
01/09/2025
A culpa materna não nasce só no pós-parto.
Ela se reinventa ao longo dos anos.
Muda de forma, mas continua presente, muitas vezes, silenciosa.
Quando o filho cresce, o que antes era culpa por não amamentar vira culpa por não estar presente o suficiente, por não saber lidar com as crises, por perder a paciência, por não dar conta da rotina.
Essa culpa persistente tem nome: hiper-responsabilização materna.
É o reflexo de uma cultura que ensina que a mãe deve ser tudo, todo o tempo, sem erro e sem falha, enquanto desconsidera sua saúde mental, sua identidade e sua humanidade.
Do ponto de vista clínico, essa sobrecarga emocional constante pode se manifestar como ansiedade, sintomas depressivos, irritabilidade, apatia e sensação crônica de inadequação.
Culpa que paralisa não educa.
Ela adoece.
E muitas vezes, impede a mulher de se perceber além da maternidade.
Você não precisa carregar esse peso sozinha.
Ser mãe não pode significar esquecer de si.