Compersão - Não-Monogamia

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A página busca desconstuir as normas sobre relacionamentos por meio da não-monogamia, amor confluente, anarquia relacional e outras formas livres de se pensar o amor e as relações.

O   é um espetáculo onde os corpos se entregam, se esbarram e se misturam com a mesma intensidade de um Rio de Janeiro q...
05/03/2025

O é um espetáculo onde os corpos se entregam, se esbarram e se misturam com a mesma intensidade de um Rio de Janeiro quente e insaciável, exalando desejo, suor e liberdade, como se o próprio chão da cidade fosse feito de ritmos, cheiros e toques. Mas não é só o brilho do samba que nos cega por cinco dias.

O Carnaval é um convite à transgressão, a um tipo de anarquia sensorial onde as amarrasse desfazem como confetes ao vento. A festa é uma alegoria perfeita da nossa luta interna: o anseio por um mundo sem regras, onde as carências e as expectativas se dissolvem, deixando os corpos livres para tocarem-se sem negociações, sem promessas.
Em meio à fantasia e ao delírio, vislumbramos a liberdade, uma sensação efêmera de que, por um breve momento, é possível escapar das relações normativas — um campo em que somos ensinados a buscar aprovação, a negociar nosso desejo com contratos. Nesse microcosmo de confetes e brilhos, tudo é simples e imediato, um impulso, uma troca sem compromisso. E é isso que nos atrai, não é? O abandono momentâneo da necessidade de justificar nossos corpos e desejos para os outros.

Porém, a Quarta-feira de Cinzas despenca sobre a cidade como uma ressaca, nos forçando a voltar à realidade. A festa acabou, as ruas se esvaziam e o que era pura anarquia se transforma novamente em rigidez. O corpo, que antes se entregava sem reservas, passa a se conter, refreado pelas normas da sociedade, pela monogamia que, de repente, exige seu preço. O amor sem amarras começa a perder seu contorno e a exclusividade retorna como uma obrigação.

É quase cruel. O Carnaval, que por cinco dias ofereceu a ilusão de uma liberdade sem fim, logo se revela como um breve parêntese, um sonho fugaz. E, no entanto, há algo profundamente humano nisso: a busca constante pela libertação, a tentativa — sempre frustrada, talvez — de viver o amor sem correntes, de sair do lugar comum, de ser, se por um momento, algo mais do que as expectativas que nos moldam. No fim, o Carnaval é (entre outras coisas) isso: uma tentativa de escapar, mesmo que por pouco tempo, das estruturas que nos aprisionam. Um grito que ecoa nas ruas e desaparece quando a música silencia.

O   tornou o   escasso. Ele pegou algo livre -  ,  ,   - e o forçou a assumir a forma de propriedade, algo a ser possuíd...
27/02/2025

O tornou o escasso. Ele pegou algo livre - , , - e o forçou a assumir a forma de propriedade, algo a ser possuído, controlado, medido. A tornou-se a moeda da estabilidade, a o seu banco. O resultado? Um mundo em que o amor é racionado como o pão em tempos de guerra.

A economia de escassez do amor dita que não há o suficiente para todos, que cada beijo dado em outra pessoa é roubado de você. Que o amor é um jogo de soma zero. Que a exclusividade é uma virtude. A se torna prova de compromisso e o compromisso é prova de valor.

A monogamia funciona como um contrato, não apenas entre os , mas entre os e o , garantindo que os recursos - afeto, tempo, cuidado - permaneçam trancados em unidades sancionadas. A família é a menor empresa capitalista, onde as são ativos e a é um colapso econômico.

Quando ousamos quebrar esses contratos e permitimos que o amor seja abundante em vez de controlado, o sistema revida. Ele chama a de egoísta, promíscua, uma ameaça à estabilidade. Porque se o amor não tem a ver com controle, o que mais poderíamos recusar para não sermos controlados? Se o não é um recurso limitado, o que mais poderíamos começar a exigir em excesso?

A não se refere apenas a . Trata-se de nos ensinar a viver com medo de querer mais. Ela nos mantem famintos - não apenas de afeto, mas de .

Um coração bem alimentado é uma coisa perigosa. Um coração que sabe que o amor não é escasso pode começar a acreditar que outras coisas também não são escassas - , , .

E é isso que o sistema realmente teme.

A obra de   , especialmente   , critica a forma como as    moldam os  ,  transformando-os em estruturas que restringem a...
13/02/2025

A obra de , especialmente , critica a forma como as moldam os , transformando-os em estruturas que restringem a em vez de alimentá-la. Nas estruturas tradicionais, as parcerias são frequentemente vistas como um requisito para a , levando as pessoas a entrar e permanecer em relacionamentos que as sufocam em vez de sustentá-las.

Desde cedo, as pessoas - especialmente as mulheres - são condicionadas a buscar validação e propósito por meio de . O não é visto como uma troca mútua, mas como um dever, um papel a ser desempenhado em vez de uma experiência a ser vivida. O medo da se torna maior do que o medo de se perder em outra pessoa.

O é que, na busca de evitar a solidão, a pessoa pode se tornar mais solitária do que nunca - presa na AUSÊNCIA alguém.

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O  , quando nasce da  , é um reflexo distorcido – um espelho de projeções que nos impede de enxergar o outro como realme...
12/02/2025

O , quando nasce da , é um reflexo distorcido – um espelho de projeções que nos impede de enxergar o outro como realmente é. No encanto inicial, não amamos uma pessoa, mas a imagem que criamos dela. Leva tempo para dissipar essa névoa e permitir que a do outro se revele.

Amar não é moldar alguém às nossas fantasias, mas aceitar suas peculiaridades, seu espaço e seu próprio ritmo.

Somente abraçando as diferenças, podemos descobrir o que significa estar verdadeiramente juntos.

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O   está em toda parte. Em um momento, em um toque, na maneira como rimos e nos conectamos - ele não é limitado por temp...
11/02/2025

O está em toda parte. Em um momento, em um toque, na maneira como rimos e nos conectamos - ele não é limitado por tempo e espaço. Ele está na troca, não na posse. Não pertence a você ou a mim. Pertence ao momento, à energia que criamos quando nos reunimos.

você também merece direito a escolhas, tempo para si e espaço para explorar possibilidades.
01/02/2025

você também merece direito a escolhas, tempo para si e espaço para explorar possibilidades.

A citação do   sobre   é muitas vezes usada como uma ferramenta de  .  “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo ...
09/01/2025

A citação do sobre é muitas vezes usada como uma ferramenta de .

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, geralmente é entendido como “você é responsável por meus sentimentos porque escolheu estar na minha vida”. Ou seja, aquele que é amado passa a ser responsável pelo outro.

Quando acreditamos que é responsabilidade nossa gerenciar os estados emocionais dos outros, nos tornamos vulneráveis à padrões perigosos de . A culpa é usada como arma para influenciar regras e acordos de relacionamento.

▶ ISSO TE TORNA UM REFÉM EMOCIONAL

“Você escolheu me amar, portanto, meu bem-estar emocional é sua responsabilidade”
“Se você se importasse ou me amasse, não faria coisas que me deixam mal”
“Você tem que parar de ver pessoa x ou y porque me causa ciúmes"

▶ POSSIBILITA UMA DEPENDÊNCIA TÓXICA

Desestimula o crescimento emocional pessoal
Cria padrões de
Impede que os indivíduos desenvolvam resiliência emocional

▶ VIRA UM MECANISMO DE CONTROLE

▶ NOS OBRIGA A ADAPTAR NOSSOS COMPORTAMENTOS

A culpa é usada como alavanca para influenciar escolhas
Faz com que os limites pessoais pareçam atos de crueldade

▶ DISTORCE O QUE É CONSENTIMENTO E AGÊNCIA

Sugere que escolher se conectar com alguém significa abrir mão da autonomia
Implica que amar significa assumir o fardo emocional de outra pessoa
Usa o consentimento passado para exigir conformidade futura

A interpretação mais saudável seria:

✅ Somos responsáveis PARA COM os outros, ou seja, sobre como agimos em relação aos outros (com integridade, honestidade e consideração)
❌ Mas não PELOS outros (pelas suas emoções, bem-estar, felicidade)

Embora nossas ações se propaguem pelas paisagens emocionais dos outros, só podemos realmente cultivar nosso próprio jardim de sentimentos. Não podemos - e não devemos - tentar gerenciar o estado emocional de todos. Podemos apoiar e demonstrar profunda compaixão pelos sentimentos dos outros, mas tentar assumir a responsabilidade por eles geralmente leva a uma dinâmica insustentável e ao esgotamento emocional.

O que você acha disso?

Quando nos debruçamos sobre o conceito de Monogamia, é imperativo que transcendamos a perspectiva reducionista de encará...
20/05/2024

Quando nos debruçamos sobre o conceito de Monogamia, é imperativo que transcendamos a perspectiva reducionista de encará-la meramente como um modelo de relacionamento. A Monogamia é um sistema que desempenha um papel muito mais abrangente e insidioso: ela é um pilar central no apoio a uma exploração biopolítica orquestrada pelo Estado para vigiar, através de aparatos ideológicos, corpos e desejos, disciplinando-os e canalizando-os para servir a uma lógica maior de poder.

Nessa perspectiva crítica, a Monogamia não é meramente uma escolha individual de relacionamento. É um dispositivo que regula, patologiza e hierarquiza os modos de viver a e os vínculos afetivos, inserindo-os em uma matriz de produtividade e controle populacional útil ao projeto de Estado vigente.

Essa regulação biopolítica opera de maneira sutil, porém implacável, moldando comportamentos, desejos e até mesmo nossa compreensão de normalidade. Sob o manto de valores morais e tradições, a monogamia se torna um dispositivo de controle, impondo limites rígidos sobre nossa expressão sexual, nossa identidade de gênero e nossa capacidade de explorar conexões afetivas diversas.

Questionar esses pressupostos monogâmicos implica desvelar as estruturas de poder que os sustentam e os impõem como verdades absolutas. Abre-se espaço para repensar as possibilidades relacionais para além dessa lógica falogocentrada e capturada pelo biopoder estatal.

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Nossos   são ecos de mágoas e dores passadas que podem nos tirar do momento presente. Eles são os fios psicológicos que ...
20/05/2024

Nossos são ecos de mágoas e dores passadas que podem nos tirar do momento presente. Eles são os fios psicológicos que são acionados por circunstâncias externas, fazendo com que revivamos as feridas psíquicas em vez de permanecermos ancorados no aqui e agora. Embora fatores externos possam servir como catalisadores desses sentimentos intensos, é fundamental reconhecer que nossas reações são, em última análise, de nossa própria responsabilidade.

Ao desenvolver uma compreensão mais profunda de nossos gatilhos pessoais e das feridas subjacentes que eles representam, ganhamos o poder de escolher conscientemente nossas respostas. Que tipos de encontros provocam emoções antigas e mecanismos de defesa aprendidos há muito tempo? Ao esclarecer essas tendências, damos o primeiro passo para traçar um novo caminho a seguir.

Essa jornada em direção à autoconsciência e à regulação emocional é árdua, mas controlar nossas reações é um processo profundo de empoderamento. Quando conseguimos fazer uma pausa, entender o gatilho pelo que ele é e escolher uma reação mais consciente, deixamos de ser prisioneiros do passado. Deixamos para trás a cadeia de mágoa e alienação. Em vez disso, somos liberados para estar mais presentes - disponíveis para nós mesmos, para os outros e para a experiência completa do momento presente.

O caminho para a resposta consciente começa com o cultivo de uma prática de auto-observação, que nos permite reconhecer os padrões e sinais que precedem nossos gatilhos. Com essa consciência elevada, podemos criar um espaço entre o gatilho e nossa reação, o que nos dá a oportunidade de fazer uma pausa e escolher conscientemente como queremos reagir.

Com a prática, os gatilhos não precisam nos desequilibrar. Quando aprendemos a lidar com eles com intencionalidade, recuperamos nosso poder de moldar nossas experiências e cultivamos conexões mais profundas conosco e com as pessoas ao nosso redor

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Tenho Relacionamento Aberto e é claro que...
04/03/2024

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