
06/08/2024
A nicotina, a substância que torna o cigarro tão viciante, é uma molécula complexa com um poder de manipulação neuronal impressionante.
Ao ser inalada, a nicotina atinge o cérebro em segundos, estimulando a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. Essa sensação de bem-estar, embora passageira, é o que prende o fumante em um ciclo vicioso de dependência.
A nicotina também interfere com a comunicação entre os neurônios, afetando funções como memória, atenção, humor e aprendizagem. Com o tempo, o corpo se adapta à presença da nicotina, necessitando de doses cada vez maiores para sentir o mesmo efeito.
A síndrome de abstinência, caracterizada por irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, insônia e desejo intenso de fumar, é uma prova da força da dependência da nicotina.
Compreender o mecanismo de ação da nicotina é fundamental para entender a complexidade do vício do cigarro e para desenvolver estratégias eficazes de tratamento.