17/10/2023
O diagnóstico de câncer de mama afeta não apenas a saúde física da mulher, mas também a sua saúde mental e a qualidade das relações interpessoais, incluindo as se***is.
As pacientes precisam se adaptar às mudanças impostas pelo tratamento, como a queda de cabelo, o ganho de peso e a retirada das mamas. Além disso, é comum que o parceiro se afaste ou até mesmo rejeite o novo corpo da mulher, o que pode gerar um sofrimento emocional ainda maior do que o físico.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de 70% das mulheres enfrentam o abandono de seus companheiros após o diagnóstico da doença.
A rejeição pode ter um efeito extremamente prejudicial no tratamento do câncer de mama, afetando a saúde mental da paciente e levando à depressão.
De acordo com o Centro de Referência da Saúde da Mulher e o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), a depressão ocorre em até 29% dos casos de câncer de mama. Além disso, a doença está associada a um prognóstico mais desfavorável e um aumento da mortalidade pelo câncer.
Para superar o medo da rejeição ou do abandono, é importante conversar abertamente com o parceiro e familiares. É essencial lembrar que, em alguns casos, os homens têm dificuldades em expressar suas emoções, então a iniciativa pode partir da paciente.
O suporte de pessoas queridas, ou de uma psicóloga pode ajudar a paciente a lidar com seus sentimentos e a ter forças para enfrentar o tratamento.