11/09/2025
Uma mulher analisada não quer guerra com ninguém
“A terapia foi o espaço onde eu finalmente pude me ouvir, me enxergar e me reconhecer. Foi ali que aprendi a nomear minhas dores, a entender de onde vinham e, principalmente, a perceber que elas não me definiam.
Não foi só um processo técnico. Foi um reencontro comigo mesma. Ela me mostrou que eu não era incompetente, nem insuficiente, nem feia, nem esquecida. Ela me ajudou a perceber que essas eram marcas que a vida tinha me deixado, mas que não precisavam ser meu destino.
A terapia me deu ferramentas para sair do papel de quem sempre era deixada de lado, para ocupar o meu lugar com firmeza, respeito e dignidade. Foi como se, a cada sessão, eu fosse resgatando pedaços meus que estavam escondidos, e aos poucos me reconstruindo inteira.
Por isso eu digo: a terapia foi um divisor de águas na minha vida. Foi onde eu aprendi que cuidar de mim não é egoísmo, é sobrevivência. Foi onde eu entendi que posso ser forte e frágil ao mesmo tempo, e que está tudo bem assim. Me mostrou que eu posso ser, estar e fazer o que eu quiser, desde que com consciência e dignidade, sem ferir o próximo — mas, acima de tudo, me respeitando em primeiro lugar.”
Anamaria, educadora. Há 10 anos sem desistir de si mesma.