
26/01/2024
As vezes gostaria de poder fazer mais:
Dizer não por você.
Dar um basta em seu relacionamento disfuncional.
Te dar o trabalho que você merece.
Punir os que te maltratam.
Te ajudar a levantar da cama nos dias difíceis.
Te impedir de agir impulsivamente.
Te emprestar os meus olhos para que reconhecesse seu potencial e suas capacidades.
Te aproximar de ambientes capazes de te dar o carinho e o afeto que você precisa.
Mas não posso fazer nada disso por você.
Posso apenas te ajudar a entender que tudo isso está em suas mãos e que você tem condições de seguir nessa direção, mesmo que todos anteriormente tenham dito o contrário.
Posso te ajudar a desenvolver recursos, ajudar a encontrar soluções e enxergar em si o bem que havia perdido dos seus olhos em meio às suas dores.
Posso te auxiliar a se conectar com sua criança espontânea que desejava livremente ser tudo o que poderia ser. Trilhando orgulhosamente o caminho que é só seu e que muitas vezes te encheram de culpa e vergonha.
A voz que desmente o desamparo, o desamor e o desvalor.
É só isso que posso.
Esse é o meu limite.
Essa é nossa dor.
A dor do terapeuta.
Autor do texto: Júlio Rafael