25/05/2019
PERIGOS MICROBIOLÓGICOS DOS SLIMES
Os slimes contêm substratos que nutrem microrganismos com os fungos, principalmente, os que se dispersam pelo ar. Na foto que observamos existe uma pigmentação esverdeada sobre a cor rosa do slime, essa pigmentação é de colônias de fungos do gênero Penicillium spp que se proliferou e apresenta amontoado de propágulos (estruturas de disseminação) fúngicos prontos para serem inalados, gerando problemas respiratórios e alergias ao ser humano, principalmente, pessoas com o sistema imunológico comprometido, a exemplo de transplantados, leucêmicos, pacientes oncológicos e outros como portadores de fibrose cística etc. Além de ser capaz de desencadear processos como os supracitados, esse gênero de fungo assim como o gênero Aspergillus, Paecilomyces, Fusarium e Trichoderma produzem metabólitos no local onde desenvolvem suas colônias, conhecidos como micotoxinas causadoras das micotoxicose.
Entre as micotoxinas estão: Patulina (com efeito teratogênico, mitogênico, carcinogênico), citrinina, citrovirina, rubratoxina, Leucinastatina (com ação sobre sistema cardiovascular e musculatura lisa), Ocratoxina (esta com efeito nefrotóxico em animais) e Aflatoxina (com efeito hepato-carcinogênico). Tais efeitos foram comprovados, segundo literatura, em peixes, aves e mamífero não humanos, porém não deve ser descartado a possibilidade de atuarem como fator ou co-fator em câncer em humanos. Os efeitos não são verificados no primeiro contato, são dose dependentes, vão se acumulando a cada exposição até vir a causar o problema.
Professor Gladson Carvalho