
19/07/2025
Por que fazer análise é tão importante?
Desde pequenos, somos ensinados a funcionar. A dar conta. A seguir em frente mesmo quando algo dentro de nós está gritando. Aprendemos que sentir demais é “fraqueza”, que pensar sobre o que nos afeta é perda de tempo, que o importante é seguir a vida, sem parar para pensar no que sentimos.
Mas o que fazemos com tudo aquilo que sentimos e não nomeamos? Onde guardamos a raiva que engolimos, a tristeza que disfarçamos, os traumas que abafamos porque “a vida precisa seguir”?
A psicanálise oferece um espaço raro: um espaço onde não é preciso ser funcional — é possível ser verdadeiro. Um espaço onde o que você sente importa. Onde aquilo que você esconde até de si mesmo pode, enfim, ser escutado.
Não se trata de dar conselhos ou ensinar a “lidar melhor com a vida”. A análise não é um manual de desempenho emocional. Ela é um trabalho de escuta, de implicação, de construção de sentido, de novos modos de existir.
Você não saiu ileso da sua história. Nenhum de nós saiu. Mas não precisa viver repetindo, inconscientemente, as marcas que essa história deixou. O que foi vivido não se apaga — mas pode ser elaborado. E isso muda tudo.
Viver pode ser menos pesado quando certas coisas deixam de doer em silêncio. Quando os sintomas param de falar por você. Quando você se escuta — de verdade.
Analisar-se é um ato de responsabilidade com o que se sente — e também de coragem.
Continuar funcionando como se nada estivesse acontecendo pode parecer força, mas é, muitas vezes, a sua assinatura no próprio adoecimento.
Olhar para dentro exige mais do que seguir no automático, esse modo de vida que nos é imposto pela lógica capitalista.
E é nesse gesto — de olhar para si e para os próprios afetos — que algo verdadeiramente novo pode começar.
Bruna Stefany
Psicóloga e Psicanalista Lacaniana
(34) 98408-4255 (WhatsApp)
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