Sentir Materno

Sentir Materno Blog da Dra. Juliana Cavalsan - psiquiatra, onde ela divide suas ideias e estudos sobre a maternidade

Homens também podem ter depressão pós-parto.Não são só as mulheres que podem ter depressão na gravidez e no pós-parto. O...
15/08/2025

Homens também podem ter depressão pós-parto.

Não são só as mulheres que podem ter depressão na gravidez e no pós-parto. Os homens, mesmo sem as alterações hormonais, também podem apresentar transtorno depressivo em algum momento do período perinatal – período que engloba a gravidez até o primeiro ano de vida do bebê.

Um estudo realizado em 2010 mostrou que a prevalência da depressão nos homens, durante a gestação ou no pós-parto, não é tão baixa assim, acomete cerca de 10% dos pais, que corresponde ao dobro quando se compara com homens que não estão vivenciando esse período.

Nas mães, a prevalência chega a ser de até 25%, de acordo com um estudo realizado pela FioCruz.

A maior chance de depressão está entre o 3º e 6º mês do pós-parto o que coincide com as mães.

Se os sintomas depressivos já são difíceis de serem reconhecidos nas mães que frequentam constantemente os serviços de saúde, nos pais é bem pior.

Para dificultar ainda mais, os pais tendem a pedir menos ajuda.
A depressão paterna também pode causar impacto negativo nos filhos aumentando a chance de problemas emocionais e de comportamento nas crianças que, normalmente, são percebidos em crianças mais velhas, acima dos 7 anos, segundo estudos do NCBI.

Também foi encontrado mais chance de adoecimento mental nos adolescentes sobretudo nas meninas do que nos meninos.

Os fatores de risco para depressão paterna no pós-parto são:

☑️ História pessoal de depressão
☑️ Depressão e ansiedade durante o período perinatal
☑️ Baixa escolaridade
☑️ Já ter outros filhos
☑️ Os mais jovens
☑️ Estar com problemas financeiros
☑️ Depressão materna

Os homens deprimem menos do que as mulheres, no entanto, procuram menos os serviços de saúde, retardando a identif**ação da depressão bem como o início do tratamento.

Esse post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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O uso de antidepressivos durante a gestação é um tema que gera muitas dúvidas, receios e, infelizmente, ainda carrega ba...
01/08/2025

O uso de antidepressivos durante a gestação é um tema que gera muitas dúvidas, receios e, infelizmente, ainda carrega bastante estigma. Um dos maiores medos relatados por mulheres grávidas que fazem uso dessas medicações é o risco de ab**to espontâneo.

É comum que o medo de prejudicar o bebê leve algumas gestantes a suspenderem medicações importantes para sua saúde mental, sem consultar o médico - o que é bastante perigoso.

Um novo estudo publicado no BMJ Open (Smith et al., 2024) analisou dados de mais de 5,6 milhões de gestantes e concluiu:

➡️ Quando levamos em conta a presença da depressão, o uso de antidepressivos não está claramente associado ao aumento do risco de ab**to espontâneo.
Ou seja: muitas vezes, o que aumenta o risco é a própria depressão não tratada — não a medicação em si.

Como psiquiatra perinatal, acredito que informação de qualidade é essencial para reduzir o medo, o estigma e, principalmente, para promover escolhas conscientes. O tratamento da saúde mental da mulher durante a gestação é um ato de cuidado — com ela, com o bebê e com toda a família.

Esse Post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

Para ter acesso ao estudo, acesse o blog da Dra. Juliana, o link está na Bio.

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Muitas mulheres me procuram com essa dúvida. E a verdade é que cada caso é único.A gestação não “protege” emocionalmente...
25/07/2025

Muitas mulheres me procuram com essa dúvida.
E a verdade é que cada caso é único.

A gestação não “protege” emocionalmente. Cerca de 1 em cada 5 gestantes pode ter sintomas depressivos — e, se a mulher já teve depressão antes, o risco de recaída aumenta muito.

Interromper a medicação sem orientação pode ser perigoso. Em alguns casos, os riscos da depressão não tratada são maiores do que os possíveis efeitos do remédio.

A boa notícia é que temos antidepressivos com perfil de segurança já bem estudado na gestação — e com acompanhamento adequado, é possível cuidar da saúde mental da mãe sem comprometer o bebê.

Se você está grávida e tem histórico de depressão ou ansiedade, fale com um psiquiatra. A decisão de tratar ou manter a medicação deve ser conversada, com segurança e sem culpa.

Cuidar da sua saúde mental também é cuidar do seu bebê.

Esse post é de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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Dra. Juliana Cavalsan Médica Psiquiatra – Saúde Mental da Mulher – CRMSP 136005 | RQE 38550 A Dra. Juliana se formou em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC e conclui a residência em 2012 se tornando psiquiatra. Foi médica psiquiatra do Programa de Saúde Mental da Mulher (ProMulher) d...

A Depressão Perinatal – aquela que engloba o período gestacional e pós-parto, é dificilmente reconhecida pois os sintoma...
18/07/2025

A Depressão Perinatal – aquela que engloba o período gestacional e pós-parto, é dificilmente reconhecida pois os sintomas depressivos se confundem com os sintomas normais desse período, como alteração do padrão de sono, do apetite, mais sensibilidade ou irritação.

Com o intuito de ajudar nessa identif**ação, foi criada a EPDS – Escala de Depressão Pós-Parto de Edinburgh em 1987 por Cox et al.
Apesar do nome ela também é utilizada para o período gestacional.

Essa escala é auto-aplicável, ou seja, a mulher pode responder sem a ajuda de nenhum profissional de saúde.

Essa escala não faz diagnóstico de depressão, é só um rastreio, ou seja, as mulheres que tiveram pontuação mais alta, podem estar deprimidas e uma avaliação com o especialista se torna fundamental.

A pontuação máxima é de 30, e a mínima de 0, num total de 10 perguntas.
Quanto mais alta a pontuação, maior a chance de se estar deprimida e maior a necessidade de um médico especialista.

Para realizar o teste, acesse o link pela Bio, ou no pelo link https://julianacavalsan.com.br/2020/07/01/teste-para-depressao-perinatal-edps/

Já encaminhe para uma mulher grávida!
Esse post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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Mulheres que já tiveram depressão antes de se tornarem mães, têm mais chances de sofrer com a doença no período du puerp...
04/07/2025

Mulheres que já tiveram depressão antes de se tornarem mães, têm mais chances de sofrer com a doença no período du puerpério, que vai da gestação até o pós-parto.

A doença na gestação traz consequências no desfecho obstétrico e pós-parto. Uma gestante deprimida tem risco de ab**to e parto prematuro aumentado, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. No pós-parto, f**a mais difícil da mulher manter a amamentação, seu autocuidado e o cuidado com o bebê.

A FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, autorizou o uso da primeira medicação oral para o tratamento da depressão pós-parto: a zuranolona, com nome comercial Zurzuvae, desenvolvida pela farmacêutica americana Sage Therapeutics. Por enquanto, não há previsão para essa medicação chegar ao Brasil.

Ainda não há dados sobre o perfil de segurança da zuranolona na amamentação.
Também não é possível afirmar que todas as mulheres com depressão pós-parto vão responder bem à substância, pois o tratamento psiquiátrico é individual. Se a mulher já teve quadros depressivos prévios, a indicação é usar medicações que ela já respondeu.

Em quadros depressivos leves, dependendo da análise do caso, o uso de medicação não se faz necessário, e o transtorno pode ser tratado com psicoterapia aliada com exercícios físicos e outras mudanças no estilo de vida da paciente.

Esse Post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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Do ponto de vista psíquico, a primeira menstruação (mernarca) é um marco no possível surgimento de doenças mentais, sobr...
27/06/2025

Do ponto de vista psíquico, a primeira menstruação (mernarca) é um marco no possível surgimento de doenças mentais, sobretudo, a depressão.

Até a menarca, a proporção de depressão entre meninas e meninos é a mesma, ou seja, uma menina deprimida para cada menino deprimido, ou seja, 1:1.

Mas após a menarca, o surgimento de depressão pesa muito mais para as meninas, e a proporção chega a ser 2:1, ou seja, temos 2 meninas deprimidas para cada menino.
Essa proporção continua até a menopausa, ou seja, durante todo o ciclo de vida reprodutivo, as mulheres têm 2x mais chance de deprimir do que os homens.

E porque isso acontece?
Um dos principais fatores que explica tudo isso é a variação hormonal que é uma grande diferença, biologicamente falando, entre homens e mulheres.

O estradiol é um hormônio e possui vários efeitos cerebrais, como aumento da serotonina e noradrenalina, funcionando como um “antidepressivo natural”.

Ao longo da vida, os homens apresentam praticamente os mesmos níveis dos hormônios se***is sugerindo que os níveis de serotonina no cérebro masculino sejam praticamente estáveis.

Diferente do que acontece com as mulheres que sofrem mudanças hormonais drásticas durante o ciclo menstrual, mas sobretudo durante a gravidez, pós-parto e menopausa.

Essas mudanças podem explicar a maior prevalência de depressão nas mulheres.
É claro que não podemos justif**ar a maior prevalência da depressão nas mulheres só pelas alterações hormonais.

Não é novidade pra ninguém que as mulheres tendem a assumir mais responsabilidades, como trabalho doméstico, além do próprio trabalho profissional, cuidar dos filhos e de outros familiares como os pais, às vezes, até dos sogros.

Aumento do estresse e privação do sono são grandes fatores de risco para o surgimento do transtorno depressivo.

Além disso, eventos traumáticos na infância e adolescência também ajudam no aparecimento da depressão, principalmente, abusos se***is, sendo as meninas mais abusadas que os meninos.

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Antes da menstruação é normal e muito comum a presença de sintomas físicos (dor nas mamas, inchaço, dores de cabeça) e a...
13/06/2025

Antes da menstruação é normal e muito comum a presença de sintomas físicos (dor nas mamas, inchaço, dores de cabeça) e alguns sintomas psíquicos (alguma irritabilidade, tristeza, crises de choro) mas que não incapacitam as mulheres de continuar suas atividades habituais. Essa é a famosa TPM (tensão pré-menstrual).

A TPM atinge cerca de 70 a 85% das mulheres, é benigna e não necessita de tratamento.

Existe outro quadro conhecido como Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) em que há predomínio de certos sintomas psíquicos, como muita irritabilidade, tristeza, sensação de nervos à flor da pele, associados às alterações do apetite e do sono e dos outros sintomas físicos que também estão presentes na TPM.

Esse quadro é grave o bastante para causar prejuízo social, ocupacional e escolar.

Os sintomas se iniciam dias antes da menstruação e cessam de forma imediata ou logo depois do início do fluxo menstrual.

Acomete, geralmente, mulheres entre 25 e 35 anos, e atinge cerca de 1,6 a 6,4% delas.

Embora ambos apresentem sintomas semelhantes, a TDPM é grave e se não tratada causa prejuízo social, ocupacional e/ou escolar.

É comum a ocorrência de outros transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade. O tratamento é necessário para o TDPM.

Esse Post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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A menopausa corresponde ao fim da idade reprodutiva e início da senelidade. É uma fase conturbada, pois além das alteraç...
11/06/2025

A menopausa corresponde ao fim da idade reprodutiva e início da senelidade.

É uma fase conturbada, pois além das alterações hormonais, normalmente ocorrem eventos importantes na vida das mulheres, como aposentadoria, perda dos pais, saída dos filhos de casa e mudanças corporais decorrentes da idade.

A menopausa é definida como a última menstruação da mulher e o diagnóstico só é feito quando há ausência de menstruação por 12 meses consecutivos, ou seja, quando a mulher está há 1 ano sem menstruar.

Anos antes da menopausa, propriamente dita, os ciclos menstruais já começam a f**ar irregulares, é comum a ocorrência de fogachos (ondas de calor), secura vaginal, perda óssea, diminuição da libido, dores musculares, alterações do sono, entre outros. Esse período é chamado de transição menopausal, dura em torno de 4 a 7 anos.

Tudo isso acontece porque nesta fase temos a falência dos ovários que perde sua capacidade de produzir óvulos e hormônios, principalmente o estrógeno.

O estrógeno age em várias regiões do corpo, inclusive no cérebro, onde atua melhorando o funcionamento cognitivo que é fundamental para o processo de aprendizagem e formação de memórias.

A própria doença depressiva, muito comum neste período, causa problemas de memória, por isso é fundamental uma avaliação cuidadosa para a exclusão de doenças psiquiátricas.

Assim, o prejuízo de memória, nesta fase, não é indicativo de início de alguma demência, como a de Alzheimer. Muitas vezes, o tratamento de comorbidades e um treino neurocognitivo melhoram signif**ativamente a memória e a qualidade de vida dessas mulheres.

Para todas as fases da vida de uma mulher existe tratamento específico para que ela tenha uma boa qualidade de vida. É necessário o acompanhamento de um profissional qualif**ado para indicar a melhor medicação, caso necessário.

Esse Post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.

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A maternidade é um momento único que gera grande expectativa em qualquer mulher.Muitas já experimentam uma alegria muito...
30/05/2025

A maternidade é um momento único que gera grande expectativa em qualquer mulher.

Muitas já experimentam uma alegria muito grande assim que descobrem a gravidez, mas não é incomum sentimentos ambíguos. O medo de desconhecido, do que está por vir.

A progesterona e o estrógeno aumentam de maneira brutal, em nenhuma outra época da vida, os hormônios chegarão a esse nível.
Diversas modif**ações físicas, aumento do peso, inchaço, enjôos, muita sede e sono.

O primeiro trimestre é marcado pela ambivalência afetiva: sensação de querer e não querer ao mesmo tempo.
Mesmo em gestações planejadas, essa ambivalência pode acontecer e isso não signif**a ingratidão e desprezo pelo bebê.

A romantização da gravidez e o mito do amor materno não são amigos nessa hora. Muitas mulheres f**am inibidas em falar o que sentem pelo medo do julgamento.

Todas as decisões importantes na vida são, muitas vezes, marcadas pela incerteza, como casamento, escolha da profissão, mudança de emprego. Estranho se esse sentimento não aparecesse durante a gestação, pois não há nada mais importante e definitivo do que ser mãe.

O segundo trimestre é o período mais tranquilo do ponto de vista psíquico e físico também.
As mulheres começam a sentir os primeiros movimentos fetais e isso concretiza a gravidez; o sentimento de estar realmente grávida surge.

A barriga não atrapalha ainda e tudo f**a mais fácil.

No terceiro trimestre, o medo do parto e do pós-parto emerge.
Como será o parto? Vou conseguir o parto desejado? O bebê nascerá bem? Tenho risco de morte? Vou conseguir amamentar? Saberei cuidar? Muitos questionamentos e poucas respostas.

A gravidez não protege das doenças psíquicas.

Na verdade, aumenta a chance de adoecimento, sobretudo a depressão.
Momentos transformadores como a maternidade exigem flexibilidade e respeito consigo mesmo.

Se permita errar, peça ajuda e lembre-se que a maternidade pode ser mais leve se houver um bom suporte social e ausência de depressão e ansiedade.

Esse post é apenas de carácter informativo e qualquer conduta médica deve ser feita única e exclusivamente por um médico.
Qualquer dúvida, procure seu médico.

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O pós-parto ou puerpério é o período após o nascimento do bebê.É um momento muito particular e desafiador na vida da mul...
16/05/2025

O pós-parto ou puerpério é o período após o nascimento do bebê.

É um momento muito particular e desafiador na vida da mulher e do bebê. É quando ela vai finalmente conhecer o seu filho, o bebê real e não o bebê que ela imaginou durante a gravidez.

Os primeiros 15 dias após o parto é marcado por angústias, tristezas, crises de choro aparentemente sem motivo, arrependimentos, alegrias, satisfações e, em alguns casos, uma certa euforia.

Existe uma fusão emocional entre a mãe e o bebê, ambos estão tão conectados que são um só. A mãe sente as mesmas emoções do bebê e vice-versa.
Isso é conhecido como baby blues ou blues puerperal e acomete cerca 60% das mães.

É causado pela abrupta queda hormonal que ocorre após a saída da placenta e pela adaptação a nova realidade.

Não necessita de tratamento.
Do ponto de vista obstétrico, o puerpério dura 40 dias, é o famoso resguardo.
Esse tempo é o suficiente para a mulher se recuperar e teoricamente voltar à vida sexual.

Teoricamente sim, pois na prática é muito difícil que a mulher volte a ter libido tão cedo. Toda a energia está voltada para a criança, a privação de sono traz muito cansaço e os hormônios relacionados com a amamentação, prolactina e ocitocina, também não colaboram para o retorno da libido.

Já na psiquiatria, consideramos o puerpério até o primeiro ano de vida do bebê, pois é nesse período que há maior chance de surgimento ou agravamento de doenças mentais, sobretudo, depressão e ansiedade.

O pico é maior entre o 1º e 3º mês do pós-parto, mas qualquer doença diagnosticada até um ano após o nascimento, é em decorrência do puerpério.

Pela psicologia, o puerpério dura até o rompimento da fusão emocional, da díade mãe e filho. Nesta fase, a puérpera volta a se reconhecer como uma pessoa separada do filho, uma pessoa única, e o bebê, percebe que além da mãe, existem outras pessoas e começa a ter mais interação social e mais independência.

Esse rompimento é muito variável, teoricamente acontece em torno dos 2 anos de vida da criança, mas ouso dizer que algumas mulheres nunca saem do puerpério.

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Nesse  Dia das Mães, trago uma reflexão... Será que existe limite para o amor materno?À medida que os filhos crescem, vã...
09/05/2025

Nesse Dia das Mães, trago uma reflexão...
Será que existe limite para o amor materno?

À medida que os filhos crescem, vão formando suas personalidades e se comportando de maneiras que podem não nos agradar muito. É normal sentir frustrações e decepções diante dessas situações?

Não há dúvida que os filhos não serão o que nós queremos, cada ser é único e temos que respeitar as diferenças, mas respeitar signif**a que estamos felizes com a postura deles? Até quando uma mãe se sacrif**a por um filho?

É tão frequente ouvir queixas dos filhos sobre os pais, mas é tão raro o inverso, principalmente vindo das mães. Tenho certeza de que as queixas dos pais são diversas, mas raramente são ditas. E quando é falado, não é na presença dos filhos.
Será culpa por admitir que o filho não é tão legal assim quanto gostaria?

Amar signif**a fazer tudo por eles? Eu acho que não.
Temos nossos defeitos e limites. Quando permitimos que alguém ultrapasse nossas limitações (esse alguém no caso é os filhos), adoecemos.
Adoecemos porque aceitar tudo é doloroso.
Não existe ninguém que se sinta confortável em abrir mão de tudo pelo outro.

Limites precisam existir e tem que estar bem claro para todos, mas podemos e devemos fazer isso de maneira amorosa e gentil. Reflexão profunda e extensa.
Texto difícil de ser escrito, com mais perguntas do que respostas.

F**a o convite para vcs mergulharem nessa reflexão comigo, com compaixão à você mesma.

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É muito comum alterações do sono durante a gravidez – e geralmente é para pior – e está associada às alterações fisiológ...
02/05/2025

É muito comum alterações do sono durante a gravidez – e geralmente é para pior – e está associada às alterações fisiológicas próprias desse período.

Mas por que isso acontece?

A estrutura do sono, como um todo, muda no decorrer da gestação.

No 1º trimestre é muito comum sonolência excessiva pelo aumento considerável da progesterona que também causa maior relaxamento muscular e, por consequência, roncos e às vezes, apnéia.

No decorrer da gravidez o sono só tende a piorar.
No 2º e 3º trimestre da gravidez, o tempo total do sono tende a reduzir e, em parte, pelo aumento das idas ao banheiro durante a madrugada, por refluxos, dores lombares e pelos movimentos do bebê.

A maioria das gestantes, cerca de 80%, apresenta insônia.

Consideramos insônia quando há queixas de diminuição da quantidade e da qualidade do sono com dificuldade para iniciar o sono, para manter o sono ou acordar bem antes do horário desejado.

Pessoas com insônia já acordam cansadas, tem maior dificuldade em começar o dia e têm alterações do humor, principalmente, ansiedade e depressão.

E qual o reflexo da insônia durante a gestação?

Há uma relação entre insônia e depressão observada pelo aumento de fatores inflamatórios que prejudicam o desenvolvimento da gestação.

Poucas horas de sono, como menos do que 6 horas, estão relacionadas com aumento da chance de parto prolongado e risco quase 5x maior de cesárea.

A primeira e mais importante medida para diminuir a insônia é a higiene do sono, que consiste em:
· ter uma rotina de sono
· tentar dormir e acordar no mesmo horário
· não fazer atividades estimulantes, como ver TV e mexer no celular na cama
· tomar um banho morno
· fazer refeições mais leves à noite
· se não pegar no sono, sair da cama, fazer uma atividade mais tranquila e voltar para a cama quando estiver com sono
· não consumir café e muito açúcar à noite

E especif**amente para as gestantes:
· dormir do lado esquerdo
· colocar uma almofada entre as pernas
· usar bolsa de água quente se tiver dor lombar
· diminuir o refluxo

Quando essas medidas não funcionam, podemos considerar o uso de medicações, sempre e somente com o consentimento do seu médico.

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