Endereçamentos do Corpo é o nome que dou ao conjunto de concepções e método que norteiam meu trabalho. Visam a descoberta e o cultivo de espaços de cuidado corpo-mente, bem como as estratégias terapêuticas que alimentem esses espaços, a partir da minha experiência clínica, das práticas da terapia através do movimento e dos estudos da subjetividade e corporeidade que venho realizando desde 2010. Este nome remete aos espaços a que nosso corpo é endereçado: lugares de criação, diferenciação, escolha e decisão, adoecimento, descanso. Entendo que corpo e mente são atributos indissociáveis daquilo que somos feitos e produzem-se numa correlação. Camadas, regiões subjetivas e corporais mutuamente relacionadas, produzindo aquilo que somos e que nos tornamos incessantemente, dia-a-dia. Cuidar da mente é produzir para si um corpo onde fluam, com espaço, os nossos pensamentos e as nossas relações com o outro, assim como o adoecimento envolve a produção de um corpo correspondente aos sofrimentos psíquicos. Escutar o corpo e movê-lo é uma terapêutica que visa habitar outras regiões de nossa subjetividade múltipla. A mente ganha espaço no e através do corpo, assim como o corpo dá sinais, estímulos, sensações que produzem uma e outra subjetividades. Partindo destas concepções, elaboramos um conjunto de estratégias terapêuticas que deem corpo aos nossos pensamentos e nossas relações, a partir de uma escuta aproximativa, ou seja, uma escuta que corporifique em nós os potenciais e a vitalidade inerentes à vida. A escuta do corpo caracteriza-se pela elaboração subjetiva materializada nos inúmeros corpos que produzimos: o corpo que ama, cria, trabalha, adoece, restaura. Nosso método de trabalho caracteriza-se pelas seguintes modalidades de intervenção:
- Psicoterapia e Terapia Através do Movimento;
- Grupos Terapêuticos e Oficinas de Sensibilização Corporal;
- Acolhimento Corporal: Massagem Terapêutica e Estruturante;
- Clínica e Corpo: rodas de conversa com filmes disparadores de temas operadores da vida, do corpo, dos afetos.