Lido com Psicanálise desde 1993. Não tenho a menor dúvida de que não teria o mesmo arcabouço emocional se não a tivesse encontrado muito cedo. E, certamente, não teria tido as conquistas que tive e tenho sem que a reeducação emocional tivesse feito parte da minha história. Não sei se a Análise é o melhor caminho, mas garanto que é o melhor que conheço, por ser ela a que torna os fantasmas menos aflitivos – a Psicanálise chama todos eles para uma conversa franca e direta, e isso é libertador. Literalmente: liberta a dor. Como sempre digo à aspirantes a analistas, entendo que o analista se faz, primeiro, no divã. E isso explica o número de pessoas que, mesmo com conhecimento teórico, não se sentem prontas a atender. Pode parecer presunçoso, mas confio mais em quem se propõe a analisar já tendo experimentado a posição de analisante por tempo razoável. A meu sentir é somente assim que se pode compreender a posição daquele sujeito aflito que busca o analista. O Processo de Análise não precisa ser doloroso, embora às vezes seja, porque mexe com padrões internalizados durante uma vida inteira. O Processo de Análise – aí sim – pode e deve ser transformador. Literalmente: que transforme a dor. https://www.claudiadornelles.com.br