02/04/2022
Ao se falar sobre crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), muitos pais/responsáveis desconhecem o trabalho e a importância da fisioterapia para a evolução e desenvolvimento dessas crianças.
As crianças com TEA apresentam déficits comportamentais que são decorrentes de comportamentos sensoriais incomuns e comportamentos motores estereotipados, em que pode se destacar movimentos repetitivos das mãos, balanço repetitivo do corpo, necessidade constante de movimentos motores (correr, pular, andar nas pontas dos pés, movimento repetitivo dos dedos, etc). Essas estereotipias motoras somadas com dificuldades sensoriais e dificuldades de planejar e executar movimentos corporais (planejamento motor), não permitem uma experimentação motora adequada para promover o aprendizado cognitivo.
Partindo que todo processo cognitivo é resultado de um bom desenvolvimento motor, é primordial a presença do fisioterapeuta no tratamento de sucesso dos pacientes com TEA. É de extrema importância compor a equipe de avaliações diagnósticas, tendo em vista que nos primeiros anos de vida não há um diagnóstico fechado, somente suspeita, sendo o nosso trabalho nessa fase inicial, de grande importância para todo o desenvolvimento motor da criança.
O objetivo é trabalhar aspectos motores, sensório-motores, tônus global e postural, coordenação motora, equilíbrio, lateralidade, noção espacial, planejamento motor, esquema corporal e imagem corporal, bem como regulação sensório-motora e engajamento juntamente com a equipe interdisciplinar que atende o paciente com TEA sempre respeitando as suas individualidades, promovendo, assim, as competências sociais, emocionais e intelectuais destas crianças.