05/11/2024
Dias desses, conversando com uma amiga que é mãe solo (separada, pai que visita o bebê esporadicamente), ela me disse a seguinte frase: é melhor ser mãe solo, do que mãe solo e casada!
Pesado, né?
Mas concordei.
A frase dela me fez refletir sobre várias coisas e camadas são imperceptíveis:
- Milhares de mulheres criam seus filhos sem o apoio de seus parceiros. Parceiros estes, que teoricamente estariam ali para segurar a outra 'alça da sacola'
- A ausência dessa divisão de tarefas e de funções, na maioria das vezes é atribuída ao fato do parceiro trabalhar fora de casa ou ser o provedor. Sendo assim, as obrigações do mesmo já estariam 'em dia' com a família
- Tarefas como dar banho, trocar fralda, alimentar, cortar unhas, dar remédio, brincar, ler uma história, acompanhar em um dever de casa, podem ser desempenhadas por ambos
- Cuidar de uma criança e realizar os afazeres de casa é um emprego silencioso. Muitos homens acreditam que não seja uma tarefa exaustiva e cobram de suas parceiras mais afeto e disposição para terem relações se***is no final do dia
- Burnout, termo empregado no mundo do trabalho para descrever um estresse crônico, já vem sendo utilizado no contexto do mundo materno. O Burnout materno pode se manifestar em forma de insônia, falta de apetite, impaciência, sensação de distanciamento da prole e ansiedade
- A ausência de divisão de tarefas, sobrecarga materna e falta de empatia do parceiro, são fatores que proporcionam o término das relações após o nascimento do bebê
- Ser mãe solo, com toda certeza, é algo exaustivo e extremamente desafiador. No entanto, ter um parceiro que não se importa, não demonstra interesse em suas necessidades, não abraça com a mesma força e dedicação a rotina e a criação, é como remar o barco somente em um dos lados.
Você pode chegar lá, mas sempre estará cansada, acreditando que o mínimo que você recebe, é o que você realmente merece!