09/04/2025
Essa frase ecoa profundamente em nosso trabalho como psicólogos. Quantas vezes nos deparamos com a angústia de quem tenta se encaixar em moldes externos, sufocando sua verdadeira essência por medo de julgamento ou rejeição?
A beleza genuína não reside em padrões impostos, mas na coragem de se apresentar ao mundo de forma autêntica, com todas as suas nuances, qualidades e até mesmo as suas "imperfeições".
É na aceitação radical de si mesmo que floresce uma beleza singular e poderosa.
Nesse sentido, podemos evocar o pensamento de Martin Heidegger. Para o filósofo, a autenticidade é um modo de ser no qual o indivíduo assume a sua própria existência, desvencilhando-se da pressão do "ser-para-os-outros" e da ditadura do "impessoal". Quando alguém não tem medo de ser quem é, está vivendo de forma mais autêntica, habitando o seu próprio ser de maneira plena.
A beleza, sob essa perspectiva, não é uma máscara a ser vestida, mas a irradiação natural de uma existência que se assume em sua totalidade. É a liberdade de expressar quem se é, sem filtros ou receios paralisantes.
Como psicólogos, nosso papel é acolher e encorajar essa jornada de autoaceitação e autenticidade. Ajudar o indivíduo a desconstruir as barreiras internas que o impedem de se mostrar em sua verdadeira beleza.
Que possamos todos cultivar a coragem de sermos nós mesmos, pois é nessa autenticidade que reside a mais genuína e cativante beleza.