27/12/2020
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Há oito anos, no dia 27 de dezembro, exatamente às 23:45, era sancionada a Lei 12.764.
Assim como nenhum país pode esquecer sua história, nós, das Comunidades do Autismo, não devemos esquecer a história da primeira Lei Nacional de Proteção aos Autistas, nascida do sonho de pais e mães que não aceitavam o descaso com os autistas e suas famílias.
Muito sangue, suor e lágrimas, precederam a Lei que seria batizada com o nome de “Lei Berenice Piana” por ter sido Berenice a porta voz de um trabalho que envolveu grandes nomes do ativismo pelo autismo no país, entre eles, Ulisses da Costa, Eloah Antunes, Nilton Salvador, Cláudia Moraes, Lie Ribeiro, Nilton Salvador, e Fernando Cotta.
Nos anos que antecederam esta conquista, muitas pessoas, hoje, ativas no autismo, não sabiam o quanto iriam se beneficiar da Lei. Mães de crianças autistas (de agora) eram ainda meninas que brincavam de boneca, e sonhavam com príncipes encantados, casamento e filhos “perfeitos”, enquanto Berenice Piana fazia bonequinhos de artesanato para vender, juntar dinheiro para pagar sua viagem à Brasília... inúmeras vezes, muitas sem sucesso. Até que um Senador a apoiou e acreditou nessas pessoas, país e mães de autistas, então, crianças, o Senador Paim.
A Lei 12.754 é um marco, e inspiração para que pais mais jovens sigam os passos de Berenice, lutando por mais e mais abrangentes direitos.
🙏🏼 Nunca esqueçamos quem lutou por todos, inclusive, para que hoje tivessem voz.
Berenice Piana, obrigada por nunca desistir! Obrigada por lutar por todos até hoje, agora, juntas, na REUNIDA!
Você é aquela que consegue tudo, porque seu coração é “azul”, seu ativismo é “puro sangue”, e
não tem cargo político, parceria financeira, ou distração material alguma que te desvie do caminho de Luz que você escolheu.
Estou contigo, amiga! Para sempre!
Fatima de Kwant “Tulipa”