29/03/2024
Analista do comportamento, feminista, lé***ca, judia orgulhosa, acadêmica franca e reverenciada por seus alunos.
Evalyn Finn Segal (1932-2017) foi uma das primeiras mulheres da Análise do Comportamento.
Em seu doutorado, dedicou-se ao estudo do comportamento verbal e, posteriormente, a demonstrar que as teorias sobre linguagem de Chomsky e Skinner se complementavam. Em 1953, ministrou um curso com os rascunhos do que mais tarde se tornaria a clássica obra de B. F. Skinner, "Verbal Behavior", publicada em 1957.
Em 1982, Eve discursou na reunião anual da APA, descrevendo a ocasião como uma comemoração de seu 50º ano na terra e de seu 30º ano como behaviorista radical. Ela se descreveu como uma "mulher gay behaviorista que ama seus animais de laboratório".
Em seu discurso, Eve mencionou que os homens lhe diziam que ela não tinha lugar no mundo da ciência, ressaltando que B. F. Skinner e Merle Turner eram exceções.
Ela chamou a atenção para a declaração feminista de Skinner em "Walden Two", de que as mulheres estavam sujeitas a uma "tradição de escravidão" e de que "o mundo tem feito progressos na emancipação das mulheres, mas a igualdade ainda está muito distante. Existem hoje poucas culturas nas quais os direitos das mulheres são, de algum modo, respeitados".
Eve era uma ativista política e judia agnóstica que tinha fortes sentimentos sobre o tratamento dado pelo governo israelense aos palestinos. Militou pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, pela eutanásia assistida, pelo desarmamento e pela sindicalização de professores universitários. Uma força da natureza.
Gilbert, R. (2017). Evalyn Finn Segal 1932-2017.