
06/02/2025
No texto “Suffering is only intolerable when nobody cares... is it?”, Ana Cláudia Mesquita Garcia nos convida a revisitar uma das frases mais emblemáticas de Cicely Saunders: “O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida”. Mas, será mesmo?
O texto propõe uma reflexão corajosa e sensível sobre os limites do cuidado. Apesar da presença compassiva e do suporte especializado, nem todo sofrimento se torna suportável. O sofrimento existencial, enraizado em questões como a perda de sentido, a falta de autonomia e o confronto com a finitude, pode persistir mesmo sob o olhar atento de equipes de saúde especializadas.
Embora os cuidados paliativos sejam essenciais para aliviar dores físicas e emocionais, há dores que habitam camadas profundas da alma humana, desafiando até os mais avançados recursos terapêuticos. Questões sobre autonomia, escolhas de vida e o direito de decidir sobre a própria morte emergem nesse contexto, trazendo complexidade à prática clínica.
A autora não nega o valor do cuidado, mas quer humanizá-lo ainda mais, reconhecendo que o sofrimento faz parte da existência. O papel do profissional de saúde é, muitas vezes, ser a presença que acolhe, mesmo quando não pode aliviar por completo a dor.
🤔 E você, como lida com o sofrimento que não pode ser aliviado? Compartilhe suas reflexões nos comentários.