulação!
Este estudo propôs e validou um escore clínico com alta acurácia (AUC 0,95) para prever sucesso de decanulação em pacientes com condições neurológicas.

👉 O escore integra variáveis simples (consciência, secreções, disfagia, MIP, tosse e válvula de fala) e mostrou que pacientes com ≥13 pontos têm alta chance de sucesso.

⚠️ Ainda precisa de validação externa, mas já é uma ferramenta promissora para a prática clínica!

📖 Quer entender mais sobre decanulação em pacientes neurológicos?
Salve este post 🔖 e compartilhe com sua equipe!

Ref.: Otto-Yáñez M et al. Predicting Decannulation Success in Patients With Neurological Conditions: Development and Validation of the NEURODECANN Clinical Score. Nurs Health Sci. 2025;27(3):e70200.

🔸Dra Adriana Mello🔸
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👀 CNAF exige muito mais do que regular o fluxo e ajustar a FiO₂.Você precisa monitorar ativamente o paciente e saber o m...
04/08/2025

👀 CNAF exige muito mais do que regular o fluxo e ajustar a FiO₂.

Você precisa monitorar ativamente o paciente e saber o momento ideal de conduzir o desmame ou indicar escalonamento de suporte.

📉 Quanto antes identif**ar sinais de falha, mais segura será a sua conduta.

📈 E o ROX Index pode ser um grande aliado na sua tomada de decisão.

🔸Dra Adriana Mello🔸
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Prescrever exercício no ambiente hospitalar exige muito mais do que simplesmente colocar o paciente para se movimentar.É...
14/07/2025

Prescrever exercício no ambiente hospitalar exige muito mais do que simplesmente colocar o paciente para se movimentar.

É preciso avaliar, planejar, monitorar e documentar, garantindo segurança, coerência clínica e continuidade do plano terapêutico.

📝 Neste post, você vai encontrar:

✅ Tópicos a avaliar

✅ Estabelecimento de metas reais e mensuráveis

✅ A importância do planejamento e continuidade na assistência para se obter resultados

✅ Orientação ao paciente para continuidade após a alta

📊 Seja em qualquer nível funcional que o paciente esteja, a prescrição exige clareza de objetivos e adaptação diária.

🧠 E lembre-se: a fisioterapia não termina com o seu plantão.

📂 Registre, oriente e garanta a continuidade da assistência prestada.

👉 Marque alguém da equipe que precisa ver isso!

📌 Salve para revisar antes da próxima prescrição!

🔸Dra Adriana Mello🔸

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💡 Sabia que o ventilador pode te mostrar quanto esforço o paciente está fazendo mesmo em modos espontâneos como o PSV?A ...
08/07/2025

💡 Sabia que o ventilador pode te mostrar quanto esforço o paciente está fazendo mesmo em modos espontâneos como o PSV?

A ΔPocc é a queda da pressão da via aérea durante uma oclusão no final da expiração, antes do paciente inspirar.

Essa medida simples e não invasiva pode estimar o esforço muscular (Pmus) e o estresse pulmonar (ΔPL,dyn), ajudando a proteger o diafragma e os alvéolos.

📌 Interpretação rápida:

ΔPocc > –1,5 → esforço fraco

ΔPocc entre –1,5 e –3,5 → esforço adequado

ΔPocc < –3,5 → esforço elevado ⚠️

📐 Fórmulas práticas:

Pmus ≈ –¾ × ΔPocc

ΔPL,dyn ≈ (Pico – PEEP) – (⅔ × ΔPocc)

🧠Use esse dado para ajustar suporte, avaliar risco de fadiga e evitar P-SILI.

📚 Referência: Bertoni et al., Critical Care, 2019.

👉 Salve este post e compartilhe com quem monitora pacientes em modos assistidos!

🔸Dra Adriana Mello🔸

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👉 Desmame não é apenas força diafragmática.A performance dos membros inferiores tem um papel determinante na economia ve...
09/06/2025

👉 Desmame não é apenas força diafragmática.

A performance dos membros inferiores tem um papel determinante na economia ventilatória e no sucesso do desmame. 💡

Quando há fraqueza de MMII, o paciente atinge o limiar anaeróbio mais cedo durante esforços simples, gerando acúmulo precoce de metabólitos e maior drive respiratório compensatório.

Por outro lado, o treinamento muscular periférico, associado ao treinamento muscular inspiratório (TMI), atua de forma integrada:

✔ melhora o desempenho metabólico durante o esforço;

✔ reduz a produção precoce de lactato e H⁺;

✔ protege a musculatura ventilatória da fadiga precoce;

✔ favorece a tolerância ao desmame.

🔬 O raciocínio clínico precisa ir além da mecânica ventilatória pura.

A integração muscular periférica e respiratória é essencial na condução do paciente crítico em processo de desmame.

📚 Sugestões de leitura no carrossel.

💬 Me conta aqui: você já utiliza protocolos combinados de mobilização periférica e TMI nos seus pacientes em desmame? 👇👇👇

🔸Dra Adriana Mello🔸

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CNAF em condições especiais: DPOC e Obesidade na beira-leitoO Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) é uma ferramenta valios...
04/06/2025

CNAF em condições especiais: DPOC e Obesidade na beira-leito

O Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) é uma ferramenta valiosa não apenas na hipoxemia pura, mas também em situações clínicas desafiadoras como o DPOC e a Obesidade.

🎯 No DPOC:

Atua na lavagem do espaço morto e redução do trabalho respiratório.

Pode ser útil em descompensações leves/moderadas, pós-extubação precoce e quando há hipercapnia leve.

⚠ Em retenção grave de CO₂, a VNI permanece o suporte de escolha.

🎯 Na Obesidade:

Auxilia na hipoxemia resultante da redução da complacência pulmonar e colapsos atelectásicos.

Frequentemente necessita fluxos maiores (50-60 L/min) para vencer o espaço morto aumentado.

📊 Monitorização essencial:

FR, esforço, SpO₂, GSA e ROX Index.

Ajuste de FiO₂ e fluxo de acordo com a tolerância e resposta clínica.

⚠ Sempre reavaliar a resposta e os limites fisiológicos de cada paciente.

📚 Referências no carrossel.

🔸Dra Adriana Mello🔸

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O Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) fornece O₂ aquecido e umidif**ado em fluxos elevados, com benefício na oxigenação, ...
02/06/2025

O Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) fornece O₂ aquecido e umidif**ado em fluxos elevados, com benefício na oxigenação, redução do espaço morto e do trabalho respiratório.

🎯 Sua principal indicação está na insuficiência respiratória hipoxêmica (pneumonia, SDRA leve, COVID-19).

💡 Em pacientes com taquipneia importante, obesidade ou drive elevado, fluxos mais altos (50-60 L/min) otimizam o suporte, reduzindo o esforço ventilatório.

⚠ Embora melhor tolerado que a VNI em muitos casos (por permitir fala, alimentação e maior conforto), não substitui a VNI nos quadros com hipercapnia signif**ativa ou falência ventilatória incipiente.

📊 A monitorização contínua, com avaliação clínica e ROX Index, auxilia na identif**ação precoce de falha.

📚 Referências no carrossel.

🔸Dra Adriana Mello🔸
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Você já parou para pensar que o pulmão não se move sozinho?Quem expande o parênquima, gera pressão negativa e garante tr...
26/05/2025

Você já parou para pensar que o pulmão não se move sozinho?

Quem expande o parênquima, gera pressão negativa e garante troca gasosa eficiente é ele: o diafragma, o motor silencioso da ventilação.

Neste post, explico:

Como o diafragma atua na respiração em repouso

O que acontece com ele em situações de esforço extremo

Por que esse músculo pode proteger ou lesionar os pulmões

E como seu funcionamento impacta diretamente na fisiopatologia da P-SILI e na disfunção muscular na ventilação mecânica

Entender o diafragma é essencial para proteger o pulmão — seja na VNI, seja na VM controlada ou espontânea.

Proteja o parênquima, respeite o diafragma.

Deslize para entender um pouco mais sobre este assunto.

🔸Dra Adriana Mello🔸

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Você sabia que 80% dos pacientes críticos em ventilação mecânica desenvolvem fraqueza muscular adquirida na UTI?Um ensai...
21/05/2025

Você sabia que 80% dos pacientes críticos em ventilação mecânica desenvolvem fraqueza muscular adquirida na UTI?

Um ensaio clínico recente testou o protocolo “Start to Move”, com mobilização precoce estruturada, e os resultados são promissores:
🔹Redução da fraqueza muscular na alta da UTI (35,7% x 80,7%)
🔹Maior escore funcional (FSS-ICU)
🔹Maior independência nas AVDs (Índice de Barthel)

Mesmo sem reduzir tempo de VM ou mortalidade, o protocolo melhorou a funcionalidade real dos pacientes — algo que impacta diretamente a reabilitação e a qualidade de vida pós-UTI.

A sua UTI tem um protocolo de mobilização precoce bem definido?
Marque sua equipe e compartilhe este estudo com quem precisa ver!

🔸Dra Adriana Mello🔸
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Endereço

Rio De Janeiro, RJ

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