14/08/2025
Às vezes, a gente sente que deseja “errado”. Que aquilo que passa pela nossa cabeça ou pelo nosso corpo é proibido demais, fora do script que ensinaram.
E aí vem o peso do recalque — não só esconder de fora, mas esconder de si mesma. Empurrar pra baixo, como se não existisse.
Só que o desejo não desaparece porque a gente finge que não está lá. Ele muda de roupa, se disfarça… e, muitas vezes, se vinga, aparecendo de forma torta ou exagerada.
A culpa por desejar é, quase sempre, a voz de um outro que mora dentro de nós. Uma herança de regras que nunca foram nossas, mas que seguimos carregando.
E quando a gente começa a olhar pra isso com honestidade, o “errado” talvez não seja o desejo… mas o quanto deixamos que nos convençam de que sentir é pecado.