17/11/2024
Eu amo a energia visceral do feminino, essa força primária, tanto criadora quanto destruidora, que atravessa todas as formas de existência. É a essência da dualidade, que reflete a profundidade dos seres, da vida e do universo. É uma potência da vida latente e também de morte, a semente da criação e o ciclo da renovação.
As mulheres, em sua essência, carregam essa força, pois seu corpo é um templo de vida, onde a criação se manifesta e faz carne. É o ventre que nutre, a mão que acaricia, o olhar que acolhe e ao mesmo tempo, um olhar que desafia. Na mulher, habita a natureza em sua forma mais pura, a síntese de tudo o que é vivo e pulsa.
Na natureza, o feminino se revela na fertilidade da terra, na tempestade que varre e renova. É o ciclo das estações, onde a primavera traz vida, o verão intensif**a, o outono transforma e o inverno encerra, preparando o renascimento. Cada ciclo é uma expressão dessa força dual, que é ao mesmo tempo bela e implacável.
Nos seres humanos, o feminino vai além do gênero. É a intuição, a empatia, a capacidade de se conectar profundamente com o outro. É a resiliência que permite superar adversidades e a compaixão que acolhe a dor alheia. Mas é também a fúria justa, que se ergue contra a injustiça, a destruição necessária para a reconstrução de um mundo mais justo.
O feminino também se manifesta em diversas formas de arte e cultura, onde a criatividade encontra sua expressão máxima. Na dança, tem a fluidez e a força com movimentos suaves, envolventes e fluidos. Na música, ouvimos a melodia suave e os acordes poderosos que tocam a nossa mente e alma. Na literatura, lemos histórias de amor e luta, de criação e destruição, que refletem a alma feminina em toda a sua magnitude.
Em tudo, o feminino é a expressão do universo em um movimento constante, uma dança, assim como uma bailarina cósmica universal, entre o nascimento e a morte, entre a luz e a escuridão. Amar esse feminino é reconhecer que existe essa dualidade, mas ainda assim, admirar essa capacidade poderosa de transformar o mundo. É aprender a honrar a força que cria e destrói, que acolhe e desafia, que é tanto suavidade quanto poder.
E assim, na dualidade do feminino, encontramos um signif**ado da existência: que somos todos parte de um ciclo maior e imutável, uma Deusa Mãe visceral, onde a criação e a destruição são necessárias para a continuidade da vida. É essa força que me inspira e me conecta ao essencial, ao pulsar do universo e com essa força visceral eu transbordo em êxtase e pulso em meu ventre com furor e na minha existência, no seu constante fluir e oceano de profundidade.
Que a força poderosa da Deusa Mãe e do feminino se expanda sobre a terra.
Tata de Kaiango