27/10/2025
💭 Toda decepção é um espelho de nossas expectativas
A decepção nasce do encontro entre o que sentimos e o que imaginamos que o outro seria.
Quando criamos laços, criamos também expectativas — silenciosas ou não.
Esperamos reciprocidade, cuidado, presença.
Esperamos que o outro veja o mundo como nós vemos.
Mas o outro é outro.
E é justamente nesse desencontro que a decepção se manifesta.
Na psicologia, entendemos que o sofrimento vem menos do que o outro faz,
e mais do que projetamos sobre ele.
O filósofo diria que a decepção é o instante em que o ideal se choca com o real.
Amar, confiar, se abrir…
tudo isso envolve risco — o risco de se frustrar, de se decepcionar,
de encarar o fato de que o outro não é a imagem que criamos dele.
Mas a decepção também pode ser um convite.
Um convite para enxergar nossas próprias expectativas,
para entender o que esperávamos receber
e o que talvez precisemos aprender a oferecer a nós mesmos.
Nem toda decepção é perda.
Às vezes, é um espelho que devolve quem somos.