06/06/2021
Devaneio de domingo.
A colisão produz faíscas que são sinais que houve movimentação. Ainda não sei o rumo dessa movimentação, mas tudo indica que haverá circulações, trocas de posições, substituições e mais espaço para o novo.
Também não sei se esse novo irá me agradar ou desagradar, mas uma coisa eu sei - posso mudar novamente, porque não existe uma lei fixa que impede a minha locomoção no mundo.
Essa colisão é como um embate-combate de desejos, corpos e palavras que podem gerar feridas. Mas esses machucados um dia serão cicatrizados, mas ainda não sabemos quando. Sabemos que após a cicatrização, pode surgir uma sensação alívio, um desatar de um nó antigo e forte que impedia a circulação espiralar.
Depois da explosão e com os nós desatados, você pode e tem todo o direito em decidir o que é melhor para você, independente dos ecos externos que irão sempre existir, mas agora estarão mais abafados pela sua existência.
O alívio e o desatar acompanham responsabilidades e implicações. Antes era comum sempre apontar o dedo para o outro e culpá-lo exclusivamente por toda desordem instaurada, agora implicado na situação, eu preciso ansalisar, ponderar e decidir se realmente não tive escolha nesse rumo.
É interessante marcar que em certa medida estaremos vulneráveis à essa "grande massa", pois não vivemos em uma bolha (ainda bem) e fazemos parte dessa receita.
Mas a questão que levanto é a seguinte "qual o meu grau de aprofundamento nessas regras? Quais os impactos dessas regras na minha vida?
Obviamente é difícil não ser levado por essa maré, cada vez mais agitada e com propósitos minuciosamente pensados. Por isso vale a busca por formas, pessoas e profissionais que fortalecem os nossos recursos internos. São saídas para não sucumbir ao apelo externo que não é nada singular, nada humanizado e muito perverso.
Leonardo Biagio