17/05/2025
Uma reflexão que nasceu hoje do meu coração, em um grupo de autoconhecimento sobre o amor e as formas artificiais que estamos buscando para suprir essa necessidade. Gostaria de partilhar com vocês.❤️
Falamos tanto sobre autoamor, solitude, caminho para dentro... e sim, nada disso exclui o outro. Porém, chegarmos ao ponto de precisar artificializar o amor para produzir a sensação de conexão é algo que me preocupa. Ainda acredito no amor. Ainda acredito nas conexões humanas.
Ao mesmo tempo que acolho o desespero da vida tentando se manter viva, conectada por "tubos de oxigênio" simbólicos neste mundo cada vez mais desconectado, também percebo uma destruição silenciosa acontecendo. Entendo que a vida artificial, ilusória, é finita.
O amor verdadeiro não é condicionado por "gosto ou não gosto", "quero ou não quero", nem pela exigência de que tudo esteja sempre do nosso agrado. O amor contempla o todo, amamos porque é bom amar.
E quando nos desconectamos desse sentimento que nasce genuinamente do coração e passamos a buscá-lo de forma fabricada, digital, mecânica... algo essencial se perde.
Existem armadilhas no despertar...uma delas poderíamos dizer que:
Fuga da realidade: Aqui a pessoa evita sentimentos difíceis, conversas necessárias, dores emocionais ou responsabilidades práticas para não atrapalhar o processo da "despertude" para não atrasar sua evolução, ledo engano, porque o despertar acontece querendo ou não...então porque não apenas aceitamos o fluxo natural da vida e vivemos as maravilhas que estão disponíveis sempre aqui e agora com simplicidade? Negamos e nos alienamos do contato intransponível com o outro, com o calor e com a doçura dos 5 sentidos... aqui não existe vítimas ou culpados, existe indisponibilidade genuína para o outro.
Com amor,
Simone